Visitante
Diálogos entre Educação e Permacultura
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
luciana resende allain
20241012024254100
departamento de ciências biológicas
Caracterização da Ação
ciências humanas
educação
meio ambiente
formação docente
estadual
encontro de saberes: construindo pontes e ações entre os saberes de matrizes indígenas, afrodescendentes e populares com a produção do conhecimento científico
Não
Membros
maira figueiredo goulart
Vice-coordenador(a)
geraldo wellington rocha fernandes
Voluntário(a)
alessandra lopes calvão
Voluntário(a)
beatriz soligo gama
Voluntário(a)
samuel cunha oliveira giordani
Voluntário(a)
júlio césar alves andrade
Voluntário(a)
joao vitor lopes cangussú
Voluntário(a)
anielli fabiula gavioli lemes
Voluntário(a)
giovana martins torres
Voluntário(a)
geicielle aparecida pereira
Bolsista
O Projeto “Diálogos entre Educação e Permacultura” é uma ação que, desde 2018, busca divulgar a permacultura como modo de vida sustentável para professores e estudantes de escolas da região de Diamantina e seu entorno, além do grande público. O projeto busca aproximar as temáticas ambientais emergentes da permacultura, agroecologia e tecnologias sociais, aos conteúdos da educação científica, por meio da proposição de atividades na educação formal e não formal, por meio do desenvolvimento e execução de materiais didáticos e de divulgação.
permacultura, meio ambiente, formação de professores, tecnologias sociais
O projeto busca divulgar a Permacultura para o público acadêmico e escolar, por meio da proposição de atividades educativas nas escolas de Diamantina e região. Busca também divulgar a Permacultura para o público em geral, por meio de conteúdo virtual produzido por educadores e permacultores parceiros do Grupo de Estudos e Práticas Permaculturais (GEPP UFVJM) e pelos acadêmicos e técnicos participantes. O projeto tem parceria com o Espaço Educacional Contraponto e com as escolas da SRE-Diamantina, onde são desenvolvidas ações formativas como o PIBID e o Programa Residência Pedagógica em Ciências Biológicas, o Estágio Supervisionado e as disciplinas de Biodiversidade, Educação Ambiental e Metodologias de ensino em Ciências e Biologia do curso de Ciências Biológicas e da Licenciatura em Educação do Campo da UFVJM. Além disso, busca valorizar os saberes tradicionais envolvidos nas práticas permaculturais, a partir do vínculo com o Programa Encontro de Saberes, registrado nesta pró-reitoria.
Sabe-se que as questões ambientais representam um desafio fundamental para a permanência da vida no planeta. Parte deste desafio consiste em fazer um uso consciente e responsável dos recursos naturais, cuidando para que nossas terras, rios, mares, nossas comunidades tradicionais e seus saberes sejam preservados. Os processos educativos, sejam eles realizados na educação formal, não formal ou informal, são importantes aliados nesta empreitada, sendo o professor uma peça chave para o sucesso da tão almejada conscientização ambiental. A proposta em tela pretende dar continuidade a vivências realizadas desde 2018, tanto no ambiente escolar, quanto em outros espaços, por exemplo, junto às plataformas virtuais de divulgação científica. Nas edições anteriores produzimos uma cartilha educativa para professores da educação básica sobre permacultura e aplicamos a cartilha junto aos alunos de escolas parceiras do PIBID Ciências e Biologia. O resultado desta parceria foi a produção de um livro, intitulado "Tecnologias sociais da permacultura e educação científica: propostas inovadoras para um currículo interdisciplinar", publicado em 2022 pela Editora Livraria da Física. O projeto adquiriu dimensões muito maiores que o previsto e temos estabelecido novas parcerias, com professores, técnicos, estudantes, permacultores e educadores. Esta edição do projeto tem como proposta continuar o desenvolvimento das proposições presentes no livro, em parceria com o Programa de pós-graduação em Educação em Ciências, Matemática e Tecnologia da UFVJM, com o Espaço Educacional Contraponto, com o PIBID e Programa Residência Pedagógica do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, além de disciplinas deste e de outros cursos da universidade. Há por parte dos professores envolvidos na proposta a expectativa de que os estudantes da licenciatura e da educação básica tenham experiências significativas no âmbito da Permacultura e consigam vislumbrar possibilidades de ressignificar os conteúdos escolares das ciências naturais a partir desta vivência. Também há, por parte dos permacultores parceiros da comunidade externa, a expectativa de divulgar, no meio universitário, o conhecimento sobre a Permacultura, tendo em vista que ela envolve saberes tradicionais, que ainda tem pouca circulação no meio acadêmico. Embora ainda pouco valorizados nos fóruns acadêmicos, as práticas ancestrais e os conhecimentos tradicionais tem grande importância no mundo contemporâneo e se conectam com várias áreas do saber. A título de exemplo, Guimarães et al. (2016) sinalizam que as tecnologias de cultivo, pesca, coleta e manejo florestal praticadas pelas sociedades indígenas, quilombolas e ribeirinhas, vêm sendo apontadas como soluções de segurança alimentar, pela capacidade que possuem em manter vivas grande diversidade de grãos, frutas e peixes. Os conhecimentos tradicionais sobre as qualidades medicinais da flora pertencente aos diferentes biomas vêm sendo motivo de discussão para a criação de protocolos que protejam estes conhecimentos tradicionais contra as práticas de biopirataria. As arquiteturas tradicionais na construção de casas, malocas (que são verdadeiras catedrais), barragens de pesca, as construções de embarcações marítimas e fluviais, as medicinas tradicionais: todas estas formas milenares de conhecimento vêm ainda sendo sustentadas por mestres de comunidades inteiras e garantindo a elas sua sobrevivência (Guimarães et al., 2016, p.184; (cf. Lei nº 13.123/15 e o Decreto 8772 de 2016, a lei de acesso ao patrimônio genético brasileiro e ao conhecimento tradicional associado). Em parceria com os programas de iniciação à docência, como o PRP e o PIBID de Ciências Biológicas, os estágios supervisionados, e disciplinas de Biodiversidade, Educação Ambiental, Metodologia do Ensino de Ciências e Biologia, dentre outras, os estudantes da licenciatura poderão se envolver em diferentes práticas de ensino sobre a permacultura, desenvolvendo e elaborando atividades por meio dos materiais didáticos produzidos pelo projeto. Nesta edição do projeto buscaremos continuar atendendo ao grande público mantendo a produção de conteúdos virtuais a serem divulgados no site do projeto (https://geppufvjm.wixsite.com/permacultura) e nas redes sociais (instagram: @gepp), além de priorizar os professores atuantes e em formação e os estudantes das escolas de Diamantina e região. Pelo exposto acima, a vinculação do projeto se dá na área temática principal Educação e na área temática secundária Meio Ambiente, na linha de extensão Formação de Professores.
O objetivo geral do projeto é divulgar, para professores em formação inicial e permanente, e estudantes da Educação Básica de escolas de Diamantina e região, e também para o grande público, os princípios, práticas e tecnologias sociais da permacultura, associados aos conteúdos específicos das ciências naturais, por meio da produção e execução de materiais didáticos diversos (como cartilha, podcasts, videos, planos de aula, livro etc) a serem disponibilizados de forma impressa, e também virtual, no site do projeto (https://geppufvjm.wixsite.com/permacultura). São objetivos específicos: 1 - fomentar discussões e práticas permaculturais no âmbito da UFVJM, por meio do Grupo de Estudos e Práticas em Permacultura; 2 - executar, junto com os programas de iniciação à docência (PIBID e Programa Residência Pedagógica), estágio supervisionado e as disciplinas de Biodiversidade, Educação Ambiental e Metodologia de Ensino de Ciências e Biologia, as propostas dos materiais didáticos já produzidos no âmbito do projeto; 3- expandir as parcerias para execução das atividades junto a outros cursos e espaços educativos; 4 - promover visitas das escolas parceiras aos espaços permaculturais do Prédio do DCBio e de outros espaços onde foram realizadas intervenções (Pavilhão de aulas II, Faculdade Interdisciplinar de Humanidades). 5 - Expandir as práticas permaculturais realizadas no prédio do DCBio para outros espaços do Campus JK; 6 - promover visitas técnicas de estudantes graduandos de licenciaturas a espaços educativos permaculturais, como o Espaço Educacional Contraponto; 7 -produzir conteúdo virtual sobre permacultura e divulgá-lo nas mídias sociais do projeto.
São metas do projeto: 1 - realizar reuniões mensais do Grupo de Estudos e Práticas Permaculturais para planejamento e avaliação das atividades; 2 - executar, junto às disciplinas e Programas de iniciação à docência parceiros, pelo menos uma atividade mensal proposta nos materiais didáticos produzidos; 3 - realizar, junto a outros espaços educativos da universidade, pelo menos uma ação permacultural (pintura de murais com geotintas, mutirões de plantio, confecção de bancos de pallets ou outras ações); 4 - promover ao menos 2 visitas de escolas aos espaços permaculturais da universidade; 5 - realizar pelo menos 2 visitas técnicas dos licenciandos a espaços educativos permaculturais, tais como o Espaço Educacional Contraponto, 6 - produzir e realizar postagens mensais de conteúdo virtual sobre permacultura nas plataformas digitais do projeto: site e instagram. 7 - realizar a manutenção do espaço permacultural do Prédio do DCBio - podas na Espiral de ervas, manutenção das plantas da rotatória do Prédio, do Jardim Vertical e das pinturas no Hall do Prédio. O projeto pretende beneficiar diretamente cerca de 80 estudantes de graduação, 5 estudantes de pós-graduação, 6 professores de Ciências e Biologia da Educação Básica e pelo menos 360 estudantes das escolas de ensino fundamental e médio de Diamantina e região. Mais de 1000 estudantes da educação básica poderão ser beneficiados pela formação dos professores que serão multiplicadores das ações.
A metodologia será participativa, prescindindo do envolvimento direto do público, especialmente dos estudantes de graduação, em todas as ações do projeto. O acompanhamento e avaliação do bolsista se dará com a realização de reuniões periódicas para acompanhamento dos seguintes itens: - dedicação, envolvimento e entusiasmo com o projeto; - responsabilidade no cumprimento das tarefas; - participação presencial e ativa nas reuniões de planejamento das atividades e no desenvolvimento das mesmas; - apresentação dos resultados do projeto em um evento de extensão universitária ou em um evento acadêmicocientífico; - divulgação dos resultados do projeto.
Referências: ALLAIN, L.R; FERNANDES, G.W.R. (org). Tecnologias sociais da permacultura e educação científica: propostas inovadoras para um currículo interdisciplinar. São Paulo, SP: Livraria da Física, 2022. GUIMARÃES, C. et al. Por uma universidade pluriepistêmica: a inclusão de disciplinas ministradas por mestres dos saberes tradicionais e populares na UFMG. Tessituras, Pelotas, v. 4, n. 2, p. 179- 201, jul./dez. Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc/UFVJM) - 2016. HOLMGREN, David. Os Fundamentos da Permacultura. Versão resumida em português. Santo Antônio do Pinhal, SP: Ecossistemas, 2007. HOLMGREN, David. Permacultura: princípios e caminhos além da sustentabilidade. David Holmgren; tradução Luzia Araújo. – Porto Alegre: Via Sapiens, 2013. 416p. JACINTHO, C. R. dos S. A agroecologia, a permacultura e o paradigma ecológico na extensão rural: uma experiência no Assentamento Colônia I - Padre Bernardo, Goiás. Dissertação de Mestrado. UNB. Centro de Desenvolvimento Sustentável.2007. 139 p. MOLISSON, B. Permaculture: a desingner's manual. Ed. Tagari. 1988. NORÕES, A.M.; ANDRADE, J.C.A.; GOULART, M.F.; LEMES, A.F.G.; ALLAIN, L.R. As potencialidades da permacultura para a educação científica e tecnológica na Educação do Campo em meio aos controversos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. IN: FERANDES, G.W.R.; ALLAIN, L.R. (orgs). Proposições epistemológicas, curriculares e metodológicas de Grupos de Estudo e Pesquisa em Ensino de Ciências: caminhos para a educação básica e o ensino superior. São Paulo: Livraria da Física. 2023. p. 183-196.
O discente bolsista participará ativamente de todas as etapas do projeto. Ele deverá: - organizar as reuniões mensais do grupo de estudos e práticas permaculturais; - ajudar a organizar e desenvolver os mutirões previstos no projeto, ajudar na organização das vivências no Espaço Educacional Contraponto; - levantar bibliografia sobre permacultura, escrever textos e submetê-los a eventos acadêmicos; - estudar referenciais teóricos do campo da Educação e do ensino de Ciências e sua relação com a permacultura; - auxiliar na execução dos materiais didáticos nas escolas; - ajudar a organizar as visitas técnicas dos estudantes aos espaços educativos permaculturais; - produzir o conteúdo para a plataforma virtual; - articular a colaboração dos demais estudantes do projeto; - elaborar relatórios parcial e final do projeto.
O projeto em tela já foi contemplado pelo Edital PIBEX 2018, PIBEX 2019, PIBEX 2020 e PIBEX 2021, PIBEX 2022, PIBEX 2023, sendo que em 2020 teve suas atividades suspensas em função da natureza de suas ações, eminentemente práticas, desenvolvidas basicamente junto ao público escolar; por isso, com as restrições impostas pela pandemia da COVID-19 tornou-se impraticável sua execução. Na edição de 2021 investimos na elaboração de um site que abriga diversos materiais educativos, tais como vídeos, podcasts e textos produzidos pelo projeto. Em 2022 a proposta tratou da continuidade e a ampliação das ações, sendo priorizada a execução das atividades propostas nos materiais anteriormente produzidos (cartilhas e livro). Em 2023, até o momento já realizamos várias ações junto ao público escolar, recebemos estudantes para conhecer o espaço permacultural do DCBio, realizamos várias oficinas em escolas e em outros espaços educativos, produzimos material de divulgação para o site do projeto e para o Instagram e realizamos formações junto a professores da Educação Básica de Congonhas do Norte. É sempre bom lembrar que, frente aos enormes desafios que temos enfrentado quanto às questões ambientais, torna-se fundamental desenvolver uma nova forma de estar e ser no mundo, como propõe a Permacultura.
Público-alvo
Estudantes das escolas de Diamantina e região, atendidos pelo PIBID e Programa Residência Pedagógica Ciências Biológicas, pelos estágios supervisionados em Ciências e Biologia e pelas disciplinas de Biodiversidade, Ecologia, Metodologia do Ensino de Ciências e Biologia e Educação Ambiental.
Professores de diversas disciplinas das escolas estaduais pertencentes à Superintendência Regional de Ensino, atendidas pelo PIBID Ciências Biológicas, pelos Estágios Supervisionados em Ciências e Biologia do curso de licenciatura em Ciências Biológicas, e pelas escolas parceiras do Espaço Educacional Contraponto.
Estudantes dos cursos de graduação da UFVJM, especialmente os de Licenciatura em Ciências Biológicas envolvidos nos estágios, no PIBID Ciências Biológicas e nas disciplinas de Biodiversidade, Metodologia do Ensino de Ciências e Biologia e Educação Ambiental. Estudantes da Licenciatura em Educação do Campo
Internautas interessados na temática permacultura e em temas ambientais afins, tais como agroecologia, tecnologias sociais e tecnologias apropriadas.
Municípios Atendidos
Diamantina
Congonhas Do Norte
São Gonçalo Do Rio Das Pedras
Gouveia
Parcerias
A SRE Diamantina poderá apoiar os professores da rede estadual nas ações do projeto junto às escolas de sua jurisdição.
Apoio na produção de conteúdo para o site do projeto -Recepção dos estudantes nas visitas técnicas -Participação na elaboração de materiais educativos - participação na divulgação dos materiais para professores das escolas parceiras do Contraponto
A Escola Estadual Capitão Jorge Safe, vinculada à SRE-Diamantina, é uma escola campo que recebe estudantes da licenciatura em Ciências Biológicas para a realização de atividades pedagógicas junto aos estudantes do ensino fundamental e médio.
Cronograma de Atividades
Produção e aplicação de atividades pedagógicas dos materiais didáticos e participação nas visitas técnicas.
Mutirões de atividades da permacultura, como por exemplo, plantio de Sistema Agroflorestal, pintura de murais com geotintas, confecção de bancos de palletes, dentre outras atividades.
Produção de vídeos, fotos, podcasts ou textos para postagem nas redes sociais e site do projeto
realização de visitas técnicas aos espaços educativos permaculturais dos parceiros do projeto ou outros que apresentem práticas ou tecnologias sociais da permacultura.
realização de reuniões com a equipe do projeto para planejamento e avaliação das ações e estudos sobre temáticas referentes à permacultura.
Aplicar as atividades propostas nos materiais didáticos elaborados pelo GEPP, em parceria com os Estágios Supervisionados, disciplinas de Metodologia de Ensino de Ciências e Biologia, Educação Ambiental, Ecologia, dentre outras, além dos programas de iniciação à docência.