Detalhes da proposta

Cursinho Popular Arandu: democratizando a educação

Sobre a Proposta

Tipo de Edital: Pibex

Situação: Aprovado


Dados do Coordenador

    Nome do Coordenador

    emilio henrique barroso maciel

    Número de inscrição:

    202410120247606

    Unidade de lotação:

    universidade federal dos vales do jequitinhonha e mucuri

Caracterização da Ação

    Área do Conhecimento:

    outros

    Área temática principal:

    educação

    Área temática secundária:

    trabalho

    Linha de extensão:

    jovens e adultos

    Abrangência:

    municipal

    Gera propriedade intelectual:

    Não

Membros

henrique césar lopes neves Voluntário(a)

túlio pereira alvarenga e castro Voluntário(a)

victória parreira de oliveira bodruc Voluntário(a)

thales ribeiro dos santos Voluntário(a)

lorena de pinho barrilao Voluntário(a)

vitoria silva cruz Voluntário(a)

amanda pimenta perpetuo Voluntário(a)

isadora silveira leao de andrade Voluntário(a)

jullia almeida bertagna Voluntário(a)

luana yumi sadamitsu paiva Bolsista

eliana lino de souza Voluntário(a)

Resumo

O projeto de extensão Cursinho Popular Arandu: democratizando a educação, busca auxiliar e incentivar o ingresso de estudantes matriculados no ensino médio de escolas públicas de Diamantina no ensino superior. Dessa forma, através de um suporte educacional para vestibulares, de forma gratuita e universal, os jovens participarão de aulas e outras atividades com foco no reforço dos conteúdos programáticos do ensino médio. Tal iniciativa será desenvolvida por discentes, docentes e técnicos administrativos da UFVJM, dando-se ênfase a técnicas e assuntos presentes nos exames utilizados para o ingresso em nossa Universidade: o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e a Seleção Seriada (SASI).


Palavras-chave

Educação; Cursinho Popular; ENEM; SASI; Vestibulares


Introdução

Em um contraponto com as inúmeras riquezas naturais e culturais presentes no Alto Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, a região apresenta altos índices de desigualdade no que diz respeito às diferentes oportunidades de ensino, aos serviços, à insegurança alimentar e à pobreza (SCOTT et al., 2018). Diante do esgarçamento do tecido social associado às injustiças, ações afirmativas sobre as oportunidades de ensino foram implementadas pela Lei de Cotas (DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, 2012), a qual propõe que as instituições de ensino superior tenham vagas reservadas a estudantes do ensino médio de escolas públicas, com renda igual ou inferior a 1,5 salários mínimos e pretos, pardos e indígenas. O propósito da norma é oferecer possibilidades aos indivíduos que por inúmeras razões não tiveram o acesso educacional facilitado (XIMENES, 2023). Todavia, apesar dessas medidas, apenas 18,1% dos jovens na faixa etária de 18 a 24 anos estão matriculados no ensino superior (INSTITUTO SEMESP, 2021), evidenciando a manutenção da dificuldade de acesso ao ensino. Nesse contexto, a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), responsável por ampliar o acesso à educação superior à região em que está inserida, foi criada em 2005. Para selecionar novos estudantes ingressantes no ensino superior, a UFVJM utiliza o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e a Seleção Seriada (SASI) como processos seletivos. O ENEM é a maior porta de acesso para o ensino superior no Brasil. Já a SASI conta com três etapas durante o ensino médio. Nota-se portanto, que ferramentas elementares do processo básico do ensino-aprendizagem ainda são exigidas ao candidato, fato que pode elucidar uma perpetuação das desigualdades de ensino (BALBACHEVSKY; SAMPAIO; ANDRADE, 2019). Nesse sentido, têm-se destacado a ação de cursos preparatórios ou cursos pré-vestibular, privados ou públicos, para obtenção de maior êxito nos processos seletivos realizados pelo candidato. No contexto privado, as instituições têm sido descritas como fortemente ligadas aos interesses lucrativos, além de serem direcionadas para parcela da população economicamente favorecida (SOARES, 2007). Já no âmbito público, como ilustra Souza (1990-1991), os cursinhos pré-vestibulares populares representam estratégias educacionais que surgiram com o objetivo da mitigação das iniquidades no acesso aos pré-vestibular. Contudo, tais estratégias públicas e gratuitas para o acesso às universidades ainda carecem de número e de suas metodologias de ensino e aprendizagem, que devem atravessar uma relação intrínseca com seu ambiente de aplicação (BONILHA, 2020). O termo “arandu” na língua tupi-guarani está associado aos significados de sabedoria e de entendimento. Inspirado nesse contexto semântico de origem Guarani e Kaiowá, o projeto de extensão intitulado Cursinho Popular Arandu: democratizando a educação consiste em uma iniciativa que almeja auxiliar o ingresso ao ensino superior por meio de um suporte educacional para os vestibulares de forma gratuita e universal aos jovens matriculados no ensino médio das escolas públicas de Diamantina. O projeto será proposto no cerne da complementação e no fornecimento de habilidades para os estudantes diante do conteúdo programático do Ensino Médio e seus temas tangentes. Além disso, ao final das atividades do curso, será possível mensurar o alcance de suas atividades e coletar sugestões dos próprios participantes a fim de construir tal iniciativa aplicada à realidade do Alto Jequitinhonha.


Justificativa

As três primeiras décadas do século XX no Brasil foram marcadas por um sistema de ensino superior formado por escolas autônomas, com a principal função de formar profissionais liberais como advogados, médicos, engenheiros e agrônomos. Com os movimentos modernistas, a renovação das universidades passou a ser tema de discussão na sociedade acadêmica (DURHAM, 1998). Entretanto, foi apenas com a Reforma Universitária de 1968 e com a Constituição Federal de 1988 que grandes modificações presentes atualmente na organização das instituições educacionais brasileiras ocorreram (ANTUNES et al., 2011). Como parte destas determinações, destaca-se a preservação da utilização de vestibulares para seleção dos estudantes ingressantes no ensino superior. Os vestibulares precederam a criação da primeira universidade brasileira, em 1920. Os chamados exames de admissão ao ensino superior no Brasil foram criados em 1910 e nomeados de Exames Vestibulares em 1915, após a Reforma Carlos Maximiliano (WHITAKER, 2010). A partir da mudança, os interessados no ingresso à Universidade, pagavam uma taxa e os estudantes aprovados eram matriculados por ordem de classificação, até completarem as vagas disponíveis em cada curso (FLORES, 2017). E foi em consonância com a criação dos vestibulares que os primeiros "cursinhos" foram criados, inicialmente com a finalidade de preparar os candidatos para as disciplinas básicas do curso superior a ser seguido (WHITAKER, 2010). Durante a década de 90, as dificuldades na inserção no mercado de trabalho devido a internacionalização da economia, o desenvolvimento tecnológico e a globalização cultural contribuíram para intensificar a expansão do ensino superior, com cada vez mais jovens pressionados a ingressarem na Universidade (MITRULIS, 2006). O aumento do número de candidatos para um determinado quantitativo de vagas disponíveis nos cursos universitários, transformaram os cursinhos, que passaram a preparar os estudantes para obterem êxito nos vestibulares. Dessa forma, após a conclusão do ensino médio, aqueles que não conseguem notas suficientes para ingressarem na universidade, podem optar pela continuidade dos estudos para prestarem novamente as provas. Tal continuidade, muitas vezes se dá através dos cursinhos, que, em sua maioria, estão inseridos no ensino privado. Nesse período de transformações, avaliações externas em larga escala foram incorporadas às atividades das redes de ensino brasileiras com foco em avaliar o desempenho dos alunos, de modo a mensurar a qualidade da educação escolar a partir dos resultados obtidos (BRAVO, 2017). Como fruto dessa política, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi criado em 1998 para avaliar, em específico, o desempenho dos estudantes no final da escolaridade básica. Já no ano seguinte à sua criação, o exame passou a ser utilizado para a seleção de vagas em instituições de ensino superior, e atualmente, é a principal porta de entrada para o ensino superior brasileiro. Desde 2010, o Ministério da Educação passou a apostar na criação de um sistema que substituísse os vestibulares pelo ENEM. Dessa forma, o Sistema de Seleção Unificada (SISU) passou a selecionar estudantes para o ingresso em instituições públicas de educação superior a partir de seus desempenhos no ENEM (BRAVO, 2017). Exemplo de adesão desse sistema foi a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), fundada em 1953 como Faculdade de Odontologia de Diamantina e federalizada em 1960. Sua implementação se baseou no atendimento à comunidade regional de modo a trazer desenvolvimento sociocultural e econômico, além de combater as desigualdades sociais (UFVJM, 2022). O município de Diamantina, um dos locais em que a UFVJM se localiza, está inserido no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais empobrecidas do país. Diante de aspectos educacionais, observa-se que 15,4% da população de 30 a 49 anos no Alto Vale do Jequitinhonha é analfabeta, índice alto quando comparado com o estado de Minas Gerais (5,5%) (RIANI, et al., 2017). Por conseguinte, dados revelam que mais de 70% das pessoas acima de 25 anos no território do Vale do Jequitinhonha não possuíam ensino fundamental completo em 2010, índice também alto quando comparado ao estado de Minas Gerais (54,6%) (RIANI, et al., 2017). Tais dados podem ser explicados devido à necessidade de muitos jovens em trabalhar para complementação da renda familiar, a impossibilidade de arcar com os custos necessários para se manter na instituição de ensino e a ausência de uma rede de apoio dentro e fora destas instituições, o que contribui para um elevado índice de evasão escolar (GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, 2023). Em contraponto a essa realidade, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), demonstram que os indivíduos detentores de ensino superior apresentam um aumento em sua remuneração em comparação com os trabalhadores que apenas concluíram o ensino médio, independente da área de formação. Comprova-se portanto, a importância da educação como fator relacionado diretamente com a redução das desigualdades sociais, uma vez que possibilita o acesso a melhores condições de vida para o indivíduo. Ademais, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) aponta que a média anual do PIB de um país pode aumentar em 0,37% para cada ano adicional de escolaridade além da Educação Básica, dado que reflete como a educação é combustível para o desenvolvimento social e econômico. Nesse sentido, destaca-se o fortalecimento da sociedade civil advindo da contribuição do crescimento econômico local, visto que a pessoa com acesso ao ensino superior tem maiores chances de êxito ao abrir negócios, gerar empregos e investir em projetos comunitários. Outrossim, o desenvolvimento de habilidades como a liderança e a capacidade de resiliência, construção de conhecimentos e competências promovidas pela experiência universitária são fatores que podem ser compartilhados em seu meio, ajudando a elevar o nível educacional e profissional do corpo social em sua totalidade. Com uma população de 47702 pessoas (CENSO, 2022), Diamantina tem disponível 14 escolas com ensino médio de natureza privada, estadual ou federal. Entretanto, com relação aos 4 cursinhos pré-vestibulares existentes na cidade, nota-se que toda sua integridade advém da iniciativa privada, fator excludente para uma vasta parcela da população do município. Nesse sentido, sugere-se a necessidade de apoiar os estudantes em vulnerabilidades econômica e social, majoritariamente presentes no ensino público. Diante da ausência de cursinhos pré-vestibulares gratuitos no município de Diamantina, o projeto de extensão Cursinho Arandu: democratizando a educação propõe ocupar essa lacuna a fim de empoderar os alunos através do conhecimento ao promover o acesso à educação de qualidade e o incentivo ao ingresso no ensino superior. Nesse sentido, o projeto contará com a participação de discentes, docentes e técnicos administrativos dos mais diversos cursos da UFVJM, a fim de proporcionar conhecimentos interdisciplinares para os estudantes do ensino médio atendidos. Durante o período vigente do projeto, serão ministradas atividades com conteúdos programáticos das principais disciplinas presentes nos vestibulares utilizados pela UFVJM para ingresso de novos estudantes. Além disso, o Cursinho Arandu terá como intuito auxiliar na redução da evasão escolar, visto que coloca os jovens em contato com discentes da UFVJM, de modo a possibilitar uma imersão na vida universitária e uma análise das possibilidades de atuação dentro desta. Por fim, tem-se como propósito o contato com a perspectiva profissional para a realidade dos alunos participantes do cursinho, empoderando-os a contarem com um maior controle sobre suas vidas e futuros, aumentando suas perspectivas de carreira. No sentido dos participantes executores, faz-se fundamental a realização do projeto apoiado na indissociabilidade entre o ensino, pesquisa e extensão. Como um projeto de extensão, é fundamental a conexão entre a Universidade e a comunidade. Nesse sentido, as trocas de conhecimento e experiência entre os membros do projeto e os estudantes das escolas públicas de Diamantina, reforçam o caráter extensionista, de modo a gerar intervenção e auxiliar na superação de desafios na comunidade. Por conseguinte, o ensino se dará através das aulas e intervenções acerca dos vestibulares e do próprio ensino superior, colocando os discentes da UFVJM em contato com a docência. Por fim, a realização de questionários para o acompanhamento da satisfação e do desenvolvimento dos pré-vestibulandos se dará como parte dos resultados deste projeto, integrando aspectos da investigação científica. A área temática escolhida para o projeto foi educação, devido a sua importância para a transformação da sociedade. Ademais, o projeto se articula com a linha extensionista Jovens e adultos por compreendermos a importância do Cursinho Popular Arandu como modificador de realidades através da formação, capacitação, qualificação, emancipação e inclusão de jovens e adultos por meio da permanência no ensino básico e na inserção do ensino superior.


Objetivos

a) Objetivos Gerais - Oferecer suporte educacional para jovens matriculados em escolas públicas do município de Diamantina que tenham interesse em adentrar no ensino superior. b) Objetivos Específicos - Promover os recursos educacionais que facilitem a entrada de alunos no ensino superior. - Fortalecer o contato de estudantes matriculados em escolas públicas de Diamantina com discentes de diferentes cursos da UFVJM, estimulando a interação da comunidade externa e universitária através de intercâmbio de conhecimentos. - Mitigar a evasão e reprovação nas escolas públicas parceiras do cursinho popular com o objetivo de gerar transformação social. - Promover a aproximação do ensino médio com o ensino superior, apresentando aos alunos os processos seletivos e requisitos necessários para o ingresso na graduação. - Reforçar conteúdos programáticos do ENEM e SASI para os alunos participantes do cursinho popular. - Fortalecer o vínculo entre os acadêmicos, professores e técnicos administrativos, de diferentes cursos de graduação e pós-graduação da UFVJM por meio de aulas ministradas no cursinho popular dos temas e disciplinas relacionadas aos exames vestibulares. - Estimular a integração dos alunos de distintas escolas do município de Diamantina participantes do cursinho. - Oportunizar a experiência da docência para discentes da UFVJM.


Metas

a) Impacto direto - Realização de no mínimo 05 (cinco) aulas extensas de matemática e redação no 1º semestre e no mínimo 72 (setenta e duas) aulas no 2º semestre. - Oferecimento das aulas para no mínimo 10 (dez) estudantes e no máximo 120 (cento e vinte) jovens frequentadores de, no mínimo, 02 (duas) escolas públicas de Diamantina/MG; - Realização de atividades para incentivo e auxílio na inscrição dos alunos no ENEM e SASI. - Desenvolvimento de habilidades pelos discentes, docentes e técnicos administrativos da UFVJM de diferentes cursos no que compete a organização de atividades a longo prazo e trabalho em equipe; - Integração dos discentes, docentes e técnicos administrativos da UFVJM de áreas de conhecimento diferentes. - Integração entre estudantes de escolas diferentes ou de uma mesma escola por meio das dinâmicas de aulas, intervalos e outras atividades b) Impacto indireto - Incentivar o estudo dos jovens através das aulas e tirar as dúvidas quanto aos processos seletivos; - Auxiliar as escolas públicas do município de Diamantina a construir uma base bem fundamentada de conteúdos para êxito dos alunos em vestibulares; - Promover vínculos dos adolescentes com discentes, docentes e técnicos administrativos da UFVJM, gerando a troca de experiências e memórias afetivas ao longo do curso; - Refletir a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri como interessada em gerar mudanças positivas na sociedade capacitando alunos de escolas públicas para ingressar no ensino superior.


Metodologia

O projeto de extensão "Cursinho Popular Arandu: democratizando a educação" será desenvolvido em três etapas: (1) planejamento e organização, (2) aulas extensas e atividades de incentivo a inscrição em vestibulares e (3) aulas com conteúdos programáticos preparatórias para o ENEM e SASI. A primeira etapa (1) se fundamentará no planejamento e na organização dos projetos e ações a serem realizados. Sob essas movimentações, serão realizadas reuniões a cada duas semanas com os membros do projeto de extensão para a posterior realização de cada ação. Inicialmente, serão captados e selecionados, por parte dos membros do projeto de extensão, discentes, docentes e técnicos administrativos da UFVJM que possuem interesse em ministrar as aulas independente do curso de graduação, via Google Forms. Além disso, as escolas participantes ficarão responsáveis pela divulgação do projeto para seus alunos do ensino médio. Em cada sala será realizada uma lista de interesse para que os membros do projeto de extensão possam se organizar quanto ao número de materiais e espaço. Por intermédio das escolas, os pais ou responsáveis dos estudantes participantes deverão assinar uma autorização com o consentimento para a participação das atividades do projeto de extensão. A segunda etapa (2) se dará através de aulas extensas (aulões), com duração de 02 a 04 horas, dos principais temas presentes nas provas do ENEM e SASI, por oficinas de redação e atividades de auxílio para inscrições em vestibulares. Tais eventos terão espaço na Escola Estadual Leopoldo Miranda ou no Campus I da UFVJM Após a delimitação dos assuntos a serem abordados, os aulões serão preparados e conduzidos pelos membros da extensão e pelos pré-selecionados durante a primeira parte da execução do projeto, de forma mensal, nas escolas participantes ou nas dependências da UFVJM, dependendo da disponibilidade. As atividades serão realizadas com a participação ativa dos vestibulandos, de modo a tirar todas as dúvidas e pendências dos assuntos lecionados. As oficinas de redação poderão ocorrer de forma presencial ou remota, de acordo com as individualidades dos vestibulandos. Dessa forma, cada aluno do cursinho popular poderá entregar uma redação, quinzenalmente, para ser corrigida pelos membros do projeto de extensão ou professores parceiros. Tal iniciativa busca, ao longo do ano, melhorar a escrita focada nas redações dos principais vestibulares brasileiros. Por fim, a segunda etapa do projeto contará com atividades de incentivo à participação dos alunos nos processos seletivos para ingresso na UFVJM. Dessa forma, serão realizadas palestras explicativas sobre esses vestibulares em todas as instituições de ensino parceiras. Posteriormente, durante o período de inscrição do ENEM, SASI e SISU os membros do projeto de extensão se disponibilizarão para efetivar a inscrição, auxiliando com as questões tecnológicas, de solicitação de isenção de taxas e demais dúvidas. A terceira etapa (3) consiste na implementação de um cursinho semi-intensivo, com início em agosto e término no dia de prova do ENEM. O Cursinho Popular Arandu tomará lugar na Escola Estadual Leopoldo Miranda ou no Campus I de segunda à quarta-feira das 18:00 às 22:00, resultando em 3 aulas diárias, com cerca de 1 hora e 10 minutos. As matérias que serão abordadas se encontram no conteúdo programático necessário para os vestibulares ENEM e SASI, de modo a incluir: português, matemática, história, geografia, biologia, química, física e redação. Quanto aos materiais utilizados, estes serão preparados pelos professores voluntários e, por fim, analisados e impressos. Nesse contexto de ensino, é enriquecedor para o projeto que discentes de diversos cursos de graduação e pós graduação possam compor o time de professores, a fim de integrar conhecimentos e vivências promovendo a interdisciplinaridade.


Referências Bibliográficas

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Inserção do estudante

Os estudantes membros do Cursinho Popular Arandu: democratizando a educação irão participar em diversas frentes de atuação no planejamento e na aplicação do projeto. Como parte da primeira fase, o planejamento das ações será desenvolvido pelos discentes da UFVJM participantes do projeto. Dessa forma, as tarefas de comunicação com as escolas parceiras, seleção de discentes, docentes e técnicos administrativos da UFVJM para serem professores do cursinho, a organização das aulas e atividades conforme o calendário, a montagem dos conteúdos programáticos e a captação de alunos com interesse na realização das provas do ENEM e SASI irão fomentar habilidades de gestão de pessoas, manejo de tempo e trabalho em equipe, aptidões necessárias para o exercício da cidadania e do bom desenvolvimento da profissão que estão em busca. Na segunda fase, a aplicação do projeto será proporcionada tanto pelos discentes integrantes do projeto, quanto pelos acadêmicos, docentes e técnicos administrativos que se voluntariaram para serem professores do Cursinho Popular Arandu. Nesse contexto, ambos os grupos irão realizar as intervenções para a inscrição do vestibular SASI e do ENEM ministrando palestras informativas e realizando a inscrição dos estudantes. Além disso, eles também irão lecionar os conteúdos programáticos do ensino médio nos aulões mensais do primeiro semestre e nas aulas regulares do segundo semestre. As atividades citadas irão auxiliar os acadêmicos no desenvolvimento da comunicação efetiva, manejo de tempo, montagem de slides, contato com a comunidade regional e com a docência. Por sua vez, o bolsista irá participar, orientado pelo coordenador, de todas as etapas do projeto, com o intuito de promover e incentivar o desenvolvimento de toda a equipe. Nesse contexto, na primeira fase, o bolsista irá participar da gestão e execução de todas as atividades de organização, planejamento, reuniões e conduzir as funções dos demais membros da coordenação do projeto. Na segunda etapa, o bolsista participará das intervenções nas escolas, irá orientar os professores e fará, unida com a equipe do projeto, a supervisão das aulas. O Professor Coordenador irá supervisionar e orientar todos os discentes através de reuniões mensais para acompanhar o desenvolvimento do cursinho. Visto que o projeto preza pela interdisciplinaridade, abrangendo diversos ramos do conhecimento, a figura do Professor Coordenador será fundamental para verificar a integração dos assuntos, oferecer pontos de vistas e fontes de pesquisa para proporcionar um melhor sistema de ensino para os estudantes das escolas municipais de Diamantina.


Observações

O projeto de extensão Cursinho Popular Arandu: democratizando a educação tem como principal objetivo oferecer suporte educacional para jovens matriculados em escolas públicas do município de Diamantina que tenham interesse em adentrar no ensino superior. Tal proposta torna-se relevante, principalmente devido a inexistência de cursinhos pré-vestibulares gratuitos em Diamantina. Nesse sentido, uma parcela da população, ao terminar o ensino médio sem alcançar notas suficientes nos processos seletivos para adentrar no ensino superior, são possivelmente excluídas do sistema educacional. Um projeto piloto com estudantes da UFVJM, de forma voluntária, já vem realizando aulas preparatórias para o ENEM, durante os meses de outubro e novembro, para uma turma de cerca de 20 estudantes matriculados em variadas escolas diamantinenses. A submissão desta proposta, portanto, visa ampliar, dar maior visibilidade e relevância para este projeto.


Público-alvo

Descrição

Estimamos que, no mínimo 10 e no máximo 120 estudantes matriculados no ensino médio de escolas públicas de Diamantina, que têm interessem em ingressar no ensino superior através do ENEM e SASI participarão das atividades do do projeto de extensão "Cursinho Popular Arandu: democratizando a educação".

Descrição

O cursinho popular é uma oportunidade para que professores e funcionários das escolas possam fortalecer o contato com a Universidade. Ao incentivar a participação de seus alunos no projeto de extensão "Cursinho Popular Arandu: democratizando a educação", os professores e funcionários das instituições de ensino terão auxílio na formação e educação destes jovens.

Municípios Atendidos

Município

Diamantina

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

Através do Centro Acadêmico do curso de Medicina da UFVJM (Campus JK), realizaremos campanhas de arrecadação de livros e apostilas preparatórias para pré-vestibulares. Utilizaremos de suas redes sociais para tal feito e também para divulgação do projeto de extensão, gerando maior capilaridade e atingindo um público heterogêneo.

Participação da Instituição Parceira

A escola será parceira do projeto de modo a divulgar as atividades para os alunos matriculados, incentivando maior participação no projeto de extensão. Ademais, será no espaço desta escola em que parte das aulas do cursinho Arandu ocorrerão. Por fim, as atividades de incentivo às inscrições para o ENEM, SASI e SISU serão realizadas com os estudantes desta escola.

Participação da Instituição Parceira

A escola será parceira do projeto de modo a divulgar as atividades para os alunos matriculados, de modo a incentivar suas participações no projeto de extensão. Por fim, as atividades de incentivo às inscrições para o ENEM, SASI e SISU serão realizadas com os estudantes desta escola.

Cronograma de Atividades

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Será realizada mensalmente uma reunião do coordenador com os membros da equipe para avaliação do andamento e planejamento de metas do projeto de extensão.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Realização de aulões de matemática e redação mensalmente em escolas parceiras do projeto de extensão.

Periodicidade Quinzenalmente
Descrição da Atividade

De forma quinzenal, os estudantes das escolas públicas participantes do projeto de extensão poderão ter uma redação corrigida pela equipe do projeto, de forma a fortalecer o hábito da escrita.

Periodicidade Diariamente
Descrição da Atividade

Durante o período de inscrição para o SISU, integrantes do projeto de extensão darão assistência no processo para os estudantes matriculados nas escolas parceiras.

Periodicidade Diariamente
Descrição da Atividade

Durante o período de inscrição do ENEM, os integrantes do projeto darão suporte aos estudantes das escolas parceiras no que se refere a recursos tecnológicos e auxílio para isenção de taxas.

Periodicidade Diariamente
Descrição da Atividade

Durante o período de inscrição da SASI, os integrantes do projeto darão suporte aos estudantes das escolas parceiras no que se refere a recursos tecnológicos e auxílio para isenção de taxas. Além disso, palestras serão realizadas para maior incentivo à inscrição.

Periodicidade Diariamente
Descrição da Atividade

O cursinho Arandu, ocorrerá de segunda a quarta-feira das 18h às 22h na Escola Estadual Professor Leopoldo Miranda, ou no Campus I da UFVJM, durante os meses de julho a novembro. A cada dia, três aulas serão lecionadas com os conteúdos programáticos das provas do ENEM e da SASI.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Serão realizadas discussões sobre os resultados e a escrita de um relato de experiência sobre o projeto de extensão.