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PREVENÇÃO DO SUICÍDIO E COMPORTAMENTOS AUTOLESIVOS - Tarefa para muitas mãos
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
bruno henrique ribeiro
2023101202320270
departamento de enfermagem
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
direitos humanos e justiça
grupos sociais vulneráveis
regional
Não
Membros
lucas daniel cibolli roso
Bolsista
natalia caversani lemos arruda
Bolsista
Divulgação de conhecimentos científicos, de forma ética, importantes para a prevenção de suicídios e de comportamentos autolesivos, através de capacitações, rodas de conversas e distribuição de cartilhas.
Prevenção, Suicídio, Autolesão
O suicídio é um importante problema de saúde pública global. Estima-se que cerca de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, superando número de mortes por malária, HIV/AIDS, câncer de mama, guerra e homicídio (OMS, 2019). A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2014) aponta que o comportamento suicida é influenciado por questões multifacetadas como aspectos biológicos, psicológicos, ambientais e culturais. No entanto, o tema ainda é tratado como tabu em muitos lugares, sendo a prática inclusive ilegal em alguns países, o que leva a crer que esse número seja ainda maior, considerando-se a subnotificação e a classificação errônea das mortes por suicídio como acidentais (MINAYO; CAVALCANTE; SOUZA, 2006). De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde de 2019, 97.339 pessoas morreram por suicídio nas Américas e as estimativa é de que as tentativas podem superar em 20 vezes este número (OPAS, 2021). O Brasil está entre os dez países com os maiores números absolutos de suicídio. Entre 2002 e 2012, o total de suicídios no Brasil aumentou cerca de 33%, sendo esse aumento superior ao aumento da população no mesmo período, que foi de 11% (OMS, 2014). Apesar dos números expressivos, é importante deixar claro que suicídios podem ser prevenidos (OMS, 2014). Já o comportamento autolesivo é relacionado ao ato deliberado de autolesão com consequências físicas e psicológicas para a pessoa (SANTOS; FARO, 2018). Apesar de subnotificado, há uma tendência crescente de notificação de casos desta conduta no ambiente escolar, indicando necessidade de articulação intersetorial para fortalecer a prevenção(ARAGÃO; MASCARENHAS, 2022). Um dos principais grupos de atuação nestes contextos são os profissionais de saúde, especialmente os ligados à atenção primária, que precisam estar preparados para lidar com indivíduos em risco, posto que são acessíveis à população e podem oferecer apoio continuado. No caso de pessoas que tentam o suicídio, a maioria é atendida em serviços de emergência, o que demonstra um grande potencial de intervenção para os profissionais dessa área. Porém, por falta de treinamento, o acolhimento adequado nem sempre acontece, permitindo a manutenção e até o aumento de casos (BOTEGA, 2014; MELLO-SANTOS; BERTOLOTE; WANG, 2005; OMS, 2014; VIDAL; GONTIJO, 2013). O contexto escolar e universitário são outros locais onde a prevenção ao suicídio e de comportamento autolesivo é imperativa, pois os alunos passam grande parte do tempo nestes ambientes. Crianças e adolescentes que passaram por situação de bullying ou cyberbullying sofrem traumas com reflexos psíquicos que podem aparecer até cinco anos após a violência sofrida (Ferreira, 2022). Daí, a importância em averiguar os dados e disponibilizar profissionais capacitados, que podem identificar diversos comportamentos de risco e intervir precocemente (PINHEIRO, 2015). Os cursos darão enfoque primordial em temas como a prevençãodo suicídio e de condutas autolesisvas, e suas representações na mídia e cultura. Tais atividades perpetuam e desenvolvem o debate sobre o tema, relacionando-o à atualidade e à história.
A definição da palavra suicídio contêm várias vertentes, porém a ideia central está relacionada ao ato de terminar com a própria vida (BOTEGA, 2015). A taxa global de mortalidade em 2016 foi de 10,5 mortes por suicídio em cada 100 mil pessoas, sendo que esta varia principalmente quanto a renda do país (OMS, 2019). O índices de suicídio são maiores entre os homens (13,7 para cada 100 mil), do que entre as mulheres (7,5 para cada 100 mil), com destaque para pessoas idosas em quase todas as regiões do mundo, que tem se apresentado como um importante grupo etário com vulneralibidades no campo da saúde mental (SANTOS, 2019; OMS, 2019). Há também uma tendência de aumento de tentativas de suicídio por parte de adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), tornando-se a segunda principal causa de morte entre eles (MOREIRA; BASTOS, 2015; OMS, 2019). Além disso, para cada suicídio consumado, há muitas outras pessoas que o tentam ou são impactadas, além do fato de tentativas anteriores serem um dos fatores de risco mais importantes de alerta para a realização propriamente do ato na população geral (OMS, 2018). Estima-se que o quantitativo de tentativas de suicídio supere cerca de dez vezes o número de mortes por suicídio (BOTEGA, 2015). Apesar de sua relevância, o tema ainda é um tabu, sendo um assunto no qual as pessoas preferem não falar (TRIGUEIRO, 2018). Diante disto é importante haver não apenas a divulgação e debate abordando as várias áreas da suicidologia, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde para a Mídia, mas também capacitar os profissionais juntamente com os demais atores sociais, para que possam contribuir e impactar positivamente na detecção e prevenção de novas ocorrências destes comportamentos (OMS, 2000). Por outro lado, há uma tendência entre os jovens do desenvolvimento de comportamentos autolesivo, nos quais os indivíduos por muitas vezes não têm intenções suicidas, mas fazem cortes ou esculpem a própria pele, para alívio de angústia e sofrimento (NOCK, 2010) Entre os profissionais podemos citar especialmente profissionais e estudantes da área da saúde, bombeiros militares, policiais civis e militares, por serem profissionais que prestam o primeiro atendimento a indivíduos que tentaram suicídio ou autolesão, podendo assim impedir de forma segura a consumação destes atos. Dessa forma apresentam a maior probabilidade de exercer contato com populações de risco. Outros grupos de importância são os educadores, que estão em contato direto com jovens e adolescentes e crianças, possibilitando atuar na prevenção primária destes, e também os líderes espirituais e assistentes sociais. Espera-se também que a capacitação da comunidade em geral, haja maior possibilidade de atuar na promoção da saúde mental e na prevenção de comportamentos suicidas e/ou autolesivos. Ainda é necessário inferir que a pandemia do novo coronavírus (COVID-19) foi a maior emergência de saúde pública que a comunidade internacional enfrentou nas últimas décadas (SCHMIDT et al., 2020). Dessa maneira, o estado pandêmico pode promover impactos na vida daqueles que são afetados direta ou indiretamente, principalmente quanto a saúde mental, podendo agravar os quadros relacionados a tentativas de suicídio (CRUZ et al., 2020). Os aspectos aos quais poderiam ser notados possíveis aumentos aos casos e tentativas seriam principalmente vinculados ao isolamento social, este que dificultou a interação dos indivíduos. Outros possíveis fatores de estimulação são a insegurança social e econômica aumentada durante a crise, assim como ansiedade, preocupação, maior ingestão de bebidas alcoólicas, diminuição do acesso a serviços de saúde mental, estresse (CRUZ et al., 2020). Em relatório emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde há um alerta de que a pandemia gerou uma crise global de saúde mental com prejuízo a milhões de pessoas. Calcula-se que houve um aumento de mais de 25 % em transtornos de ansiedade e depressão entre 2020 e 2021 (OMS, 2022) . Os cursos de Prevenção de Suicídios vêm sendo oferecidos há alguns anos em Diamantina e municípios vizinhos. No entanto, existe ainda uma grande parcela de indivíduos que ainda não participaram destes, uma vez que é importante considerar que a população universitária na cidade é rotativa. E, no caso daqueles que participaram de atividades ligadas à suicidologia, são necessárias oportunidades de reforço e atualização dos conceitos e discussões de situações vivenciadas na prática. Os profissionais atuantes na atenção primária e no serviço de emergência da cidade e região são um público cujo acesso contínuo às capacitações é de importância crucial, posto que estão em contato direto com a comunidade e com casos de tentativa de suicídios, bem como comportamentos autolesivos em indivíduos em risco. Da mesma forma, profissionais da segurança pública são um público chave, que igualmente podem ser beneficiados pelas capacitações. Embora a carga horária de cada curso seja pequena, estimada em oito horas, a promoção dessa atividade pode ser literalmente a diferença entre a vida e a morte, possibilitando a redução dos índices de suicídio que só não são mais alarmantes devido à grande subnotificação deste fenômeno, tema referido anteriormente e tratado, especialmente em capacitações que envolvem profissionais médicos. As atividades envolvem conceitos discutidos nas aulas de Psicologia no módulo de Desenvolvimento Pessoal (referente ao curso de Medicina) e possibilitará o crescimento, reflexão e ampliação de conhecimentos específicos e direcionados à suicidologia em geral, com enfoque no comportamento suicida a todos os estudantes e demais sujeitos envolvidos nesta. Caso haja discentes voluntários de outras áreas de conhecimento, os mesmos receberão as informações necessárias para o desenvolvimento das práticas propostas e assim será trabalhado o olhar interdisciplinar sobre a temática. Ressalta-se ainda, em consonância com a Política de Extensão da UFVJM (2009), a promoção das diretrizes como a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, pilares fundamentais para a formação profissional e que serão incentivados aos discentes participantes. Além disso, sem dúvidas, este projeto causa impacto e transformação social, pois pessoas com as mais diversas vulnerabilidades serão atendidas direta e indiretamente pelos participantes. Promovendo também a interação social, uma vez que a troca de saberes será sistematizada pelo grupo, abordando o conhecimento acadêmico/científico e valorizando o conhecimento popular sobre as temáticas da suicidologia e da autolesão. Durante a edição 2021 do projeto tivemos a oportunidade de proporcionar a capacitação aos interessados de localidades de fora da área de abrangência da UFVJM como municípios dos estados do Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul entre outros. A modalidade digital possibilitou também, um maior número de participantes aos eventos promovidos. Em decorrência dessa nova organização pós-pandemia e da necessidade de atualização, as atividades propostas devem ocorrer de forma híbrida, ou seja, algumas das capacitações ocorrerão de forma presencial e outras remota, via plataformas onlines, visando a garantia de maior segurança e disponibilidade a um público maior que o adstrito aos limites da UFVJM.
Gerais 1. Capacitar, por meio de cursos, estudantes, educadores, bombeiros, militares, policiais, líderes espirituais, e demais pessoas interessadas para que possam lidar, direta ou indiretamente, situações com indivíduos que apresentem comportamentos e/ou intenções suicida ou autolesiva para a prevenção e remediação desses fenômenos. 2. Realizar cursos e eventos que tenham o suicídio e a autolesão como foco da abordagem multidisciplinar. 3. Conscientizar a população do município de Diamantina e Região a respeito da necessidade de discutir e prevenir ações e comportamentos suicidas. 4. Permitir a multidisciplinaridade dentro da comunidade acadêmica, de diversas áreas e cursos de graduação, do Vale do Jequitinhonha para discutir, conhecer a suicidologia e repercutir ações de proteção àqueles que precisam. Específicos 1. Promover discussões abertas às comunidade acadêmica e externa abordando o suicídio, bem como maneiras de lidar e prevenir, contextualizando-os de acordo com tempos históricos e atuais nas sociedades em geral. 2. Orientar os participantes dos cursos de prevenção ao suícidio especialmente a respeito de: Fatores de risco (como reconhecê-los e modificá-los) e de proteção; Grupos de maior ocorrência; Mitos; Como reconhecer e agir diante de alguém em risco de suicídio ou de um sobrevivente (pessoa que perdeu alguém para o suicídio). 3. Oferecer atividades de posvenção (prevenção direcionada a grupos em que se ocorreu algum suicídio),, quando necessária, especialmente na forma de rodas de conversa. 3. Permitir aos discentes envolvidos a oportunidade de estudar sobre os temas ligados à suicidologia e promover a interdisciplinaridade e interação social dos mesmos com outros membros da comunidade acadêmica. 4. Desenvolver nos discentes habilidades e competências profissionais como comunicação, liderança, tomada de decisão, trabalho em equipe entre outras.
Oferecer o curso para, ao menos, representantes de quatro instituições diferentes, além de um curso aberto à comunidade em geral. Espera-se capacitar diretamente um número igual ou superior a 300 pessoas, o que possibilita estimar que o público atingido, indiretamente (ou seja, estudantes, pacientes, cidadãos atendidos pelas forças de segurança, membros de diferentes grupos religiosos, bem como as demais pessoas que interagem com os cursistas) seja superior a 1000 pessoas no total. Além disso, haverá distribuição de cartilhas de prevenção de suicídios, no formato impresso e/ou digital.
As oficinas de capacitação vêm sendo oferecidas há vários anos, com boa receptividade entre os participantes. Tem duração média de oito horas, podendo ocorrer em um dia ou em dois turnos de 4 horas. Costumam ser abordados temas como: O que é suicídio, Consequências, Epidemiologia, Mitos, Fatores de Risco e Proteção, O que não fazer e o que fazer; Comportamento Suicida, Bullyng, Autolesão e outros temas que possam emergir da discussão e interação entre os participantes e moderadores. As temáticas são trabalhadas da seguinte forma: Dinâmicas, as quais têm a finalidade de integração e interação entre os participantes e palestrantes visto que há certo grau de tabu em torno do tema ao ser discutido em âmbito social; Apresentações teóricas e interativas sobre os comportamentos suicidas em geral, o tratamento dado às pessoas antes ou mesmo depois de realizar uma tentativa, caso ela ocorra, tal e qual identificar sinais, grupos de risco e agir sobre eles; Discussões a respeito dos temas, de acordo com a demanda de cada grupo. Também serão promovidos outros eventos sobre o mesmo tema em perspectivas diferentes, a fim de convidar novos profissionais para compartilharem suas ideias e experiências, ampliando e enriquecendo a discussão sobre suicídio e conduta autolesiva. Será incentivada a participação de discentes voluntários das diversas áreas do conhecimento da UFVJM a fim de promover a interação social e possibilitar uma perspectiva interdisciplinar em consonância com os eixos da extensão universitária. Ademais, é incentivado que os mesmos interajam constantemente entre si, bem como com docentes e servidores técnico-administrativos, pois todos os membros da comunidade acadêmica podem contribuir na formação desse estudante. Ao final das atividades realizadas será distribuído um formulário, que deve ser preenchido anonimamente a fim de avaliar a condução dos trabalhos e temática e sobre o nível de conhecimento adquirido, permitindo deste modo, a reorganização dos temas e abordagens, quando necessário. Após cada evento/atividade haverá emissão de certificados aos participantes. Semanalmente o Grupo realizará reuniões para planejamento, avaliação, estudo e discussão de casos referente aos temas trabalhados. Os discentes participantes escreverão, ao final do período do projeto, um relato de experiência para publicação em revista/anais de extensão, buscando contribuir com os demais interessados em realizar e participar de projetos de extensão universitária pautados nas áreas de saúde mental e suicidologia, bem como promover e divulgar a disseminação do conhecimento acadêmico. Vale ressaltar ainda, que os aspectos éticos serão observados durante toda a execução do projeto. Em virtude do retorno após a pandemia da Covid-19, as atividades propostas serão adaptadas para ocorrerem de forma remota, através de plataformas virtuais, ou de forma presencial, caso as condições sanitárias e de disponibilidade de espaço físico sejam favoráveis.
ARAGÃO, C. de M. C. de e MASCARENHAS, M. D. M. Tendência temporal das notificações de lesão autoprovocada em adolescentes no ambiente escolar, Brasil, 2011-2018. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. v .31, n.1, 2022. http://dx.doi.org/10.1590/s1679-49742022000100028. BOTEGA, N. J. Crise Suicida: Avaliação e Manejo. Porto Alegre: Artmed, 2015. 302p. BOTEGA, N. J. Suicidal behavior: Epidemiology. Psicol. USP, São Paulo, v. 25, n. 3, p. 231-236, Dez. 2014. https://doi.org/10.1590/0103-6564D20140004. CRUZ, R. M. et al. COVID-19: emergência e impactos na saúde e no trabalho. Rev. Psicol., Organ. Trab., Brasília, v. 20, n. 2, p. I-III, 2020. http://dx.doi.org/10.17652/rpot/2020.2.editorial. FERREIRA, H. M. A geração do Quarto: quando crianças e adolescentes nos ensinam a amar. Rio de Janeiro: Record, 2022. 152 p. ISBN 978-65-5587-394-8. FIGUEIREDO, A. E. B. et al. Impacto do suicídio da pessoa idosa em suas famílias. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 8, p. 1993-2002, 2012. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000800010&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 20 jul. 2022. MELLO-SANTOS, C. de; BERTOLOTE, J. M.; WANG, Y. Epidemiology of suicide in Brazil (1980 - 2000): characterization of age and gender rates of suicide. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, v. 27, n. 2, p. 131-134, 2005. https://doi.org/10.1590/S1516-44462005000200011. MINAYO, M. C. de S.; CAVALCANTE, F. G.; SOUZA, E. R. de. Methodological proposal for studying suicide as a complex phenomenon. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 8, pág. 1587-1596, 2006. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2006000800007 MOREIRA, L. C. de O.; BASTOS, P. R. H. de O. Prevalência e fatores associados à ideação suicida na adolescência: revisão de literatura. Psicol. Esc. Educ., Maringá, v. 19, n. 3, p. 445-453, 2015. http://dx.doi.org/10.1590/2175-3539/2015/0193857 NOCK, M. K. Self-Injury. 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OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Suicide worldwide in 2019: global health estimates. Genebra: World Health Organization, 2021. 35 p. ISBN 9789240026643. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240026643. Acesso em: 26 jul. 2022. OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da mídia. Genebra, 2000. 10 p. Disponível em: https://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/en/suicideprev_media_port.pdf. Acesso em: 22 jul. 2022. OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Preventing suicide: A global imperative. Geneva, 2014. 92 p. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/preventing-suicide-a-global-imperative. Acesso em: 14 jul. 2022. OPAS - ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Após 18 meses de pandemia de COVID-19, OPAS pede prioridade para prevenção ao suicídio, 2021. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/9-9-2021-apos-18-meses-pandemia-covid-19-opas-pede-prioridade-para-prevencao-ao-suicidio. Acesso em: 15 jul. 2022. PINHEIRO, W. R. e S. Comportamento suicida na escola: para pais e mestres. São Paulo: All Print Editora, 2015. 79 p. SANTOS, L. C. S.; FARO, A. Aspectos conceituais da conduta autolesiva: Uma revisão teórica. Psicol. pesq., Juiz de Fora, v. 12, n. 1, p. 5-14, 2018. http://dx.doi.org/10.24879/201800120010092 SANTOS, E. D. G de M. et al. Suicídio entre idosos no Brasil: uma revisão da literatura nos últimos 10 anos. Psicologia, Conhecimento e Sociedade, v. 9, n. 1 p. 258-282, 2019. Disponível em: https://revista.psico.edu.uy/index.php/revpsicologia/article/view/486/386. Acesso em: 20 jul. 2022. SCHMIDT, B. et al. Saúde mental e intervenções psicológicas diante da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Estud. psicol., Campinas, v. 37, 2020. https://doi.org/10.1590/1982-0275202037e200063. SILVA, G. M. et al. An educational intervention on suicide prevention for Brazilian school teachers. In: XXVI world congress on suicide prevention of IASP, Beijng, China. 26th world congress on suicide prevention of IASP. China Association for Mental Health - Chinese Mental Health Journal, 2011. v. 25. p. 241-242. TRIGUEIRO, A. Viver é a melhor opção: a prevenção do suicídio no Brasil e no mundo. 4. ed. São Bernardo do Campo: Correio Fraterno, 2018. VIDAL, C. E. L.; GONTIJO, E. D. Tentativas de suicídio e o acolhimento nos serviços de urgência: a percepção de quem tenta. Cad. saúde colet., Rio de Janeiro, v. 21, n. 2, p. 108-114, 2013. https://doi.org/10.1590/S1414-462X2013000200002.
Os estudantes engajados no projeto terão a função de preparar e auxiliar no desenvolvimento das oficinas, devendo sempre buscar atualizações científicas na literatura sobre os temas e assuntos trabalhados. Eles também poderão entrar em contato com os grupos que serão capacitados, além de procurar os locais para a realização das oficinas e providenciar os materiais e certificados de conclusão dos eventos realizados. Será incentivada a participação de discentes voluntários das diversas áreas do conhecimento da UFVJM para que possa haver interação e integração, ampliando a visão interdisciplinar sobre a temática. A equipe de coordenação supervisionará e discutirá todas as atividades com os estudantes envolvidos (bolsista e voluntários), buscando o alinhamento do conhecimento e promovendo as competências e habilidades como comunicação, liderança e tomada de decisão. Assim, tanto as metodologias como os conteúdos serão trabalhados com todos, permitindo que possam, futuramente, atuar em conjunto na prevenção de suicídios, bem como tenham um olhar integral e humanizado sobre o paciente e saibam conduzir atividades com grupos. Os estudantes, no caso da saúde, como futuros profissionais, terão a possibilidade de, ao longo da graduação, uma preparação adequada ao realizar intervenções que possam proporcionar a superação de eventos traumáticos e evitar o comportamento suicida (FIGUEIREDO et al., 2012). O bolsista será acompanhado quanto ao seu interesse, iniciativa, pontualidade, organização e atuação nas oficinas em acordo com as datas acordadas com os grupos. O projeto será avaliado por meio de uma ficha de avaliação, preenchida anonimamente pelos participantes, o que permitirá a manutenção e reestruturação das diretrizes estabelecidas, quando necessárias. Este instrumento será consolidado, organizado e analisado por toda equipe e permitirá aos discentes conhecimento nas áreas de criação de banco de dados e análises estatísticas. Ao final de todos os 12 meses, será apresentado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura uma produção audiovisual em vídeo e documentário, demonstrando as atividades promovidas pelo projeto, juntamente com os depoimentos do bolsista, do coordenador e dos beneficiários. Além de um relato digital com fotos.
Como colocado na justificativa deste projeto, há uma expectativa de uma maior risco ao suicídio e comportamentos de autolesão devido à pandemia do Covid-19 e a Organização Mundial de Saúde aponta que sejam priorizadas ações para minimizar mortes por esta causa. Os currículos acadêmicos tem pouca abordagem sobre esse tema e sentimos necessidade de ampliação de conhecimento nesta área. O Grupo de trabalho, realiza atividades na área de prevenção de suicídios desde 2006, sendo diversas vezes contemplado em editais PIBEX, os quais financiam a disseminação de conhecimento adequado sobre os temas da suicidologia, não só em Diamantina, mas em diversas cidades da região e até mesmo em outros estados da federação. É com este recurso que imprimimos nossas cartilhas, sendo que quando não contamos com este, os participantes ficam sem o material impresso, o que restringe as informações passadas somente `aqueles que participaram das atividades, não oportunizando aos familiares, amigos e outros que tenham acesso ao nosso material.
Público-alvo
Profissionais e estudantes da saúde, educadores, bombeiros militares, policiais civis e militares, líderes espirituais e outros grupos de pessoas que possam lidar com indivíduos que apresentam comportamentos e/ou intenção suicida ou de autolesão.
Familiares, amigos, colegas de trabalho e outros que possam ser informados pelos participantes sobre a temática abordada nas atividades.
Municípios Atendidos
Diamantina
Unaí
Janaúba
Teófilo Otoni
Carbonita
Parcerias
Divulgação de ações entre profissionais da área de saúde do município, articulação para execução de atividades presenciais no município com oferecimento de transporte e local de realização.
Cronograma de Atividades
A equipe se reunirá semanalmente para realizar planejamento e avaliação das ações.
A capacitação tem duração média de 8 horas, podendo ocorrer em um dia ou em dois turnos de 4 horas. São abordados temas como: O que é suicídio, Consequências, Epidemiologia, Mitos, Fatores de Risco e Proteção, O que não fazer e o que fazer; Comportamento Suicida, Bullyng e outros temas que possam emergir da discussão e interação entre os participantes. A mesma poderá ocorrer presencialmente ou adaptada ao uso de ferramentas digitais em virtude da pandemia do Coronavírus. Há emissão de certificados. A ação é prevista para ocorrer nos meses de fevereiro, maio e novembro de 2023.
A capacitação tem duração média de 4 horas, podendo ocorrer em um dia ou em dois turnos de 2 horas. São abordados temas relacionados à autolesão sem intenção suicida e outros temas que possam emergir da discussão e interação entre os participantes. A mesma poderá ocorrer presencialmente ou adaptada para uso de ferramentas digitais em virtude da pandemia do Coronavírus. Há emissão de certificados. A ação é prevista para ocorrer nos meses de abril e segunda quinzena de junho ou primeira quinzena de julho de 2023.
O bolsista elaborará o relatório no mês de julho de 2023 e no mês de dezembro de 2023.
Em atendimento ao item 15.5 do Edital Pibex 2023 haverá produção de um documentário em vídeo do projeto.
O planejamento e organização das ações do Setembro Amarelo ocorrerá nos meses de julho e agosto de 2023. Em Setembro os integrantes do Grupo participarão de eventos relacionados ao mês de prevenção ao suicídio realizarão atividades afins ao tema como roda de conversa, Lives Virtuais, Curso, e outras.