Visitante
Biotecnologia: uma abordagem com foco na melhoria da educação básica
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
leida calegário de oliveira
20221012022172504
departamento de farmácia-bioquímica
Caracterização da Ação
ciências biológicas
educação
0
espaços de ciência
nacional
Não
Membros
ana paula de figueiredo conte vanzéla
Vice-coordenador(a)
maria amélia vieira toledo sampaio
Voluntário(a)
ana carolina ferreira maia
Voluntário(a)
angelica pataro reis
Voluntário(a)
dâmaris cordeiro de sousa
Voluntário(a)
adeilson roger da silva
Voluntário(a)
aline moreira cunha monteiro
Voluntário(a)
everton luiz de paula
Voluntário(a)
evanildo josé da silva
Voluntário(a)
thiago sardinha de oliveira
Voluntário(a)
paola aparecida alves ferreira
Voluntário(a)
suedali villas boas coelho barata
Voluntário(a)
layze alves vieira oliveira
Voluntário(a)
cleya da silva santana cruz
Voluntário(a)
anna gabriella guimarães oliveira
Voluntário(a)
janainne nunes alves
Voluntário(a)
juliana rocha de meira pires
Voluntário(a)
ana paula coelho duarte
Voluntário(a)
marcos arrais e silva
Voluntário(a)
gean torres dos santos
Bolsista
daniele das graças silva
Voluntário(a)
pedro siqueira neves de araujo
Voluntário(a)
maria eduarda leite santos
Voluntário(a)
luma duarte felix
Voluntário(a)
leticia vieira
Voluntário(a)
iasmin pereira dos santos
Voluntário(a)
adria tayna souza fernandes
Voluntário(a)
aline pereira dos santos
Voluntário(a)
cleysiany alves lima
Voluntário(a)
emanuelle neves sobral
Voluntário(a)
gabrielly da silva vieira
Voluntário(a)
gleyce mendes
Voluntário(a)
Estamos vivenciando novos tempos. Ciência, Educação e Saúde se interlaçam de forma mais explícita do que nunca. Assuntos relativos às Ciências estão no cotidiano das pessoas. Entretanto, de forma interessante, muitos debatem o tema, mas têm dificuldades de contrapor argumentos anticientíficos. A biotecnologia está presente no nosso dia-a-dia e permite o desenvolvimento de tecnologias e produtos para facilitar e melhorar a vida e a saúde das pessoas. Então, conhecer sobre biotecnologia e despertar interesses por essa área é contribuir com a formação de uma geração mais atenta às demandas da humanidade, mais proativa para pensar de forma inovadora e comprometida com a transformação, mais capacitada para enfrentar o movimento anticiência que tem trazido tantos prejuízos à nossa sociedade. Paralelamente, temos presenciado nos últimos anos a assustadora redução do número de matrículas de jovens nos anos finais do Ensino Fundamental II e no Ensino Médio, bem como as altas taxas de infrequência e de evasão nestas séries. Assim, realizar ações que aumentem a motivação e o engajamento desses jovens, despertando vocações, interesses e possibilidades pode contribuir para a melhoria da qualidade e dos indicadores da educação básica, bem como para o ingresso desses jovens no ensino técnico e na educação superior.
Popularização da ciência, Biotecnologia, Educação Básica, Desenvolvimento regional
O país tem enfrentado uma grave situação de saúde e educacional. Tem-se visto o agravamento de uma situação de saúde em virtude do negacionismo em relação à ciência. Tem-se visto os jovens abandonarem a escola por falta de motivação e perspectivas. Esse cenário só agrava a situação. Os indicadores de participação dos estudantes brasileiros no exame do Pisa demonstram que, apesar de avançarem nas séries escolares, nossos estudantes têm graves problemas de leitura e compreensão/aplicação da matemática e ciências. Eles têm sido formados para memorizar, mas têm dificuldades quando o assunto é aplicar esse conhecimento em situações cotidianas. Assim, criar mecanismos para engajar os estudantes em seu processo educacional, motivando-os na busca pelo conhecimento, dando perspectivas de um futuro na área de ciências e biotecnologia, munindo-os de conhecimentos para conseguirem questionar e argumentar em favor da ciência pode ser um diferencial que os traga de volta aos rumos formativos, evitando a evasão escolar, melhorando a qualidade da educação básica ofertada. Assim, este projeto propõe-se à oferta de um curso de Biotecnologia, focado em questões práticas, interdisciplinares, contextualizadas com questões do cotidiano do estudante, com foco na melhoria da qualidade da educação básica e no engajamento do participante com seu processo educacional, provendo inclusive de informações quanto às possibilidade de continuidade formativa em nível técnico e superior.
Trata-se de uma ação de extensão, tendo em vista que, segundo a Resolução 07/2018 CNE/CES do Ministério da Educação do Brasil: A Extensão na Educação Superior Brasileira é a atividade que se integra à matriz curricular e à organização da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico, tecnológico, que promove a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da sociedade, por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa (BRASIL, 2018). Aliado a isso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996) traz como papel da Educação Superior "atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares". A comunicação dos profissionais da educação básica e de seus estudantes com a universidade abre horizontes mais amplos, amplia perspectivas de acesso e favorece a apropriação da educação superior como um objetivo mais próximo e factível. A ação de extensão será ofertada a estudantes matriculados nos anos finais do Ensino Fundametal II (oitavo e nono anos), bem como no Ensino Médio (primeiro, segundo e terceiros anos), séries escolares em que tem ocorrido as maiores quedas dos números de matrículas, bem como maiores infrequências escolares e maiores taxas de evasão, buscando o aprendizado na área de biotecnologia como ferramenta para aumentar a motivação e engajamento destes jovens com seu processo educacional, assim como o enfrentamento ao movimento anticiência. Trata-se de uma ação integrada com o ensino e a pesquisa, tendo, inclusive, o envolvimento de discentes da graduação e da pós-graduação. Assim, garante-se a integração ensino, pesquisa e extensão, bem como a soma de esforços para que a via de mão-dupla necessária às ações de extensão realmente seja efetivada.
i. Objetivo geral Contribuir para a melhoria da educação básica nacional, por meio do estímulo à aprendizagem de biotecnologia que leve ao aumento da motivação dos estudantes, à redução da evasão escolar, a busca por novas oportunidades, ao crescimento individual e o enfrentamento ao movimento anticiência. ii. Objetivos específicos • Promover o ensino de Biotecnologia, por meio de um curso ofertado gratuitamente, online, 100% EaD e assíncrono; • Despertar nos jovens matriculados nos anos finais do ensino fundamental, bem como do ensino médio, o interesse pelas disciplinas das áreas de ciências, mais especificamente pela biotecnologia; • Estimular o desenvolvimento regional, a partir do fomento à melhoria da qualidade da educação básica; • Identificar, dentre os participantes, aqueles com maior potencial para atuação nas áreas de ciências e biotecnologia, estimulando-os a seguirem seus estudos em prol da futura geração de cientistas do país; • Contribuir para a ampliação do número de jovens que buscam por vagas no ensino tecnológico e também nos cursos de graduação nas áreas das ciências e biotecnologia; • Promover uma maior aproximação entre escolas de educação básica e instituições públicas de ensino superior; • Estimular a procura dos participantes por oportunidades de Iniciação Científica Júnior; • Implementar um modelo de ensino que foque na biotecnologia aplicada, relacionando com a vida cotidiana.
i. Estabelecer parcerias com Universidades em todo o país, buscando a construção de um curso de biotecnologia amplo, interdisciplinar, focado em atividades práticas e na contextualização com o cotidiano; ii. Divulgar o curso de Biotecnologia nas cinco regiões geográficas do país, estimulando a participação de estudantes de todas elas; iii. Realizar um processo de monitoramento do curso executado, buscando correções de fragilidades em edições posteriores; iv. Envolver estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação da UFVJM no desenvolvimento do projeto; v. Atingir um número de participantes de, no mínimo, 200 estudantes no primeiro ano do curso.
O projeto para oferta do curso de Biotecnologia será realizado, seguindo as seguintes etapas: a) Constituição da equipe de trabalho: esta equipe será formada por docentes, discentes (graduação e pós-graduação) e servidores técnico-administrativos da UFVJM e de outras Instituições de Ensino Superior do país; b) Reuniões propositivas para apresentação do projeto às Universidades, Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, às Escolas e aos participantes; c) Aula inaugural: nesta etapa, se discutirá com os participantes sobre como o curso será conduzido, cronograma, programação, uso do Ambiente Virtual de Aprendizagem, requisitos para certificação; d) Realização do diagnóstico situacional: nesta etapa será disponibilizado para participação dos estudantes, via Google Forms, um questionário para que se compreenda o nível de envolvimento e conhecimento de cada um em relação tema a ser trabalhado; e) Desenvolvimento do curso: o curso será construído com base em temas propostos abaixo: • DNA e genomas: o genoma em nós e nos demais seres vivos; • DNA e informações por ele determinadas; • Produzindo proteínas; • Antibióticos: da penicilina à última geração; • Engenharia genética; • Marcadores moleculares e o teste de paternidade; • Sequenciamento de DNA e melhoramento genético; • Clonagem: da Dolly aos dias atuais; • Ética envolvendo estudos genéticos; • Transplante de células tronco; • Medicamentos biotecnológicos; • Terapia celular (Chimeric Antigen Receptor -CAR); • Desenvolvimento e produção de soros e vacinas; • Biotecnologia para o diagnóstico de doenças; • Terapias gênicas; • Órteses e próteses; • Reprodução artificial; • Biotecnologia para a produção de alimentos; • Biocombustíveis; • Biotecnologia para o desenvolvimento de cosméticos; • Biotecnologia para preservação ambiental; • Biorremediação; • Bioterrorismo; • Dentre outros. f) Serão disponibilizadas ao participante informações quanto a possibilidades de continuidade de estudos na área em nível técnico e superior. g) Realização da avaliação final do curso: nesta etapa será disponibilizado para participação dos estudantes, via Google Forms, um questionário para que estes posam avaliar o curso oferecido, bem como propor melhorias para as edições futuras. A carga horária total deste curso inclui todas as atividades acima descritas, somando um total de 30h. Os participantes, como já citado anteriormente, serão estudantes do oitavo e nono ano, bem como do Ensino Médio. Caso os docentes tenham interesse no curso, será possibilitada também sua participação, de modo que estes conheçam os assuntos trabalhados, podendo utilizar-se de exemplos e materiais em suas atividades de aula. Não haverá atividade presencial. Todos os materiais utilizados no curso, bem como outros materiais de apoio, cronogramas, vídeo-aulas, dentre outros, serão disponibilizados aos participantes em uma sala do Moodle, especificamente construída para esse fim. Todas as aulas ofertadas serão gravadas, desde que haja o consentimento dos ministrantes e participantes, sendo as mesmas depositadas no YouTube (na modalidade não listado), sendo posteriormente disponibilizadas aos participantes pelo AVA. A sistemática de acompanhamento e avaliação será feita por meio de i) monitoramento do cumprimento das atividades via AVA, ii) avaliações diagnósticas e de encerramento do curso, realizadas via Google Forms; iii) acompanhamento dos seguintes indicadores: * Índice de aprovação da ação ofertada (será mensurado a partir de questionário de avaliação do curso aos participantes). * Índice de estudantes que concluíram o curso. Serão certificados pela Proexc apenas os participantes que cumprirem 100% das atividades do curso. De acordo com o parágrafo único do Art. 1º da Resolução CNS 510/2016, as pesquisas abaixo não passarão pela avaliação do sistema CEP/CONEP: Parágrafo único. Não serão registradas nem avaliadas pelo sistema CEP/CONEP: [...] VII - pesquisa que objetiva o aprofundamento teórico de situações que emergem espontânea e contingencialmente na prática profissional, desde que não revelem dados que possam identificar o sujeito; e VIII – atividade realizada com o intuito exclusivamente de educação, ensino ou treinamento sem finalidade de pesquisa científica, de alunos de graduação, de curso técnico, ou de profissionais em especialização. §1° Não se enquadram no inciso antecedente os Trabalhos de Conclusão de Curso, monografias e similares, devendo-se, nestes casos, apresentar o protocolo de pesquisa ao sistema CEP/CONEP; §2° Caso, durante o planejamento ou a execução da atividade de educação, ensino ou treinamento surja a intenção de incorporação dos resultados dessas atividades em um projeto de pesquisa, dever-se-á, de forma obrigatória, apresentar o protocolo de pesquisa ao sistema CEP/CONEP. (BRASIL, 2016). Desta forma, em caso de decidir-se pela realização de atividades de pesquisa vinculadas a este projeto que configurem necessidade de apreciação ética, esta será solicitada ao sistema CEP/CONEP.
A Educação é um direito fundamental do ser humano, conforme traz a nossa Constituição Federal (BRASIL, 1988). É por meio do processo educativo que o ser humano pode atingir sua potencialidade e desenvolver seus talentos, habilidades, atitudes, como agente integrado à sociedade e ao país. Portanto, é imperativo que o processo educacional esteja em constante processo de mudança, de atualização, para que seja realmente efetivo e construa cidadãos engajados com a transformação da realidade. Entretanto, atingir esse objetivo de atualização constante não é tarefa fácil para a realidade da educação básica. À Escola têm sido atribuídas responsabilidades que ultrapassam aquelas exigidas no passado. O mundo moderno tem exigido que esta ensine sobre conteúdos e temas previstos na Base Nacional Comum Curricular, mas também sobre diversos outros temas que perpassam pela formação intelectual, ética, humana e cidadã. São tantas atribuições, demandas e tantas carências em relação a recursos de pessoal e financeiros, que muitas vezes o trabalho se torna maçante, pouco prático, descontextualizado, desmotivando o estudante, que deixa de se comprometer e engajar com seu processo formativo. Desta forma, são compreensíveis os resultados que temos obtido em exames de estudantes como é o caso do Pisa. Este exame tem demonstrado que nossos estudantes apresentam baixo desempenho escolar em leitura, matemática e ciências (INEP, 2019). Então, encontrar estratégias para aumentar o interesse do estudante pelo processo educativo é fundamental. E uma área que desperta grande interesse e, desta forma, pode contribuir com a melhoria da qualidade da educação básica é a biotecnologia. Uma definição bem simplificada, de acordo com a maior associação mundial nesse setor, a BIO – Biotechnology Innovation Organization, é que a biotecnologia explora processos celulares e biomoleculares para desenvolver tecnologias e produtos que ajudam a melhorar a vida e saúde das pessoas (BIO, 2021). Então, conhecer sobre biotecnologia e despertar interesses por essa área é contribuir com a formação de uma geração mais atenta às demandas da humanidade, bem como mais proativa para pensar de forma inovadora e comprometida com a transformação. Apesar de ser um tema extremamente atual e com grande poder de crescimento no futuro, usamos processos biológicos de microrganismos há mais de 6000 anos. A biotecnologia tem permitido o uso de biocatalisadores, contribuindo para o enfrentamento ao problema de abastecimento energético, uma vez que contribui para a redução da dependência por combustíveis fósseis, da emissão de gases de efeito estufa, redução do uso de água e geração de resíduos, redução do consumo energético, dentre outros. Outro exemplo interessante é que temos vivenciado um momento em que as pessoas discutem tecnologias de desenvolvimento de vacinas, falam sobre efetividade e eficácia, enxergam a biotecnologia como mecanismo de enfrentamento às doenças, estando esta relacionada a processos para prevenção, detecção e até mesmo tratamento de doenças, como é o caso da Covid-19. Além disso, a biotecnologia tem permitido a melhoria do processo de produção de alimentos, aumentando a resistência das plantações às pragas agrícolas; facilitando o uso de práticas agrícolas mais sustentáveis, aumentando o volume das safras; permitindo a geração de safras com perfis nutricionais mais adequados para solucionar problemas de deficiências de vitaminas e nutrientes, realizar ações de biorremediação; dentre outros. É importante destacar ainda que, embora o que estabelece o art. 208 da Constituição Federal (BRASIL, 1988), que traz como dever do Estado garantir educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria, ainda temos um longo caminho a percorrer. O último Censo da Educação Básica (BRASIL, 2021) demonstrou que o país tem apresentado nos últimos anos uma queda expressiva na taxa de matrículas de estudantes nos anos finais do ensino fundamental II e do ensino médio, bem como altas taxas de infrequência escolar e de evasão neste mesmo público, apontando para a necessidade de se implementarem ações que tornem estes anos escolares mais estimulantes, desafiadores e atrativos para tais jovens. Então, apresentar ao estudante as diversas possibilidades de uso da biotecnologia, pode despertar seu interesse para a área, facilitando assim o processo de aprendizagem e o engajamento em seu processo formativo. A partir daí, motivado, é possível trabalhar temas previstos na BNCC, de forma contextualizada, dinâmica e interessante. Outro ponto positivo é que, aumentando seus conhecimentos em relação às ciências e à biotecnologia, estes estudantes tornam-se mais capazes e empoderados para enfrentar o movimento anticiência, contribuindo, inclusive, para a disseminação do conhecimento.
Estudantes de diversos cursos de graduação poderão participar deste projeto. A formação na área da licenciatura, Sistemas de Informação e Saúde serão priorizadas, tendo em vista os temas a serem trabalhados, como anteriormente citado. Assim, a formação do discente estará em consonância com os tópicos trabalhados no curso, de modo que este possa contribuir com o processo de ensino-aprendizagem do estudante das escolas de Educação Básica. Além disso, os discentes da UFVJM serão sempre vinculados para a realização do trabalho sob tutoria de um docente (integrante da equipe e que atue na mesma área de sua formação ou em área afim), de modo que o discente da UFVJM possa aprender sobre a análise de problemas enfrentados pelas Escolas, sobre os fatores motivadores ou desmotivadores que envolvem os estudantes da educação básica, bem como possa contribuir com a proposição de possíveis soluções, tornando-se mais engajado com a realidade da comunidade externa, tornando-se mais proativo. Desta forma, antes da realização das atividades, os discentes serão capacitados e acompanhados pelos docentes-tutores, bem como pela coordenação do projeto. Os discentes acompanharão e participação de todas as etapas do projeto, quais sejam sua organização, desenvolvimento e oferecimento aos participantes, análise de dados, bem como redação de artigo/relatórios. A participação e envolvimento dos discentes da UFVJM serão avaliados pelos docentes-tutores, bem como pela coordenação do projeto, sendo necessário, ao final, que o discente receba um conceito, no mínimo, B e uma frequência às atividades propostas de, no mínimo, 75%.
A proposta aqui apresentada mostra-se relevante, tendo em vista que tem potencial de contribuir com a melhoria da qualidade da educação básica, além de possibilitar a identificação de potencialidades dentre os jovens em curso do ensino fundamental e médio. Tem potencial ainda de promover uma maior aproximação das escolas, bem como de seu corpo docente das instituições públicas de educação superior, o que pode levar ao estabelecimento de parcerias, ao desenvolvimento de novos projetos e à melhoria da formação dos profissionais em termos de pós-graduação. Além disso, configura-se como uma ação de extensão que possibilitará o aumento dos níveis de conhecimento dos participantes nas áreas de ciências e biotecnologia, promovendo uma maior aproximação destes em relação aos cursos técnicos e superiores ofertados por Institutos e Universidades. Segundo a Resolução 07/2018 CNE/CES do Ministério da Educação do Brasil: A Extensão na Educação Superior Brasileira é a atividade que se integra à matriz curricular e à organização da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico, tecnológico, que promove a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da sociedade, por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa (BRASIL, 2018). A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996) traz como papel da Educação Superior "atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares". No contexto dialógico da extensão universitária, tal atuação não se pauta apenas em ofertar ações, mas em criar comunicação capaz de valorizar a experiência e diversidade de saberes, num ciclo virtuoso por meio do qual, estudantes e profissionais da educação superior também são beneficiados e enriquecem suas vivências e a própria formação a partir da realidade social vivida no contexto da educação básica. A comunicação dos profissionais da educação básica e de seus estudantes com a universidade abre horizontes mais amplos, amplia perspectivas de acesso e favorece a apropriação da educação superior como um objetivo mais próximo e factível. Além disso, em paralelo com o desenvolvimento do curso de Biotecnologia, sendo este uma ação extensionista, tem-se a possibilidade de se trabalhar a pesquisa científica, realizando o acompanhamento sistemático e contínuo da ação de extensão, a análise dos dados, o cálculo de indicadores, o estabelecimento de metas e de medidas corretivas para problemas enfrentados, podendo gerar, inclusive, trabalhos de conclusão de curso e publicações, a partir do acompanhamento do processo de sua execução. Assim, identifica-se claramente a integração entre ensino, pesquisa e extensão, cumprindo o previsto no art. 207 da Constituição Federal de 1988. Outra questão que também demonstra o mérito e relevância desta proposta é que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996) reconhece as necessidades educacionais especiais de crianças com altas habilidades/superdotação, apontando para o atendimento educacional especializado. Esse problema já foi enfrentado por diversos países: Na Ásia em geral (Coréia, Taiwan, Singapura), a partir dos anos 1970, o investimento no potencial humano vem crescendo a cada dia, fortalecendo a educação dos talentos. E em Israel também enfatiza-se muito a educação das altas habilidades. Já nos Estados Unidos, o processo foi mais tardio que no continente europeu, e a atenção às altas habilidades era ainda exceção no século XIX. A primeira medida pedagógica foi adotada em 1862, permitindo aos alunos superdotados a aceleração da aprendizagem por meio de promoções a cada seis meses. [...] No Brasil sentimos alguns reflexos desse dilema, uma vez que, por motivos diferentes, também carregamos conosco, por muito tempo, o preconceito de que a Educação Especial dos talentosos é uma forma elitista de discriminação. (CUPERTINO, 2008). Nesse sentido, apesar dos esforços que vêm sendo feitos no país há algumas décadas para que estes estudantes recebam atendimento educacional especializado nas escolas de ensino regular da Educação Básica, ainda estamos muito longe de prover a estas crianças e jovens as oportunidades de desafio e aprendizado que elas almejam e necessitam. Assim, estas crianças e jovens com alto potencial não têm as suas necessidades de aprendizado supridas e acabam sendo calados por serem vistos como aqueles que tumultuam a sala de aula, por questionarem demais, e por colocarem o professor, algumas vezes, em situação constrangedora em virtude de não terem as respostas solicitadas. Ou seja, o país tem perdido parte de seu capital intelectual por não conseguir prover recursos, desafios, oportunidades suficientes e em tempo adequado para que suas potencialidades não se percam ao longo do seu percurso formativo. Desta forma, o curso de Biotecnologia constitui-se como uma oportunidade para todos, inclusive para estes estudantes com altas habilidades/superdotação.
Público-alvo
Estudantes da educação básica, matriculados nos anos finais do Ensino Fundamental II (8º e 9º ano), bem como no Ensino Médio. O curso será oportunizado para estudantes de todo o país. Será realizado um trabalho de divulgação via Instagram, Facebook, YouTube para que se alcance o público-alvo.
Municípios Atendidos
Brasil (o Curso Será Ofertado A Estudantes De Todo País, Por Isso Não Foi Citado Um Município Específico)
Parcerias
Nenhuma parceria inserida.
Cronograma de Atividades
Definição da equipe de trabalho, incluindo ministrantes de Universidades externas à UFVJM e que tenham perfil adequado para a produção de aulas no formato desejado neste curso (prático, interdisciplinar, contextualizado com as situações cotidianas, em linguagem e nível adequado ao público-alvo)
Realização de reuniões propositivas para apresentação do projeto às Universidades, Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, às Escolas e aos participantes, de modo a engajá-los com a proposta do curso e conseguir que os discentes se inscrevam para participação.
A partir da constituição da equipe, serão analisados os currículos e perfis para definição dos ministrantes de cada uma das atividades do curso.
Serão realizadas reuniões com os ministrantes para discussão do formato do curso, para que todas as aulas sigam a proposta pedagógica do projeto. O processo será acompanhado para que as aulas sigam a proposta pedagóstica.
Os experimentos necessários para a produção de video-aulas serão realizados em laboratório e gravados para posterior inserção nas aulas.
Produção e gravação das vídeo-aulas: o curso será construído com base em temas propostos abaixo: • DNA e genomas: o genoma em nós e nos demais seres vivos; • DNA e informações por ele determinadas; • Produzindo proteínas; • Antibióticos: da penicilina à última geração; • Engenharia genética; • Marcadores moleculares e o teste de paternidade; • Sequenciamento de DNA e melhoramento genético; • Clonagem: da Dolly aos dias atuais; • Ética envolvendo estudos genéticos; • Transplante de células tronco; • Medicamentos biotecnológicos; • Terapia celular (Chimeric Antigen Receptor -CAR); • Desenvolvimento e produção de soros e vacinas; • Biotecnologia para o diagnóstico de doenças; • Terapias gênicas; • Órteses e próteses; • Reprodução artificial; • Biotecnologia para a produção de alimentos; • Biocombustíveis; • Biotecnologia para o desenvolvimento de cosméticos; • Biotecnologia para preservação ambiental; • Biorremediação; • Bioterrorismo; • Dentre outros.
As ações de divulgação do curso serão permanentes, mesmo depois de iniciado, de modo a trabalhar o tema biotecnologia, por meio de pílulas, bem como fomentar a demanda para as próximas edições.
Oferta do curso para estudantes da educação básica (oitavo, nono anos; primeiro, segundo e terceiro anos do Ensino Médio).
Realização do diagnóstico situacional por meio de Instrumento de Coleta de Dados disponibilizado no Google Forms. A intenção é identificar o nível inicial de conhecimento dos participantes sobre o assunto, bem como conhecer melhor o público participante.
As inscrições serão feitas pelo Google Forms.
Os estudantes receberão informações sobre cursos de nível técnico e superior nas áreas de ciências e biotecnologia.
Realização da avaliação final do curso: nesta etapa será disponibilizado para participação dos estudantes, via Google Forms, um questionário para que estes posam avaliar o curso oferecido, bem como propor melhorias para as edições futuras
Análise de dados
Redação de relatórios e finalização do curso