Visitante
“Xotemente: é de xote em xote que a mente fica forte”
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
antonio moacir de jesus lima
20241012024374650
departamento de enfermagem
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
educação
esporte e lazer
municipal
"saúde mental e sociedade: intervenções a partir da realidade encontrada"
Não
Membros
juliana sales rodrigues costa
Voluntário(a)
mariana nayara silva roque
Voluntário(a)
iasmin pereira dos santos
Voluntário(a)
ronaldo aparecido silva
Voluntário(a)
ricardo lopes martins
Bolsista
nathalya viviane mendes lima
Voluntário(a)
Trata-se de um projeto de extensão universitária já em desenvolvimento, em parceria com o grupo de dança denominado “Xotear”. Este grupo foi criado por discentes de diversos cursos da UFVJM, há nove anos e recentemente firmou uma parceria com a Secretaria de Cultura e Lazer de Diamantina. Assim, vem desenvolvendo suas ações dentro do Centro Cultural David Ribeiro (Mercado Velho) no centro histórico. É nesse sentido que nossa proposta denominada “Xotemente: é de xote em xote que a mente fica forte” se insere para ampliar as ações já desenvolvidas e efetivar os benefícios da dança para o nosso corpo e nossa mente. Antes, durante e após as oficinas de dança são trabalhados a consciência corporal, o equilíbrio e a coordenação motora. Também, são convidados toda a comunidade acadêmica e funcionários da universidade para comporem as práticas, isso, como forma de lazer e realização de atividade física. Por fim, serão organizados dois eventos, um municipal e outro regional, para ampliação da proposta.
Saúde Mental, Educação, Atividade Física.
Considera-se a dança uma expressão representativa de diversos aspectos da vida do homem, podendo ser considerada como linguagem social que permite a transmissão de sentimentos, emoções da afetividade vivida nas esferas da religiosidade, do trabalho, dos costumes, hábitos, da saúde, da guerra etc. (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p.58). A dança tem forte presença em muitas culturas pelo mundo. No Brasil, o forró, uma festa que acabou sendo transformada em um estilo musical, é dançado por todas as camadas da sociedade e, principalmente, pela comunidade universitária (PAIVA et al., 2020). Muitos dos membros do movimento pé de serra começaram a ouvir o forró quando conheceram o estilo universitário no final dos anos 90, que estava na moda e era destacado em quase todos os meios de comunicação (RIBEIRO et al., 2009). Segundo Ribeiro et al. (2009), em pesquisa feita pelo Datafolha em abril de 2008 junto a 1.541 jovens brasileiros com idade entre 16 e 25 anos, apontou que um de cada quatro deles, ou seja, 25%, a maioria, prefere o forró a outros ritmos musicais. Além da experiência em dança e aulas de forró e do ambiente universitário, conclui-se que o termo "forró" pode ser associado à festa onde se dança, se toca e onde há diversão, podendo envolver uma sequência de ritmos nordestinos, tais como xaxado, côco, baião, xote, entre outros (QUADROS JUNIOR; VOLP, 2005). Existem vários projetos que promovem aulas de dança e eventos culturais, onde ocorre a prática deste estilo permitindo a integração entre estudantes e a troca de conhecimentos (PAIVA et al., 2020). Em Diamantina há o Grupo Xotear que com o apoio da prefeitura realiza suas atividades semanalmente no Centro Cultural David Ribeiro (Mercado Velho). O grupo formado por integrantes da comunidade fornece à população aulas gratuitas de forró pé de serra, além de promover eventos do estilo musical abrangendo um público diversificado e de todas as idades. Nas três primeiras atividades realizadas no novo espaço, o grupo alcançou uma média de 50 participantes por aula, abrangendo diferentes faixas etárias entre 10 e 60 anos de idade incluindo muitos jovens e adolescentes. Em pesquisa de satisfação realizada com os alunos pelos professores e monitores atuantes no projeto, foi identificado alto índice de aprovação das primeiras atividades no novo espaço. Desta forma, vimos aqui uma possibilidade de estreitar os laços da universidade junto à população diamantinense ao fornecer à comunidade acadêmica da UFVJM uma opção de lazer e atividade física através da dança. Integrar os universitários ao Grupo Xotear poderá ser via de incentivo a promover um momento de bem estar à comunidade além de sugerir uma opção de entretenimento não só para os alunos e população local, mas também para os turistas que visitam a cidade.
O ingresso no ensino superior e a nova dinâmica da vida acadêmica podem interferir em vários fatores relacionados ao estilo de vida dos estudantes, como os hábitos alimentares inadequados, a defasada prática de atividades físicas, o consumo de álcool, tabaco e outras drogas, entre outros, que podem comprometer tanto sua saúde quanto sua qualidade de vida (CARLETO et al., 2019). O ingresso à vida universitária constitui transição significativa na vida do indivíduo, podendo incluir fatores que podem levar ao sofrimento psíquico, comprometendo a saúde mental (NOGUEIRA-MARTINS; NOGUEIRA-MARTINS, 2018). Portanto, é evidente a necessidade do desenvolvimento de ações voltadas à prevenção de agravos e à promoção da saúde, a fim de alcançar respostas favoráveis à melhora da qualidade de vida dos universitários (CARLETO et al., 2019). A dança como atividade física e de lazer, constitui uma excelente alternativa para melhoras na vida acadêmica, em que, vista de diversos ângulos, traz inúmeras formas de benefícios em relação aos aspectos físicos, emocionais, intelectuais e sociais, contribuindo para a integração e formação de senso crítico em cuidados com a saúde e com o corpo (SILVA et al., 2012). O Grupo Xotear de Diamantina tem como um de seus objetivos, fornecer para a população os reais benefícios que a dança pode proporcionar através do forró pé de serra. O envolvimento da universidade no projeto citado poderá surtir bons resultados tanto no âmbito acadêmico no sentido de estimular a socialização e o bem estar geral, como na comunidade local que já frequenta as atividades realizadas, que poderão ter mais visibilidade e atrair mais pessoas, valorizando ainda mais o espaço do Mercado Velho e a socialização como um todo. Como cita Oliveira e Mascaró: “[...] a possibilidade do acontecimento de práticas sociais, momentos de lazer, encontros ao ar livre e manifestações de vida urbana e comunitária, favorecem o desenvolvimento humano e o relacionamento entre as pessoas” (OLIVEIRA; MASCARÓ, 2007, p. 60). Neste sentindo, considerando a dança como uma excelente promotora da qualidade de vida, a já relatada influência do forró pé de serra que promove grande adesão por jovens em geral e universitários, a já existência de um grupo de forró na cidade de Diamantina, e a necessidade de promover um momento de lazer e atividade física para população estudantil e local, a integração dos meios poderá surtir efeitos benéficos e de baixo custo a todos os envolvidos.
Gerais Integrar a comunidade estudantil universitária à comunidade local de Diamantina através do forró pé de serra nas atividades do Grupo Xotear e Fornecer uma opção de atividade física e de lazer aos estudantes da UFVJM; Específicos • Integrar a universidade com a população diamantinense através da dança; • Promover ajuda na organização, implementação e solidificação das atividades do Grupo Xotear; • Desenvolver noções de ritmo musical, musicalidade, equilíbrio, coordenação motora e consciência corporal; • Possibilitar aos estudantes os benefícios físicos de melhora na saúde e bem estar que a dança pode proporcionar; • Possibilitar o desenvolvimento do bem estar e boa saúde mental, através da boa convivência entre os participantes nos encontros, organização de viagens e eventos diversos.
Como impacto direto, este projeto fornece um momento de lazer e atividade física aos 5.248 alunos atualmente matriculados na modalidade presencial de graduação e pós-graduação da UFVJM que se interessarem a participar das atividades do Grupo Xotear (http://www.ufvjm.edu.br). Dar à instituição a possibilidade de cumprir com seu objetivo de promover a interação da comunidade universitária com a comunidade externa na resolução de problemas, superação de dificuldades, intercâmbio de conhecimentos, saberes e serviços, onde a socialização dos alunos com a comunidade local poderá estreitar os laços e compactuar com a boa convivência, tornando o ambiente agradável e propício para o bom andamento das atividades acadêmicas para os universitários. Esta parceria também evidencia o valor e otimiza o desenvolvimento das atividades do grupo, onde seus integrantes são agraciados com o apoio vindo da universidade, e de forma indireta, contribui no sentido de dar maior visibilidade ao projeto e despertar na administração pública o interesse em desenvolver a cultura e a criação de novas possibilidades de entretenimento para os habitantes da cidade e seus visitantes. No sentido de Incentivar a integração entre docentes, discentes e técnicos administrativos na realização de ações de extensão universitária, este projeto beneficia diretamente a integração de pelo menos um professor (coordenador), uma técnica administrativa e aluna de doutorado (colaboradora) e o acadêmico bolsista e voluntários.
O projeto está sendo desenvolvido em três etapas distintas, conforme estão descritas abaixo: Etapa 1: a) Divulgação da proposta para comunidade acadêmica e população local, nas grandes mídias, redes sociais e participação em programa de rádio local; b) Seleção do bolsista, colaboradores voluntários e grupo de trabalho para dar sustentação ao projeto junto ao grupo Xotear; c) Busca de novas parcerias junto ao curso de educação física para ampliar o escopo do projeto e dar maior visibilidade à importância da dança como atividade física e de lazer. Etapa 2: a) Alinhamento das ações do projeto com outros projetos sob mesma temática, desenvolvidos pelo coordenador; b) Elaboração de oficinas de aquecimento e consciência corporal a serem aplicadas antes das aulas do Grupo Xotear; c) Sensibilização da comunidade local e acadêmica, sobre a importância do projeto para promover o bem estar e melhor qualidade de vida através da dança; d) Criação de perfis na mídia como instagram para divulgação das atividades do grupo. e) Promover dentro do grupo campanhas contra qualquer discriminação de gênero, raça ou orientação sexual; f) Promover dentro do grupo campanhas de conscientização de higiene pessoal, boa alimentação e a importância de se exercitar. Etapa 3: a) Divulgação dos resultados apresentados, em eventos nacionais, regionais, nas mídias sociais e rádios local. b) Realização de dois grandes eventos de forró: - O primeiro, dentro do mercado Velho com participação de todos os envolvidos. - O segundo, na praça do Mercado Velho, aberto à toda população. O intuito para realização desses dois grandes eventos é para divulgação da importância da dança de forró como atividade física e de lazer.
CARLETO, C. T; CORNÉLIO, M. P. M.; NARDELLI, G. G.; GAUDENCI, E. M; HAAS, V. J.; PEDROSA, L. A. K. Saúde e qualidade de vida de universitários da área da saúde. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social, vol. 7, núm. 1, 2019. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo, Cortez, 1992. NOGUEIRA-MARTINS, L. A.; NOGUEIRA-MARTINS, M. C. F. Saúde Mental e Qualidade de Vida de estudantes universitários. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde, 7(3), 334-337. doi: 10.17267/2317-3394rpds.v7i3.2086, 2018. OLIVEIRA, L. A.; MASCARÓ, J. J. Análise da qualidade de vida urbana sob a ótica dos espaços públicos de lazer. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 7, n. 2, p. 59-69, abr./jun. 2007. QUADROS JUNIOR, A. C.; VOLP, C. M. Forró Universitário: a tradução do forró nordestino no sudeste brasileiro. Motriz, Rio Claro, v.11, n.2, p.117-120, mai./ago. 2005. RIBEIRO, A. C.; Sé BRAGA, G.; MOTA, C. M. S. L. Por Amor ao Forró. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste – Brasília – 4 a 6 de junho de 2009. PAIVA, L. F.; LOPES, H. G.; FELIX, L. B.; NEVES, R. V. Estimação do compasso musical do forró utilizando rede perceptron multicamadas. In Anais do Congresso Brasileiro de Automática, vol. 2, no. 1, 2020. SILVA, M. C. C.; ALCÂNTARA, A. S. M.; LIBERALI, R.; NETTO, M. I. A.; MUTARELLI, M. C. A importância da dança nas aulas de educação física – revisão sistemática. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – v. 11, n. 2, 2012.
Considerando que as atividades de colaboração ao Grupo Xotear que já são desenvolvidas pelos universitários não requerem uma formação específica e que são atividades que podem ser executadas por qualquer pessoa, não há a exigência de um curso de graduação específico. Além do mais, o envolvimento como um integrante em busca de lazer e atividade física para melhora do bem estar e qualidade de vida, já fará jus aos objetivos buscados por este projeto. Os estudantes vem sendo capacitados com a pesquisa e elaboração de oficinas para aquecimento e relaxamento físico aplicadas antes das aulas, oficinas de higiene pessoal, boa alimentação e boas condutas de ética e cidadania, contribuindo para disseminar o aprendizado aos demais participantes ao aplicar a prática adquirida junto aos professores e monitores do Grupo Xotear. O acompanhamento é realizado pelo coordenador e técnica administrativa participantes do projeto e a avaliação será consolidada com a apresentação das atividades desenvolvidas em evento científico e/ou elaboração e publicação de artigo.
Essa proposta, já em andamento, tem se mostrado muito relevante para nossos discentes uma vez que é evidente a interação entre discentes dos diversos cursos de graduação e pós-graduação, com demais profissionais da UFVJM e principalmente com a população local. Observou-se ainda, que a evasão e retenção é menor entre os discentes que participam do projeto e frequentam o grupo. É nesse sentido, de proporcionar uma melhoria da saúde mental para os nossos discentes da graduação e pós-graduação, técnicos administrativos e terceirizados que essa proposta solicita continuidade.
Público-alvo
Atualmente, temos cerca de duzentos (200) discentes dos diversos cursos da graduação e pós-graduação da UFVJM que participam das atividades do projeto e do grupo Xotear. Desejamos ampliar esse número de participantes.
Atualmente, temos cerca de cinquenta (50) funcionários efetivos e terceirizados da UFVJM que participam das atividades do projeto e do grupo Xotear. Desejamos ampliar esse número de participantes.
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
O projeto vem sendo desenvolvido em parceria com o grupo de dança Xotear, conforme carta de anuência em anexo, que possui parceria com a secretaria de cultura e lazer de Diamantina. As ações são desenvolvidas no centro histórico, dentro do Mercado Velho e na nova praça do Sagrado Coração em Diamantina/MG. São práticas que acontecem uma vez por semana e por isso necessitamos ampliar para duas vezes por semana.
Cronograma de Atividades
Os discentes vem participando semanalmente nas aulas de dança e realizando registro de dados.
Quinzenalmente, as discentes envolvidas no projeto devem fazer estudo de práticas de aquecimento e relaxamento corporal, de higiene pessoal, boa alimentação e condutas éticas e de boa cidadania a serem aplicadas nas práticas corporais de aulas de dança.
Os membros do projeto devem realizar as práticas de aquecimento e relaxamento corporal e aplicar aos participantes, semanalmente, antes das aulas de dança.
Os membros do protejo devem elaborar e aplicar oficina higiene pessoal e boa alimentação para aplicar quinzenalmente, antes e/ou após as práticas.
Os membros do projeto devem elaborar e aplicar oficina de boas condutas éticas e de cidadania, de forma mensal e intercaladas, para os participantes do grupo. No intúito de ampliar a postura dos participantes durante os diversos eventos públicos em que eles participarem.
Os membros do projeto deverão organizar, de forma sistemática, em parceria com o Xotear, um evento de forró, aberto ao público, no mercado Velho.
Os integrantes do protejo devem organizar, de forma sistemática, em parceria com a equipe filial do grupo Xotear de São Gonçalo do Rio Preto, um evento de forró aberto para toda a população.
Os membros da equipe do projeto deverão consolidar os dados e apresentar em eventos científicos nacionais, estaduais e locais, os principais resultados das ações desenvolvidas. Em forma de resumos, pôster, relato de experiência, confecção de capitulo de livro, etc.