Vários alunos do curso de Zootecnia (graduação e pós-graduação), de forma independente ou por meio de grupos de estudos (Núcleo de Estudos em Pecuária Leiteira - Nepel, Núcleo de Estudos em Forragicultura - Nef ou outros) têm usado suas redes sociais para publicação de conteúdos técnicos, como uma alternativa à ociosidade ocasionada pelo isolamento e, ou distanciamento social, devido à pandemia causada pelo Covid 19. Além disso, a necessidade de difusão de conhecimento e tecnologias para melhorar e aumentar os índices zootécnicos das propriedades rurais, bem como, informar a sociedade em geral (principalmente aquela, usuária de redes sociais), sobre assuntos relacionados ao manejo de animais de interesse zootécnico, é que essa proposta foi criada.

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O projeto intitulado "Extensão Rural Remota: Difusão Digital de Tecnologias" trata-se de uma atividade digital, com ações semanais, de cunho educacional e informativo. Semanalmente serão veiculados, por meio de mídias sociais (Facebook, Instagram, YouTube) pequenos textos e, ou vídeos e, ou ilustrações e, ou curiosidades técnicas da área de Zootecnia, com intuito de informar o leitor, seja ele atuante nessa área de conhecimento, ou não. Para isso, a matéria será tratada de forma resumida, em linguagem de fácil entendimento. Para os interlocutores, as informações publicadas terão como objetivo, orientá-los de forma remota, a aumentar a produtividade da sua propriedade rural, além de ser uma ferramenta virtual para dirimir dúvidas, a partir da interação com alunos e professores.

O final do século XX foi marcado pela revolução tecnológica que permitiu o acesso mais democrático à educação, tendo em vista a criação do ensino à distância, bem como o acesso ao conhecimento: político, cultural, religioso e tecnológico. A internet desponta como a ferramenta mais importante dessa revolução, pois segundo Schiavoni (2007), sua utilização permite, por exemplo, organizar, transformar e processar as informações em velocidade e capacidade cada vez maiores e com custos cada vez mais reduzidos. A mesma autora afirma que a internet é um meio intrinsecamente interativo, no qual o sujeito tem a oportunidade de interagir de fato com as informações, deixando de ser espectador para tornar-se usuário. Também, Araújo e Vilaça (2016) afirmam que as redes sociais digitais possibilitam que os indivíduos interajam com outros usuários da rede, que leiam notícias, opinem, reivindiquem, produzam seu próprio conhecimento, divulguem informações e até mesmo se mobilizem coletivamente. Além disso, a rapidez com que a informação é processada na internet provoca um sistema muito avançado de acesso ao saber. De acordo com o IBGE, no ano de 2018, 79,1% dos domicílios brasileiros já possuíam acesso à internet, que em 99,2% dos casos, era feito por meio de telefone móvel celular. Segundo a mesma fonte, a internet era utilizada naquele ano, por 74,7% da população com 10 anos ou mais de idade. Nesse contexto, percebe-se que o ambiente acadêmico deixa de ser a única fonte de informação. Ao contrário, as universidades e demais instituições de ensino se valem da mídia digital, para uma maior disseminação do conhecimento produzido. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E JUSTIFICATIVA PARA CONTINUIDADE DA PROPOSTA Nº 2021010120210253034: esse trabalho de divulgação da ciência em redes sociais tem sido realizado desde janeiro de 2021 (Edital Pibex 01/2021), sendo considerado como exitoso pela equipe do projeto. Foram informações veiculadas em diferentes formatos e por diferentes canais de comunicação, cujos números, referentes ao período de 02 de janeiro a 30 de junho de 2021, são mostrados a seguir: 1) Postagens de textos no "feed" de notícias do Instagram: total de 69 publicações que obtiveram 3.775 curtidas, 587 compartilhamentos, 335 comentários e 45.976 contas alcançadas. 2) Postagens de vídeos (reels e IGTV) no Instagram: total de 9 publicações que obtiveram 614 curtidas, 86 compartilhamentos, 4.626 contas alcançadas. 3) Postagem de 2 vídeos no Facebook que obtiveram 84 visualizações, 61 curtidas, 25 comentários e 5 compartilhamentos. 4) Por meio do canal do Departamento de Zootecnia no YouTube (DZO - UFVJM Diamantina) foi realizado o "I Encontro Online de Bubalinocultura - Um Olhar Sobre a Bubalinocultura no Brasil", com 5 palestras ministradas por especialistas da área (08, 15, 19 e 29/04 e 08/05) e contando com um público de 211 participantes. 5) Submissão de resumo expandido para o VI Simpósio de Produção Animal - Simpa, evento este que ocorre a cada dois anos, e neste ano será realizado de 17 a 19/11. Justifica-se a reapresentação da proposta tendo em vista que a meta de envolver, no mínimo, 1000 pessoas da sociedade, fora grandemente superada. Também, houve um crescimento do público no Instagram e no canal do Youtube do Departamento de Zootecnia da UFVJM, rendendo mais visualizações e alcance nas divulgações dos conteúdos e vídeos, além de ser mais uma forma de divulgação do Curso. Por fim, pôde se observar um grande engajamento da equipe, em todas as etapas realizadas até o momento; esta mesma equipe aprovou uma proposta de cursos online (Edital Proexc 05/2021), o qual encontra-se em andamento.

Objetivo geral: informar os produtores rurais e a sociedade em geral (principalmente aquela, usuária de redes sociais), sobre assuntos relacionados ao manejo geral de animais de interesse zootécnico (bem-estar, instalações, melhoramento genético, nutrição, produção e produtos de origem animal), bem como, trazer esclarecimentos acerca de assuntos do cotidiano de todas as pessoas, sejam elas atuantes dessa área do conhecimento, ou não. Objetivos específicos: - trazer informações sobre o manejo nutricional, reprodutivo e sanitário dos animais de interesse zootécnico; - apresentar ao público alvo (usuários de redes sociais) os conceitos de bem-estar animal; - informar sobre as tecnologias de transformação da matéria-prima de origem animal, em produtos para o consumo humano. - informar sobre os critérios de qualidade de produtos de origem animal; - trazer informações demandadas pelo público alvo do projeto.

1) Fazer publicação de vídeos no IGTV do Instagram (considerando que serão quatro discentes na equipe e, se cada um postar um vídeo a cada três meses, serão aproximadamente 16 vídeos durante a vigência do projeto; 2) Fazer publicação semanal de um pequeno texto técnico ilustrativo (no mínimo) no "feed" de notícias do Instagram e do Facebook (aproximadamente 50 postagens, no mínimo, durante a vigência do projeto); 3) Fazer uma enquete ao final de cada mês (usando as redes Facebook e Instagram), para proceder a escolha de um vídeo que será postado no canal do Departamento de Zootecnia no YouTube (DZO UFVJM); esse vídeo poderá ser substituído por uma palestra, a qual será transmitida pelo mesmo canal (mínimo de 12 vídeos ou palestras publicadas, durante a vigência do projeto); 4) Aumentar a visibilidade do curso de Zootecnia da UFVJM, aumentando o público do Instagram (hoje com 892 seguidores) e do YouTube (hoje com 610 seguidores), para 1000 e 750 seguidores, respectivamente; 5) Publicação dos resultados em evento de extensão, como por exemplo, a Semana da Integração Ensino, Pesquisa e Extensão - Sintegra. A PARTIR DESSAS METAS PODE-SE ESPERAR OS SEGUINTES IMPACTOS: - Aumento da produtividade animal nas propriedades rurais; - Difusão de conhecimentos zootécnicos para o maior público possível; - Desmistificação de alguns mitos em relação à produção animal; - Divulgação do curso de Zootecnia da UFVJM; - Envolvimento de, no mínimo, 1000 pessoas da sociedade; - Capacitação dos estudantes do curso de Zootecnia, quanto à elaboração/redação de conteúdos técnicos e produção de mídias digitais; - Condução do projeto de forma participativa entre os membros da equipe, praticando o trabalho em grupo; - Promoção do reconhecimento da importância da atividade rural para o desenvolvimento socioeconômico do país; - Troca de experiências entre a sociedade e membros (docentes e discentes) da UFVJM. ALTERAÇÕES NA METAS EM RELAÇÃO À PROPOSTA APROVADA NO EDITAL PIBEX 01/2021: - ao invés de um vídeo no IGTV do Instagram por semana, será publicado um vídeo por mês devido à dificuldade de gravação e edição semanal do mesmo. O conteúdo em formato de vídeo demora mais tempo para ser disseminado entre os internautas/telespectadores das redes sociais, então uma semana é pouco tempo para atingir uma boa quantidade de visualizações. - foi adicionada a meta para aumentar o público (seguidores) das redes sociais do Departamento/Curso de Zootecnia da UFVJM, uma vez que essa movimentação foi observada durante a realização das atividades da proposta aprovada no Edital 01/2021.

A proposta se baseia na apresentação, semanalmente, de informações técnicas da área de Zootecnia, de forma virtual, usando mídias digitais em aplicativos do tipo: Facebook, Instagram e YouTube. Serão três formas de comunicação: - Textos técnicos ilustrativos, feitos a partir de aplicativos de edição e criação de designs de conteúdo digital; - Vídeos curtos (máximo 10 minutos), como mecanismo de esclarecimento de determinados temas comumente disseminados na mídia (principalmente os mitos polêmicos); - Fotos e pequenos vídeos interativos, trazendo assuntos que, embora técnicos, normalmente transitam pelo cotidiano das pessoas. A participação do público-alvo acontecerá e poderá ser mensurada por meio dos comentários e, ou perguntas, curtidas, publicações salvas e compartilhamentos (a partir de ferramentas disponíveis nas redes sociais utilizadas). Para o desenvolvimento das atividades, não haverá criação de perfis da proposta nas redes sociais, pois serão usados os perfis dos próprios membros da equipe, de alguns grupos de estudos do Departamento de Zootecnia (ex.: Nepel e Nef), além do perfil do Instagram e do canal do Departamento de Zootecnia no YouTube (DZO - UFVJM Diamantina). A idealização e elaboração do conteúdo a ser publicado será de responsabilidade de todos os membros da equipe do projeto. O discente bolsista, juntamente com as docentes (coordenadora e vice-coordenadora da proposta), serão responsáveis também pela revisão e edição do material de divulgação. Toda publicação levará a logomarca da Proexc/UFVJM e será marcada com as hashtags UFVJM, Proexc, DZO, Extensão Rural Remota (#UFVJM, #proexc, #DZO, #extensaoruralremota).

ARAÚJO, E. V. F. de; VILAÇA, M. L . C. Sociedade conectada: tecnologia, cidadania e infoinclusão. In: ARAÚJO, E. V. F. de; VILAÇA, M. L . C. (Orgs.). Tecnologia, sociedade e educação na era digital. Duque de Caxias: Unigranrio. 2016, 300f. Disponível em: <http://www.pgcl.uenf.br/arquivos/tecnologia,sociedadeeeducacaonaeradigital_011120181554.pdf>. Acesso em 20/10/2020. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Uso de internet, televisão e celular. Disponível em: <https://educa.ibge.gov.br/jovens/materias-especiais/20787-uso-de-internet-televisao-ecelular-no-brasil.html>. Acesso em 20/10/2020. SCHIAVONI, J. E. Mídia: O papel das novas tecnologias na sociedade do conhecimento. In: CARDOSO, C. M. (Org.). Diversidade e igualdade na comunicação - coletânea de textos do Fórum da Diversidade e Igualdade: cultura, educação e mídia. Bauru: FAAC/Unesp. 2007. Disponível em: <https://www3.faac.unesp.br/anais-comunicacao/textos.htm>. Acesso em 20/10/2020. ___________________________________________________________________________________________________________________________ As fontes de pesquisa utilizadas para a elaboração dos conteúdos de publicação poderão ser livros básicos (principalmente para redação de materiais conceituais), revistas científicas (como fonte de dados de pesquisas) e revistas técnicas (para contextualização do tema com a realidade). Seguem alguns: Livros: AUAD, A. M.; SANTOS, A. M. B.; CARNEIRO, A. V. et al. Manual de bovinocultura de leite. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, 2010. 608 p. BERCHIELLI, T. T.; PIRES, A.; OLIVEIRA, S. G. Nutrição de Ruminantes. Jaboticabal : Funep , 2006. DIAS, A. C. et al. Manual Brasileiro de Boas Práticas Agropecuárias na Produção de Suínos. Brasília : ABCS, 2011. FERREIRA, R. A. Suinocultura: Manual Prático de Criação. Viçosa: Aprenda Fácil, 2012. 443p. HALFEN, J. et al. Qualidade do Leite. Revista Leite Integral, Belo Horizonte-MG, 2018. PIETRO, A.; CORSO, L. Manejo e alimentação de vacas durante o período seco/transição. Milk Point, São Paulo, 21 set. 2015. Disponível em:<https://www.milkpoint.com.br/empresas/novidades-parceiros/manejo-e-alimentacao-de-vacas-duranteo-periodo-secotransicao-97021n.aspx >. Acesso em: 18/08/2020. SILVA, G.; FRANCO, G. Comportamento e Bem Estar de Equinos de Esporte. Anais da XI Mostra Científica Famez/UFMS, Campo Grande, 2018. SILVA, J. C. P. M. et al. (Eds). Manejo e administração na bovinocultura leiteira. 2. ed. Viçosa, 2014. 596p. VALLE, E. Boas Práticas Agropecuárias Bovinos de Corte. Campo Grande: Embrapa, 2011. Revistas científicas: - Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia - Boletim da Indústria Animal - Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal - Revista Brasileira de Zootecnia Revista Técnica: - Revista Leite Integral

Os estudantes terão participação efetiva em todas as etapas e atividades propostas, sempre sob a orientação da coordenadora do projeto e dos demais docentes que compõem a equipe. Além do conhecimento técnico e interdisciplinar que o estudante da UFVJM já deverá ter para preparar uma atividade, o mesmo será capacitado para elaborar o conteúdo midiático, durante o desenvolvimento do projeto. A participação dos estudantes neste projeto começará com a sua idealização e finalizando com a execução das atividades propostas, ou seja, sistematização, elaboração dos conteúdos, publicação do conteúdo, acompanhamento das discussões na rede social, avaliação do alcance, coleta de dados dos sistemas métricos de cada rede social e a divulgação dos resultados obtidos, em congressos, seminários, fóruns e demais eventos. A avaliação deverá ser constante, a partir de reflexão e discussão sobre as ações referentes ao andamento do projeto e envolvimento dos participantes. Os indicadores para avaliação do projeto deverão ser criados em conjunto, embora alguns já estejam pré-estabelecidos na proposta. A sistematização e a produção de materiais didáticos também serão elementos importantes para a avaliação do processo. Reuniões com a equipe auxiliarão no acompanhamento, revisão e entendimento do projeto. Haverá constante avaliação interna com intuito de analisar o desenvolvimento do trabalho, bem como as ferramentas utilizadas.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no "Relatório de Acompanhamento do Setor de Telecomunicações – Telefonia Móvel" referente a 2020, publicado em 19/04/2021, no final de 2020 o Brasil contava com 234,07 milhões de acessos móveis. Na comparação com dezembro de 2019, houve aumento de 7,39 milhões de acessos, o equivalente a 3,26%. Desde 2015, o mercado brasileiro registrava redução no número de acessos móveis, mas a partir de julho de 2020, todos os meses apresentaram crescimento nesse indicador. Também, de acordo com a mesma fonte, houve um maior uso da internet, medido pelo fluxo de tráfego registrado em março de 2020 que foi de 11 Tb/s, valor considerado alto, já que a média por segundo de terabits ficou em torno de 4,69 no decorrer de todo o ano de 2019. Grande parte dessas mudanças se deve à pandemia causada pela Covid 19, que forçou a população a se recolher em quarentena e aderir ao distanciamento social. Isso ocasionou o aumento do uso da internet para diversas atividades. Entre elas podemos citar: - serviços de streaming de filmes; - uso de redes sociais para entretenimento; - delivery; - home office; - busca de informações sobre serviços públicos; - compras no e-commerce; - aulas e cursos online etc. Em seis meses de vigência da proposta Nº 2021010120210253034 - Edital Pibex 01/2021 (ora reapresentada), entre vídeos e textos informativos, foram realizadas 80 publicações, as quais alcançaram mais de 50 mil contas do Instagram. Todos esses fatores confirmam a importância de tecnologias como a internet e de todas as possibilidades que esta ferramenta proporciona, para a difusão instantânea do conhecimento e para promover uma revolução na forma de se comunicar com o mundo. Além disso, há que se considerar que essa forma de atividade extensionista gera custo mínimo para a universidade (custo com bolsa para o estudante), o que, no momento de crise econômica pela qual o Brasil atravessa, torna-se uma questão fundamental.