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“SEMPRE-VIVAS: ACOLHIMENTO ÀS MULHERES EM VULNERABILIDADE SOCIAL EM DIAMANTINA/MINAS GERAIS”
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
angellica pereira de almeida
202410120241551086
faculdade de medicina de diamantina - famed
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
direitos humanos e justiça
grupos sociais vulneráveis
municipal
diamantes do vale: saúde para as mulheres do jequitinhonha
Não
Membros
andressa duarte de souza
Voluntário(a)
thamiris oliveira goncalves
Voluntário(a)
anna caroline duarte amaral
Voluntário(a)
bruna fonseca dos santos
Voluntário(a)
barbara silva vicentini
Voluntário(a)
víctor vicente de oliveira
Bolsista
O projeto "SEMPRE-VIVAS: ACOLHIMENTO ÀS MULHERES EM VULNERABILIDADE SOCIAL EM DIAMANTINA/MINAS GERAIS" tem como objetivo fornecer apoio às mulheres em situação de vulnerabilidade social na cidade de Diamantina, Minas Gerais. O público-alvo abrange todas as mulheres da região, reconhecendo que a vulnerabilidade social pode afetar qualquer indivíduo. Com base no censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, estimamos um grupo de aproximadamente 24 mil mulheres em Diamantina. Os objetivos do projeto incluem a promoção da saúde biopsicosociocultural das mulheres, a capacitação laboral, a conscientização sobre o câncer de mama e o aumento do acesso a exames de imagem da mama. Para alcançar essas metas, o projeto se concentra em proporcionar grupos de apoio, interação social e oficinas práticas que visam ao fortalecimento do empoderamento feminino e ao desenvolvimento de habilidades. Os estudantes de Medicina desempenham um papel fundamental no projeto, participando ativamente em todas as fases, desde o planejamento até a execução das atividades com o público-alvo. Eles recebem capacitação e atuam como facilitadores e coordenadores das oficinas, promovendo uma abordagem holística da saúde da mulher. A metodologia do projeto envolve reuniões virtuais de planejamento, capacitação, abordagens presenciais das oficinas, divulgação através das mídias sociais e comunicação direta com o público-alvo. Reuniões de orientação quinzenais garantem o acompanhamento contínuo e a avaliação do desempenho dos estudantes. Por fim, o projeto anseia por criar um local de acolhimento e apoio para as mulheres em vulnerabilidade social em Diamantina, capacitando-as, promovendo a saúde e reduzindo as desigualdades no acesso aos cuidados de saúde. O trabalho colaborativo de estudantes de Medicina e profissionais da área é essencial para alcançar esses objetivos e melhorar a qualidade de vida das mulheres na comunidade.
Acolhimento, Vulnerabilidade Social, Câncer de Mama, Capacitação Profissional, Educação em Saúde.
A desigualdade de gênero é um conceito construído e com raízes históricas, não somente na sociedade brasileira, mas na história das civilizações humanas. Evidências afirmam que os primatas chimpanzés vivem em sociedades marcadas pela violência e dominação de machos, com hierarquia entre gêneros. Estudos de organizações humanas antigas demonstram que o advento da agricultura, quando o homem passou a acumular recursos, tenha sido o início do aparecimento das desigualdades entre os indivíduos da espécie humana, sobretudo homens e mulheres (DYBLE et al., 2015). Tais achados corroboram com os ideais do filósofo Jean Jacques Rousseau, o qual afirmava que a origem da desigualdade na civilização humana se deu a partir do surgimento de propriedades privadas. Ainda, Simone de Beauvoir, em sua obra “O Segundo Sexo” (1949), considerada inovadora na temática feminista da época, defende e analisa o caráter social da desigualdade entre gêneros, excluindo possibilidades biológicas. Dessa forma, o movimento feminista propõe um espaço de discussão e contestação das desigualdades impostas pelo patriarcado, bem como combate práticas hierárquicas e dominadoras, bem como suas consequências, tais como casamento infantil, feminicídio, dependência financeira e violência sexual (RIBEIRO; NOGUEIRA; MAGALHÃES, 2021). No entanto, apesar dos avanços proporcionados pelas ondas feministas e mudanças legislativas e sociais, a sociedade hodierna brasileira ainda é marcada por práticas de discriminação de gênero, a qual é acirrada pelas desigualdades raciais e socioeconômicas vividas no país, tornando o Brasil e, sobretudo, a região do Vale do Jequitinhonha, áreas marcadas pela vulnerabilidade social feminina. Entre as questões sociais que perpassam a desigualdade entre gêneros no Brasil, destacam-se a susceptibilidade e dependência financeira das mulheres quanto aos homens e o prejuízo à saúde da mulher devido às formas de violência que tal prática implica. Por isso, a orientação e oferta de atividades que possam funcionar como laborais para mulheres às margens da sociedade têm capacidade de romper com paradigmas sociais de dependência, incapacidade e fragilidade feminina, corroborando para o encerramento de relações abusivas, violência sexual, moral e física, feminicídio e dominância financeira. Ademais, o conhecimento de aspectos sobre o corpo e a saúde feminina somam-se ao combate da desinformação acerca de seu próprio corpo, muitas vezes tratado como objeto ou apenas meio de reprodução. Nesse sentido, pensando nas temáticas de grande relevância acerca da saúde da mulher, no Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. Para o ano de 2022 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres (INCA, 2019a). Na série histórica das taxas de mortalidade do Brasil e regiões, é possível observar tendência ascendente ao longo das últimas décadas, com certa desaceleração e estabilização nas regiões Sul e Sudeste e aumento nas demais regiões, entre os anos de 2000 e 2015. Assim, este projeto de extensão visa atuar no combate à vulnerabilidade socioeconômica e cultural feminina, como também contribuir no combate a desinformação sobre saúde da mulher, neste atual ciclo a temática escolhida é “Saúde da mama e prevenção ao câncer de mama”. Serão promovidos debates, rodas de conversa, oficinas de capacitação em atividades que gerem renda para mulheres vulneráveis da cidade de Diamantina, Minas Gerais. Tal ação, a partir dos princípios de integração do tripé universitário de ensino-pesquisa-extensão e de multidisciplinaridade, tem potencial em agir, direta e indiretamente, na emancipação financeira, acesso à saúde, autoconhecimento e diminuição das taxas de violência contra a mulher, em suas diversas formas.
O Vale do Jequitinhonha é reconhecido por ser uma das regiões de extrema carência social no país, em que grande parte da sua população apresenta deficiências econômicas que impedem uma vida digna na garantia das necessidades básicas, sendo muitas das famílias chefiadas apenas por mulheres. Segundo Pinto et al. (2010) tem ocorrido um crescimento significativo de famílias monoparentais, em especial dessas onde a mulher assume a chefia do domicílio. Ademais, dentro das camadas mais pobres da população, esses tipos de famílias geralmente estão associadas às situações de maior vulnerabilidade econômica, em consequência da ocupação de postos de trabalho com baixa remuneração (Carvalho, 1998). Pensando no contexto da saúde das mulheres, em 2010, a macrorregião Jequitinhonha, na qual o município de Diamantina está inserido, foi responsável por 1,1% (204) das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira. Dentre essas neoplasias, algumas são passíveis de prevenção, como a do câncer de mama, que foi responsável por 9 óbitos nesse mesmo ano (INCA,2014). Segundo dados do DATASUS (2022), apenas 869 mulheres realizaram a mamografia no ano de 2022 no município de Diamantina como uma forma de rastrear o câncer de mama. A mamografia com finalidade diagnóstica pode ser solicitada pelo SUS em qualquer idade, porém não é o único método indicado. Em muitos casos, em especial nas mulheres jovens, é dada preferência à ultrassonografia para investigação inicial, em função da maior densidade mamária e do consequente limite da mamografia para avaliar lesões suspeitas neste grupo (INCA, 2022) . Em 2021, foram realizadas 3.497.439 mamografias em mulheres no SUS, sendo 351.509 mamografias e 3.145.930 mamografias de rastreamento, ou seja, quando é indicada para mulheres de 50 a 69 anos sem sinais e sintomas de câncer de mama, uma vez a cada dois anos. As evidências científicas mostram que o rastreamento nessa faixa etária é capaz de reduzir a mortalidade por câncer de mama, razão pela qual as ações de controle devem ser voltadas para ampliação da cobertura na faixa etária alvo (Migowski e Corrêa, 2020). Sendo assim, as intervenções que empoderam as mulheres e que estão integradas com a educação, a economia e a política, mostram importante interferência na qualidade de vida, na autonomia e na autoridade das mulheres em vários assuntos, assim como na melhoria da saúde e qualidade de vida. Considerando a escassez de recursos, sistemas de saúde que funcionam mal e pobreza presentes no Vale do Jequitinhonha, torna-se importante a disseminação de informação e melhoria do acesso à saúde para as mulheres elegíveis da mamografia de rastreamento com a finalidade de diminuir o óbito resultante do câncer de mama nesse público. Nesse contexto, a Universidade pode intervir tornando-se uma importante ferramenta de inclusão social e econômica, promovendo, por meio do eixo extensão, a geração de oficinas de atividades que gerem renda e informação para essas mulheres, contribuindo para emancipação, autoestima, saúde e sustento de suas famílias
Objetivo geral Oferecer educação em saúde e capacitação laboral às mulheres em vulnerabilidade social de Diamantina. Objetivos específicos ● Promover grupos de apoio e de interação social entre as mulheres em vulnerabilidade social; ● Promover a saúde biopsicosociocultural das mulheres; ● Desenvolver oficinas de capacitação laboral com as habilidades das mulheres; ● Instruir ao autocuidado com a saúde e orientar sobre o câncer de mama; ● Aumentar o acesso das mulheres de Diamantina aos exames de imagem da mama.
● Promover encontros entre as mulheres para trocas de vivências e apoio entre as vítimas; ● Ministrar aulas de desenvolvimento de habilidades para que as acolhidas possam adquirir novas atividades e fontes de renda; ● Promover a saúde biopsicosociocultural das mulheres; ● Melhoria no acesso à informação sobre a saúde da mulher; ● Redução de comorbidades nas mamas nas mulheres de Diamantina; ● Melhoria na educação à saúde das mulheres no contexto do autocuidado com as mamas; ● Redução da desigualdade social no âmbito do acesso à saúde e exames complementares.
Inicialmente, os discentes envolvidos no projeto realizarão semanalmente revisão de bibliografia e encontros virtuais, síncronos, pela plataforma Google Meet, para planejamento de ações, através do delineamento das atividades a serem ofertadas e da busca de voluntários e parcerias que possam oferecer atividades diversas. Além disso, os discentes receberão capacitação sobre os diferentes assuntos que serão abordados através de encontros mensais sobre as temáticas das intervenções, com aulas ministradas por discentes e docentes que atuem na área da saúde da mulher, pela plataforma Google Meet, de forma síncrona. Após reuniões de planejamento e de capacitação, serão iniciadas as abordagens com o público-alvo por meio de oficinas a cada 03 meses, totalizando 04 oficinas, com duração estimada de cerca de 3 horas, realizadas no espaço fornecido pelo Programa Saúde em Ação no bairro Cidade nova de Diamantina, através de agendamento prévio pela professora coordenadora do projeto. Os encontros serão coordenados por discentes integrantes do projeto, que estarão presentes em duplas ou trios. Duas oficinas serão voltadas para a capacitação das mulheres, onde ocorrerão dinâmicas de grupo, como rodas de conversa entre as integrantes e com profissionais convidados, e oficinas de atividades, como cuidados em saúde da mulher, aprendizagem de artesanato e práticas de exercícios físicos assistidas por profissionais capacitados; que terão como intuito a autovalorização e aumento da autoestima das vítimas, além do empoderamento feminino. Ademais, essas ações irão promover maior interação e criação de vínculo entre as mulheres, para que, no decorrer dos encontros, elas desenvolvam suas relações sociais. As outras duas oficinas serão com temáticas voltadas para a saúde da mulher e o câncer de mama. Uma oficina será sobre a mama jovem e a outra a mama nas mulheres mais maduras. Ocorrerão dinâmicas de grupo, como rodas de conversa entre as integrantes e com profissionais convidados, oficinas de atividades e orientação sobre a realização dos exames de mama. No momento, poderá ser ofertado a essas mulheres, exames da mama gratuitos (ultrassom de mama e axila e a mamografia). A divulgação do projeto será feita tanto nas mídias sociais, por meio de postagens no Instagram, quanto pelo Programa Saúde em Ação, após anuência da instituição, através da afixação de cartazes com informações básicas e contato, bem como distribuição de panfletos informativos. Também será criado um contato de telefone pelo Whatsapp, para facilitar o contato do projeto pelas participantes e/ou interessadas. A divulgação de local, data e horário dos encontros será feita com antecedência através das mídias sociais supracitadas. Durante as oficinas, serão aplicados ainda formulários socio epidemiológicos às mulheres participantes do projeto, para a avaliação do perfil da população alvo. Para realizar essa coleta, as mulheres devem estar de acordo com a utilização dos seus dados por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Ao final do projeto esses dados serão tabulados e analisados e incluídos no relatório final. Serão realizadas reuniões de orientação com a professora coordenadora quinzenalmente, síncronas, de forma virtual pela plataforma Google Meet, para delimitação e organização de atividades bem como orientações acerca da execução do projeto, de forma a promover acompanhamento contínuo e longitudinal dos alunos. A professora coordenadora realizará feedback mensal dos alunos e aplicará escala de atitudes, que avalia pontualidade e assiduidade, relacionamento com a equipe, interesse pelas atividades desenvolvidas, aproveitamento do projeto, além de desenvoltura, iniciativa e criatividade. Por fim, os discentes participantes do projeto confeccionarão relatórios mensais das atividades realizadas e temáticas abordadas nos encontros, de modo a reforçar a aprendizagem teórico-prática, reforçando a indissociabilidade do eixo ensino-pesquisa-extensão.
BEAUVOIR, S. O Segundo Sexo – a experiência vivida. 4 ed. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1980. BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS (Departamento de Informática do SUS). c2008. Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php>. Acesso em: 29 out. 2023. CARVALHO, L. Familia chefiada por mulheres: relevância para uma política social dirigida. Revista Serviço Social e Sociedade, ano 19, n. 57, p.74-98, julho. 1998. DYBLE, M. et al. Sex equality can explain the unique social structure of hunter-gatheres bands. Science, v. 348, n. 6236m p. 796 - 798, 2015. Disponível em: < http://www.sciencemag.org/lookup/doi/10.1126/science.aaa5139 >. Acesso em: 24 out. 2023. FACULDADE DE MEDICINA UFVJM-CAMPUS DIAMANTINA. Perfil do egresso. Projeto Pedagógico do Curso de Medicina. Diamantina, 2017. INCA – INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2014: incidência do câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2014. Disponível em: <http:// www.inca.gov.br/wcm/dncc/2013/apresentacaoestimativa-2014.pdf>. Acesso em: 29 out. 2023. INCA – INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Dados e Números sobre câncer de mama: Relatório anual 2022. Rio de Janeiro: INCA, 2022 PINTO, R. M. F et al. Condição feminina de mulheres chefes de família em situação de vulnerabilidade social. Revista de Serviço Social e Sociedade. n. 105, p. 167-179, jan./mar. 2011. RIBEIRO, D.; NOGUEIRA, C.; MAGALHÃES, S. I. As ondas feministas: continuidades e descontinuidades no movimento feminista brasileiro. Revista de Ciências Humanas e Sociais, 2021. Disponível em: < https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/136148/2/496080.pdf > . Acesso em: 24 out. 2023.
Os estudantes de Medicina desempenham um papel crucial no projeto. Sua participação é direcionada para atingir os objetivos gerais e específicos do projeto, que visam oferecer educação em saúde e capacitação laboral às mulheres em vulnerabilidade social de Diamantina. A inserção dos estudantes de Medicina ocorre em várias etapas, conforme descrito a seguir: Planejamento e Capacitação Inicialmente, os estudantes envolvidos no projeto participam de reuniões, diálogos/encontros virtuais síncronos por meio da plataforma Google Meet. Nessas reuniões, os estudantes contribuem para o planejamento das ações, identificação de atividades a serem oferecidas e busca de voluntários e parcerias que possam enriquecer o projeto. Além disso, os estudantes recebem capacitação em tópicos relevantes por meio de encontros anteriores às práticas de intervenção, para estudo e alinhar conhecimentos prévios. Essa capacitação é essencial para preparar os estudantes para interagir eficazmente com o público-alvo. Abordagem com o Público-Alvo Após o planejamento e capacitação, os estudantes começam a interagir com o público-alvo do projeto. Isso é realizado por meio de oficinas realizadas a cada três meses, totalizando quatro oficinas ao longo do projeto. As oficinas têm uma duração variada, dependentes do tipo de prática, e são realizadas no espaço fornecido pelo Programa Saúde em Ação, localizado no bairro Cidade Nova de Diamantina. O agendamento prévio das oficinas é feito pela professora coordenadora do projeto. Os estudantes atuam como facilitadores e coordenadores das oficinas, trabalhando em duplas ou trios para garantir a eficácia das atividades. Duas dessas oficinas são voltadas para a capacitação das mulheres e incluem dinâmicas de grupo, rodas de conversa entre as participantes e profissionais convidados, além de oficinas práticas que abordam cuidados com a saúde da mulher, aprendizado de artesanato e exercícios físicos. O objetivo é promover a autovalorização, aumentar a autoestima e empoderar as mulheres, ao mesmo tempo em que fortalece as relações sociais entre elas, o que dialoga com os preceitos médicos pregados pela Faculdade de Medicina da UFVJM-Diamantina, em que relata que o profissional generalista deve apresentar capacidades crítica e reflexiva, formação ética e humanista, capacidade de atuação cooperativa e integrada, capacidades de liderança, administrativa e de gerenciamento, com responsabilidade social e compromisso com a defesa da cidadania, da dignidade humana e da saúde integral do ser humano (FAMED, 2017). As outras duas oficinas focam na saúde da mulher e na conscientização sobre o câncer de mama, abordando especificamente as diferenças entre a saúde da mulher jovem para a mulher mais madura. As oficinas, no geral, incluem rodas de conversa, atividades práticas e orientação sobre a realização de exames de mama. Ademais, é possível oferecer às mulheres exames de mama gratuitos, como ultrassom de mama e axila, bem como mamografias, por meio de patrocínios adquiridos pelo projeto. Divulgação e Comunicação Os estudantes de Medicina também desempenham um papel importante na divulgação do projeto. Isso inclui a promoção do projeto nas mídias sociais, como o Instagram, e a colaboração com o Programa Saúde em Ação na divulgação de informações básicas e detalhes de contato. Haverá um contato direto com os responsáveis do Programa Saúde em Ação do bairro Cidade Nova e com o Hospital Nossa Senhora da Saúde em Diamantina para organização das ações. A divulgação dos locais, datas e horários dos encontros é realizada com antecedência por meio das mídias sociais mencionadas. Acompanhamento e Avaliação Para garantir o sucesso contínuo do projeto, os estudantes participantes se reúnem periodicamente em reuniões de orientação com a professora coordenadora, realizadas de forma virtual pela plataforma Google Meet. Essas reuniões têm como objetivo delimitar e organizar as atividades, além de fornecer orientações constantes sobre a execução do projeto. A professora coordenadora fornece feedback aos estudantes. Além disso, os estudantes participantes levam feedbacks para a coordenadora detalhando as atividades realizadas e as temáticas abordadas nos encontros. Isso contribui para reforçar a aprendizagem teórico-prática, demonstrando a indissociabilidade do eixo ensino-pesquisa-extensão no âmbito do projeto. A participação ativa dos estudantes de Medicina desempenha um papel essencial na consecução dos objetivos do projeto "SEMPRE-VIVAS: ACOLHIMENTO ÀS MULHERES EM VULNERABILIDADE SOCIAL EM DIAMANTINA/MINAS GERAIS". Eles contribuem, principalmente, com a educação em saúde, a promoção da saúde, capacitação laboral e o fortalecimento do empoderamento das mulheres em situação de vulnerabilidade social em Diamantina.
O projeto possui relevância social, econômica e acadêmica. Social por contribuir para a melhoria da sociedade com o repasse de informações acerca da saúde da mulher, principalmente no que tange ao câncer de mama, oferecendo a essas mulheres a autonomia em relação à saúde e identificação de fatores de risco preveníveis. Além disso, é capaz de oferecer local de apoio às mulheres em vulnerabilidade social com oportunidade de desenvolver habilidades com possibilidade de se tornar fonte de renda, contribuindo socioeconomicamente. Acadêmica e científica, pois contribuirá para a identificação das falhas e acertos na saúde da mulher, direcionando a áreas que necessitam de maior apoio de políticas públicas em saúde no contexto da vulnerabilidade socioeconômica de acesso à assistência à saúde.
Público-alvo
O público-alvo do projeto é estendido a todas as mulheres da cidade de Diamantina/Minas Gerais, principalmente as que se encontram em vulnerabilidade social. O número absoluto de mulheres no município é de aproximadamente 24 mil, de acordo com o censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do ano de 2010. Teremos o grupo de mulheres que frequentam o Programa Saúde em Ação, atuante no Bairro Cidade Nova de Diamantina, como parceria fixa nas ações promovidas pelo projeto, este grupo conta com um público de aproximadamente 20 mulheres. Ademais, enquanto estiver em atividade, o projeto estará aberto a novas parcerias de diferentes grupos de mulheres em vulnerabilidade social que se interessarem em participar.
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
O grupo de mulheres que frequentam o Programa Saúde em Ação, atuante no Bairro Cidade Nova de Diamantina, serão participantes fixas nas ações promovidas pelo projeto, este grupo conta com um público de aproximadamente 20 mulheres.
A instituição contribuirá com o fornecimento mensalmente de 01 ultrassom de mama e 01 mamografia. Esses exames serão fornecidos para algumas das participantes das ações que tenham indicação médica para realizá-los.
Cronograma de Atividades
Os discentes realizarão revisão de literatura sobre a temática do projeto, para um melhor embasamento das informações a serem compartilhadas com as participantes do projeto e estímulo à aprendizagem através da correlação teórico-prática.
Serão realizadas reuniões de orientação com a professora coordenadora mensalmente, síncronas, pela plataforma Google Meet, para delimitação e organização de atividades bem como orientações acerca da execução do projeto, de forma a promover acompanhamento contínuo e longitudinal dos alunos. A professora coordenadora realizará feedback mensal dos alunos e aplicará escala de atitudes, que avalia pontualidade e assiduidade, relacionamento com a equipe, interesse pelas atividades desenvolvidas, aproveitamento do projeto, além de desenvoltura, iniciativa e criatividade.
Os discentes receberão capacitação sobre os diferentes assuntos que serão abordados através de encontros semanais sobre as temáticas das intervenções, com aulas ministradas por discentes e docentes que atuem na área da saúde da mulher.
Os discentes envolvidos no projeto realizarão quinzenalmente reuniões para planejamento de ações, através do delineamento das atividades a serem ofertadas, planejamento de temas e abordagens de cada intervenção.
Busca de voluntários e parcerias que possam oferecer atividades diversas durante os grupos de intervenção.
Dinâmicas de grupo, como rodas de conversa entre as integrantes e com profissionais convidados, oficinas de atividades, abordagem de temas como cuidados em saúde da mulher, câncer de mamas e exames de imagem, aprendizagem de artesanato e práticas de exercícios físicos assistidas por profissionais capacitados.
Serão aplicados formulários sócio epidemiológicos para melhor conhecimento do público abordado nas ações. Esses dados serão tabulados e analisados trimestralmente para fins de escritas científicas.
Confecção de material virtual e físico para divulgação do projeto, que será realizada por meio de mídias sociais, da afixação de cartazes com informações básicas e contato, e distribuição de panfletos informativos. Também será criado um contato de telefone pelo Whatsapp, para facilitar o contato do projeto pelas participantes e/ou interessadas.
Os discentes participantes do projeto confeccionarão relatórios semestrais das atividades realizadas e temáticas abordadas nos encontros, de modo a estimular a aprendizagem teórico-prática, reforçando a indissociabilidade do eixo ensino-pesquisa-extensão