Detalhes da ação

Estudo da viabilidade de implantação de ervanário na Farmácia Universitária JK para produção, divulgação, dispensação e capacitação sobre as formas de utilização de Plantas Medicinais no âmbito da UFVJM

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203000729

Tipo da Ação

Projeto

Situação

RECOMENDADA :
EM ANDAMENTO - Normal

Data Inicio

20/12/2023

Data Fim

20/12/2026


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

alvaro dutra de carvalho junior

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências da Saúde

Área Temática Principal

Saúde

Área Temática Secundária

Educação

Linha de Extensão

Saúde Humana

Abrangência

Regional

Gera Propriedade Intelectual

Não

Vínculada a Programa de Extensão

Não

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Dentro e Fora do campus

Período das Atividades

Integral

Atividades nos Fins de Semana

Sim

Membros

Tipo de Membro Interno
Carga Horária 240 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 240 h
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Carga Horária 240 h
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Carga Horária 8 h
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Carga Horária 8 h
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Carga Horária 240 h
Resumo

Muitas plantas são utilizadas com finalidades medicinais, constituindo alternativas terapêuticas complementares ao tratamento de doenças, trazendo inúmeros benefícios à saúde quando utilizadas racionalmente e de maneira adequada. Dessa forma, o projeto tem como objetivo a implantação de um projeto piloto de um ervanário no Departamento de Farmácia, com introdução de Farmácia Viva para o cultivo de plantas medicinais que serão transformadas em produtos farmacêuticos para posterior dispensação.


Palavras-chave

Saúde; Plantas Medicinais; Farmácia Viva, Ervanário


Introdução

A utilização de plantas com fins medicinais para tratamento, cura e prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. O conhecimento sobre elas é passado de pais para filhos, de geração em geração, tornando-se ao longo do tempo um conhecimento empírico e cultural na sociedade. (GUTIERREZ,2015,p.9). Porém, o uso de certas plantas, consideradas medicinais, podem levar um indivíduo a se expor a sérios riscos de saúde no momento em que passa a manipular e consumir, inadequadamente, determinadas espécies potencialmente tóxicas ou que possua algum contaminante. Dada a grande quantidade de substâncias diferentes presentes ao se consumir esses recursos naturais sem orientação correta, pode levar um indivíduo a se expor a sérios riscos de saúde, ressaltando que o desconhecimento do usuário quanto à utilização de plantas medicinais, poderá ser tanto promotora de ações benéficas como reações tóxicas. (SILVA et al., 2009). Diante disso, torna-se necessário sistematizar o conhecimento acerca do tema de forma que a população tenha acesso a informações confiáveis levando em consideração indicações e contra indicações, assim como dosagem ideal, modo de preparo e a importância do acompanhamento profissional. (LARANJEIRA et al., 2016; MELO et al., 2017). De acordo com a Resolução de 13 de maio de 2014, fitoterápico é um produto obtido de matéria-prima ativa vegetal, exceto substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa, incluindo medicamento fitoterápico e produto tradicional fitoterápico, podendo ser simples, quando o ativo é proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou composto, quando o ativo é proveniente de mais de uma espécie vegetal. Portanto a proposta é desenvolver um ervanário com ampla variedades de plantas para uso medicinal e a partir delas obter produtos para uso medicinal e em seguida realizar a dispensação de forma racional, visando o bem-estar e saúde do paciente, considerando também a importância farmacológica e cultural que a mesma possui na sociedade (BRASIL,2014, Art. 3).


Justificativa

A implementação das Farmácias Vivas visa não apenas promover a utilização racional, segura e correta de plantas medicinais, mas também incentivar o manejo sustentável, a preservação da biodiversidade e o resgate dos saberes tradicionais associados às práticas fitoterápicas. No entanto, para que essa abordagem seja eficaz e segura, é essencial ponderar criticamente as evidências científicas disponíveis com o uso popular (SILVA, 2023). De acordo com Goularte, (2021), as plantas medicinais constituem-se como um dos mais antigos hábitos aplicados para o tratamento de enfermidades em humanos. Os ancestrais têm suas distintas referências históricas sobre as plantas medicinais, pois, mesmo antes de surgir à escrita o homem já usufruía das plantas, seja na alimentação ou como recurso terapêutico. Sendo assim, através das experiências que os ancestrais tiveram com as plantas, em que, houveram sucessos e fracassos da qual, muitas vezes, as mesmas curavam e outras, possuíam efeitos colaterais severos, ou até mesmo matavam (GOULARTE, 2021). Além do mais, o homem sempre buscou na natureza recursos vegetais para sua alimentação, vestimentas, sobrevivência e meios curativos (DANTAS & TORRES, 2019). Sendo assim, é preciso resgatar e manter vivo esse acervo de conhecimento para que não seja perdido no passar das gerações (ANDRADE, 2021). O ensino de Botânica teve grandes avanços nos últimos anos, mas ainda requer inovações para a construção da aprendizagem. O entendimento desses saberes possibilita o intercâmbio entre diversas áreas do conhecimento científico e desse modo, essas abordagens promovem uma aprendizagem integradora para que o aluno participe ativamente do processo de ensino-aprendizagem (ANDRADE, 2021). Conforme a Resolução N° 10 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), são definidas como plantas medicinais, espécie vegetal cultivada ou não, que contenham as substâncias, ou classes de substâncias responsáveis pela ação terapêutica, após os processos de coleta ou colheita, estabilização e secagem, íntegras ou rasuradas, trituradas ou pulverizada (BRASIL, 2010). No Brasil, a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, criada em 2006, e o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, em 2008, têm como objetivo “garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos e promover o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional” (BRASIL, 2016). A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde (SUS), aprovada pelo Ministério da Saúde, contempla, dentre outras, a área de plantas medicinais e fitoterapia para o tratamento de agravos à saúde (BRASIL, 2006). A resolução nº 477 de 28 de maio de 2008 do Conselho Federal de Farmácia dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito das plantas medicinais e fitoterápicos como responsável pelas atividades de preparação do fitoterápico, desde os preparados intermediários, produto final, controle em processo, controle de qualidade final, avaliação da prescrição e dispensação. (RESOLUÇÃO nº 477 de 28 de maio de 2008). O Ministério da Saúde, por meio da Portaria Nº 886, de 20 de abril de 2010, instituiu a Farmácia Viva no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta Portaria considera Farmácias Vivas aquelas que realizam as etapas de cultivo, coleta, processamento, armazenamento de plantas medicinais, preparação e dispensação de produtos magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterápicos. (BRASIL, 2010)


Objetivos

4. Objetivos gerais: Implantar um projeto piloto de Ervanário, englobando desde o planejamento, a produção até a dispensação de plantas medicinais com garantia de segurança e eficácia a partir de plantas medicinais validadas, buscando oferecer uma opção terapêutica, além de desenvolver trabalhos educativos sobre o uso correto de plantas medicinais. Objetivos específicos: ● Otimização do herbário, através da elaboração de planos e estruturação de canteiros destinados ao cultivo de plantas medicinais; ● Planejamento da eficiência produtiva e das práticas de cultivo, com especial atenção à sua diversidade específica, tais como variedades botânicas e requisitos de crescimento, assim como a adaptação destas ao ambiente a qual foram inseridas; ● Incentivar a obtenção de produtos a partir das plantas medicinais, garantindo qualidade e eficácia, de acordo com as boas práticas de fabricação; ● Promover o acesso a plantas medicinais de qualidade; ● Promover ações educativas ao paciente e comunidade sobre a importância do uso correto de plantas medicinais e fitoterápicos; ● Tratar adequadamente, levando-se em conta que poderá existir interação entre os fitoterápicos e os medicamentos convencionais e alimentos; ● Dispensar os produtos obtidos com orientação farmacêutica; ● Sensibilizar a comunidade, bem como os profissionais da saúde, prescritores e dispensadores para a importância do uso racional adequado de plantas medicinais e fitoterápicos.


Metas

● Fazer o projeto de implantação de um ervanário que contemple plantas medicinais para a produção de produtos com fins terapêuticos. ● Contribuir com a divulgação do conhecimento a respeito das plantas medicinais sobre o uso racional, toxicidade, indicações e contra-indicações para com a comunidade interna e externa da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. ● Realizar dispensação contribuindo para o acesso aos produtos com fins terapêuticos com orientação adequada. ● Contribuir com o incentivo à sustentabilidade, o cuidado com a natureza, garantindo apoio ao uso sustentável do ecossistema.


Metodologia

Descrição das etapas 1. Implantação de modelo de Farmácia Viva De acordo com Silva Júnior, 2023, existem três modelos de Farmácias Vivas (I, II e III) a partir dos tipos de atividade: Farmácia Viva I: são desenvolvidas as atividades de cultivo, a partir da instalação de hortos de plantas medicinais em unidades de FVs comunitárias e/ou unidades do SUS, tornando acessível à população assistida a planta medicinal in natura e a orientação sobre a correta preparação e uso dos remédios caseiros. Farmácia Viva II: são realizadas as atividades de produção/ dispensação de plantas medicinais secas (droga vegetal). Para tanto, deve possuir uma adequada estrutura de processamento da matéria -prima vegetal, visando a tornar acessível à população a planta medicinal seca/droga vegetal. Poderá ainda desenvolver as atividades previstas no modelo I. Farmácia Viva III Este modelo se destina à preparação de “fitoterápicos padronizados”, preparados em áreas específicas para as operações farmacêuticas, de acordo com as Boas Práticas de Preparação de Fitoterápicos (BPPF), visando ao provimento das unidades do SUS. O modelo III poderá ainda realizar as atividades previstas para os modelos I e II.” 2. Local de realização do projeto ● Viveiro de plantas medicinais e ornamentais pertencente ao Departamento de Agronomia - FCA. ● Farmácia Escola: Departamento de Farmácia- DEFAR 3. Equipe ● Docentes e técnicos do Departamento de Farmácia e Agronomia da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri. ● Discentes do DEFAR matriculados nas disciplinas de Tecnologia em Ciências Farmacêuticas I e II. 4. Materiais e equipamentos ● Pá ● Tesoura ● Perfurador ● Regador ou mangueira ● Desumidificador ● Sala para alocar colheita 5. Seleção das plantas medicinais As plantas serão selecionadas mediante espécies de plantas medicinais validadas cientificamente, de fácil adaptação de cultivo no solo e clima de Diamantina/MG. A escolha será baseada também no Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 2ª edição (Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa). 6. Implantação da horta medicinal As plantas medicinais devem ser produzidas com qualidade e quantidade suficientes. O cultivo deve ser realizado da seguinte forma: ● O cultivo de plantas medicinais em pequenas áreas poderá ser feito em canteiros ou em recipientes como vasos, garrafas PET, caixotes, entre outros. ● Inicialmente deve-se conhecer um pouco de cada planta medicinal selecionada para o cultivo como: identificação botânica, tipo de crescimento ou porte (erva, arbusto, trepadeira, árvore), necessidade de luz, necessidade de água conforme (Anexo 1). ● O local adequado deve ter incidência solar e o modo e a frequência das regas, vai depender da época do ano, da textura do solo e das necessidades de cada tipo de planta. ● O solo deverá ser preparado para receber as sementes ou as mudas, que devem ser sadias e de boa procedência. (Conforme anexo 1) ● Cultivo direto no solo: canteiros com cerca de 30 cm de altura para proporcionar drenagem, e utilizar cerca de 3 a 5 kg/m² de húmus ou composto orgânico para adubar e proporcionar boa textura ao solo. ● Após a adubação, realiza-se a semeadura. Esta deve ser realizada na profundidade adequada: quanto menor a semente, mais superficial é a semeadura. No caso de mudas, retirar do recipiente e colocá-las em buracos na terra, apertando levemente com as mãos ao seu redor. As mudas podem ser adquiridas no mercado ou produzidas em recipientes como copinhos ou sacos plásticos, em local sombreado (viveiro) por meio de sementes, estacas de galhos ou a partir de outras estruturas propagativas, como os rizomas e os rebentos, dependendo de cada planta. Conforme anexo 1) ● Após o plantio, regar bem sem encharcar e cobrir o solo do canteiro ou do vaso com capim seco, casca de arroz ou outra cobertura, evitando erosão e respingos de terra nas plantas quando forem regadas. ● Adubar com composto orgânico para o bom desenvolvimento das plantas. É importante evitar o contato de animais domésticos na Farmácia Viva. ● Na colheita deverão ser usados instrumentos limpos e afiados, na época certa e do modo adequado. Exemplo de horta medicinal fotografada no ervanário de Viçosa MG 7. Controle de pragas No cultivo de plantas medicinais as pragas podem ser um empecilho, responsável por trazer prejuízos. O uso de inseticidas e acaricidas químicos sintéticos para o controle de pragas, embora preconizado na agricultura de larga escala, não é recomendado em hortas urbanas, pois são conduzidas por famílias, escolas ou pequenas comunidades, que geralmente buscam a produção de alimentos saudáveis, livres de resíduos tóxicos e de baixo custo. Por isso, deve-se obter informações sobre pragas que atacam hortas urbanas e métodos de controle dessas pragas, com foco no uso de práticas culturais e de defensivos alternativos pouco agressivos ao ambiente e de baixa toxicidade ao homem. O “Receituário Caseiro para o Controle de Pragas” escrito pelo Engenheiro Agrônomo Gerson Augusto Gelmini e disponibilizado pelo Governo do Estado de São Paulo deve ser o guia, para instruir os responsáveis durante inconvenientes.(GERSON, 1998). 8. Processamento da planta medicinal O departamento de farmácia dispõe de espaço adequado para o processamento das plantas medicinais de acordo com a Resolução nº 18, de 3 de abril de 2013, que dispõe sobre as boas práticas de processamento e armazenamento de plantas medicinais, preparação e dispensação de produtos magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterápicos em farmácias vivas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O local está regularizado junto ao órgão de vigilância sanitária local, possui Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela ANVISA e atende aos requisitos da resolução mencionada. O processamento de planta medicinal é o ato de transformar a planta medicinal ou suas partes em droga vegetal, incluindo procedimentos de recepção, limpeza, secagem, estabilização, seleção, trituração e/ou pulverização ou extração, embalagem/envase e armazenagem. (ANVISA, 2013). Para a produção de produtos a base plantas medicinais será preciso dispor de toda documentação que farão parte da validação do processo, dentre eles: ● Descrição das plantas medicinais. Nela deve constar a matéria-prima vegetal, nomenclatura botânica, (gênero e espécie), composto ativo e parte usada. A Resolução nº 18, de 3 de abril de 2013, prevê que as plantas medicinais utilizadas na farmácia viva devem ser identificadas botanicamente. ● Especificação no qual descreve em detalhes os requisitos a que devem atender a droga vegetal, materiais usados ou produtos obtidos. ● Procedimento operacional padrão (POP): descrição pormenorizada de técnicas e operações a serem utilizadas na farmácia viva, visando proteger e garantir a preservação da qualidade das preparações manipuladas e a segurança dos manipuladores. ● Ordem de produção destinada a acompanhar todas as etapas do processo. Após a colheita as plantas medicinais passarão pelas seguintes etapas, de acordo a especificidade de cada uma: ● Produção de exsicatas em triplicata para análise botânica e confirmação da espécie. Depósito em herbários da UFVJM. ● Seleção ● Limpeza ● Secagem em ambiente aberto ou através da estufa, ou por liofilizador ● Extração ● Moagem através de moinho de facas ● Tamisação através de tamises de diâmetro adequado ao objetivo de cada produto final. ● Envase ● Rotulagem ● Armazenamento 9. Produção dos produtos 9.1 Sachês Quando é necessário dividir um medicamento em várias porções para corresponder à prescrição e manter a sua estabilidade após a abertura, o sachê se apresenta como uma escolha conveniente. Ele permite que o medicamento seja subdividido em frações individuais a partir da embalagem original. A embalagem que pode ser dividida é denominada "embalagem primária fracionável" e é aprovada pela Anvisa para essa finalidade. Após a divisão, a embalagem primária fracionada precisa ser acondicionada em uma "embalagem secundária" chamada "embalagem original para fracionáveis." Esta embalagem secundária deve ser rotulada com a inscrição "EMBALAGEM FRACIONÁVEL" e conter informações suficientes para identificar o medicamento que está sendo dispensado. A produção de sachês varia em conformidade com as especificações do medicamento a ser fabricado. No caso de fitoterápicos, a apresentação final do medicamento pode assemelhar-se à de uma infusão de chá, uma vez que sua preparação ocorre por meio de técnicas de infusão, decocção ou maceração em água. Em geral, as plantas medicinais colhidas passam por um conjunto de procedimentos de processamento, compreendendo as seguintes etapas: 1. Secagem: Consiste em submeter o material vegetal à secagem, onde o farmacógeno é desidratado. Caso não haja uma recomendação específica de secagem na monografia do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira - 2ª edição, ou na literatura científica, a planta fresca deve ser secada a uma temperatura de 45 ºC em uma estufa de ar circulante por um período de três dias. 2. Fragmentação ou pulverização: Tem como objetivo aumentar a área superficial de contato do farmacógeno com o solvente, ao mesmo tempo em que reduz o volume ocupado dentro da embalagem. A escolha do equipamento utilizado para fragmentação ou pulverização deve ser determinada com base na dureza do material. 3. Pesagem das porções: O farmacógeno seco e pulverizado é separado em porções de peso específico, seguindo as quantidades especificadas no Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira - 2ª edição ou na literatura científica. Para essa finalidade, é necessário o uso de uma balança analítica devidamente calibrada. 4. Embalagem primária: As porções de material seco e pulverizado devem ser acondicionadas em sachês projetados para contato com água, resistência ao calor e isentos de substâncias tóxicas. Esses sachês devem também manter a estabilidade físico-química do produto, conforme estabelecido na RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC N° 89, DE 29 DE JUNHO DE 2016, que aprova o regulamento técnico sobre materiais celulósicos destinados à cocção e filtração a quente. 5. Embalagem secundária: A embalagem secundária é preparada reunindo diversas frações do medicamento em sua embalagem primária. A quantidade de embalagens primárias deve ser determinada em conformidade com a duração do tratamento e a data de validade do respectivo fitoterápico. 9.2 Gel De acordo com a Farmacopéia Brasileira, 2ª edição, gel é uma forma farmacêutica semissólida de um ou mais princípios ativos, composta por agentes gelificantes apropriados, com objetivo de conferir firmeza a uma solução ou dispersão. Geralmente, as substâncias que formam géis são polímeros que, quando dispersos em meio aquoso, assumem conformação doadora de viscosidade à preparação. O processamento de géis para fins fitoterápicos envolve várias etapas para transformar as matérias-primas vegetais em uma forma de dosagem correta e estável. Aqui estão os passos gerais envolvidos no processamento de géis para fins fitoterápicos: 1- Recepção: Este é o processo inicial em que as plantas medicinais são recebidas na instalação de processamento. Elas podem chegar frescas, secas ou em outras formas, dependendo da planta e do produto final desejado. Durante a recepção, é importante verificar a qualidade e a integridade das matérias-primas. 2- Limpeza: Neste estágio, as plantas são limpas para remover detritos, sujeira, pedaços de terra e outros contaminantes. Isso é crítico para garantir que o produto final seja puro e seguro. 3- Seleção: Neste estágio, as partes indesejadas das plantas, como caules ou folhas indesejáveis, são separadas das partes desejadas, como as flores, folhas ou raízes. Isso ajuda a garantir que apenas os componentes desejados sejam processados. 4- Secagem: Muitas plantas medicinais são secas para reduzir a umidade em níveis adequados para o processamento e armazenamento. A secagem pode ser feita de várias maneiras, como secar ao ar, secar em estufa ou secar por convecção. Se estiver usando plantas secas, meça a quantidade necessária com base na receita e pulverize-as em um moinho de facas ou use um gral com pistilo para quebrar as partes secas em pedaços menores. 5- Estabilização: Alguns produtos requerem estabilização adicional para preservar a integridade dos compostos ativos. Isso pode incluir processos como liofilização (liofilização) ou acondicionamento com atmosferas controladas. 6- Trituração e/ou corrosão ou corrosão: Esta etapa pode variar dependendo do produto final desejado. Plantas secas podem ser trituradas ou pulverizadas para criar pós. Em outros casos, uma extração pode ser realizada para obter óleos essenciais, extratos líquidos ou outras substâncias ativas. 7- Tamisação: Tamisação através de tamises de diâmetro adequado “Tenuidade: Pó fino”. 8- Extração: Extração de compostos ativos para o gel: Dependendo da planta medicinal e do tipo de gel desejado, você pode optar por diferentes métodos de remoção, como: ● Infusão: Misture as partes da planta com água ou óleo e aqueça suavemente para extrair os compostos ativos. Isso é especialmente útil para plantas como a camomila ou a lavanda. ● Extração com solvente: Use um solvente, como álcool ou glicerina, para extrair os compostos ativos. Este método é comum para plantas como a calêndula. ● Extração a quente: Aqueça as partes da planta em um óleo para extrair os compostos lipossolúveis, como no caso do aloe vera. 9- Filtração adicional e purificação: Após a filtragem, é necessário filtrar o líquido para remover quaisquer partículas sólidas remanescentes e obter um extrato líquido puro da planta, purifique para remover impurezas indesejadas. 10- Mistura: O extrato seco ou o pó resultante é então misturado com uma base de gel, para formar uma mistura na consistência desejada. 11- Formulação para o gel: Misture o extrato da planta medicinal com uma base de gel adequada. O gel base pode ser feito a partir de ingredientes como goma de xantana, gel de aloe vera, ou um gel à base de água, dependendo do tipo de gel que deseja produzir. A proporção entre o extrato e a base do gel dependerá da concentração desejada de compostos ativos. É necessário polvilhar um agente gelificante sob agitação com auxílio de um agitador, neutralizar com um agente neutralizante. Adicione conservantes naturais, como vitamina E, e espessantes se necessário, para dar ao gel a consistência desejada. 12- Teste de segurança: Antes de usar o gel em uma área maior da pele, faça um teste de sensibilidade específico para verificar se não há reações alérgicas. 13- Embalagem/Envase: Os produtos processados são então embalados em recipientes adequados para preservar sua qualidade e potência. A escolha das embalagens também depende do produto final e das necessidades de armazenamento a longo prazo. 14- Armazenamento e envase: Armazene o gel em um recipiente limpo e hermético. Garanta que o recipiente seja de qualidade alimentar e seguro para o armazenamento de produtos cosméticos ou medicinais. 15- Rotulagem: Cada embalagem deve ser devidamente rotulada com informações sobre o produto, incluindo o nome do fitoterápico, dosagem recomendada e informações de contato do fabricante. 16- Armazenagem: Os produtos finais são armazenados em condições controladas, geralmente em locais secos e frescos, longe da luz direta e da umidade. O armazenamento de proteção ajuda a manter a qualidade e a eficácia dos produtos ao longo do tempo. É necessário observar que o processo específico pode variar dependendo da planta medicinal em questão e do produto final desejado. Além disso, é essencial cumprir as regras de segurança alimentar e boas práticas de fabricação ao longo de todo o processo para garantir a qualidade e a segurança dos produtos. 9.3 Cápsulas Cápsulas farmacêuticas são obtidas através da deposição ordenada de drogas secas em cápsulas gelatinosas duras ou encapsulamento de substâncias lipofílicas em cápsulas gelatinosas moles. As cápsulas são geralmente feitas de proteína, o que as torna incompatíveis com substâncias taninas. É essencial cuidar da umidade, temperatura e pressão durante o armazenamento e transporte, pois esses fatores podem causar desidratação, hidratação, tornando as cápsulas quebradiças, deformadas ou aderentes. O processamento de cápsulas para fitoterápicos envolve várias etapas para transformar as matérias-primas vegetais em uma forma de dosagem conveniente e estável. Aqui estão os passos gerais envolvidos no processamento de cápsulas para fitoterápicos: 1. Seleção de matérias-primas: A primeira etapa envolve a seleção de plantas medicinais ou ervas apropriadas. As matérias-primas devem ser de boa qualidade e atender a padrões de qualidade e pureza. 2. Secagem: As matérias-primas geralmente são secas para remover a umidade. Isso ajuda a prolongar a vida útil e a evitar a deterioração. Secagem através da estufa ou por liofilizador. 3. Trituração: As matérias-primas secas são trituradas em partículas menores para facilitar o processamento e a mistura. Moagem através de moinho de facas. 4. Tamisação: Tamisação através de tamises de diâmetro adequado “Tenuidade: Pó fino” 5.Extração: Dependendo do fitoterápico, as substâncias ativas podem ser extraídas das matérias-primas. A extração pode ser feita usando água, álcool ou outros solventes adequados. 5. Filtração e purificação: O extrato bruto pode ser filtrado e purificado para remover impurezas indesejadas. 6. Secagem do extrato: O extrato purificado é então seco para remover o solvente e obter uma forma concentrada do fitoterápico. 7. Mistura: O extrato seco ou o pó resultante é então misturado com outros ingredientes, como excipientes, ligantes e desintegrantes, para formar uma mistura homogênea. 8. Encapsulação: Na preparação de cápsulas, é essencial garantir que o peso das cápsulas seja uniforme. Isso é alcançado pesando a quantidade de pó necessária para encher um número específico de cápsulas. O processo de enchimento ocorre em tabuleiros feitos de acrílico, PVC ou outro polímero. As cápsulas são preenchidas de maneira uniforme com o pó, usando uma espátula plástica e um dispositivo de prensagem. Após o enchimento, as tampas das cápsulas são recolocadas para fechá-las, e o peso médio é determinado antes de serem embaladas imediatamente. A capacidade das cápsulas depende da densidade do pó e do tamanho das cápsulas, que são padronizados em tipos diferentes com dimensões e capacidades específicas em mililitros. 9. Testes de qualidade: As cápsulas resultantes passam por testes de qualidade para garantir que atendam aos padrões de umidade, peso médio e tempo de desintegração. 10. Embalagem: As cápsulas são embaladas em frascos ou blister packs, muitas vezes com informações sobre dosagem, armazenamento e data de validade. 11. Rotulagem: Cada embalagem deve ser devidamente rotulada com informações sobre o produto, incluindo o nome do fitoterápico, dosagem recomendada e informações de contato do fabricante. 12. Armazenamento: As cápsulas são armazenadas em condições adequadas para manter sua qualidade e potência. É importante notar que o processamento de cápsulas para fitoterápicos pode variar dependendo da planta medicinal específica. 9.4 Xaropes De acordo com o Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2ª edição, xaropes é a forma farmacêutica aquosa caracterizada pela alta viscosidade, que apresenta não menos que 45% (p/p) de sacarose ou outros açúcares na sua composição. Os xaropes geralmente contêm agentes flavorizantes. Quando não se destina ao consumo imediato deve ser adicionado conservantes antimicrobianos autorizados. Os xaropes que contêm agentes flavorizantes, mas não possuem substâncias medicinais, são chamados de xaropes não medicamentosos ou veículos flavorizados. Os xaropes costumam ser preparados por um dos quatro métodos gerais, dependendo das características físico-químicas das matérias-primas utilizadas. 1. Seleção e Preparação das Plantas Medicinais: escolha de plantas com propriedades medicinais conhecidas e seguras para consumo. 2. Limpeza e inspeção das plantas para remover impurezas, como terra e detritos. Extração dos Princípios Ativos: 3. Maceração: as plantas são trituradas e deixadas em contato com um solvente, geralmente álcool ou água, para extrair os compostos ativos. Esse processo pode levar vários dias. 4. Decocção: plantas são fervidas em água para extrair substâncias solúveis em água. 5. Filtração: a mistura resultante da maceração ou decocção é filtrada para remover sólidos indesejados, deixando um líquido clarificado contendo os princípios ativos. 6. Concentração: em alguns casos, é necessário concentrar o extrato para aumentar a concentração dos princípios ativos. Isso pode ser feito por meio de evaporação controlada. 7. Adição de outros Ingredientes (opcionais): Podem ser adicionados ingredientes como adoçantes (como mel ou açúcar) ou conservantes, dependendo da formulação desejada. 8. Ajuste do sabor e textura: durante esta etapa, é possível adicionar sabores ou aromatizantes para melhorar o sabor do xarope. 9. Pasteurização (opcional): Se necessário, o xarope pode ser submetido a um processo de pasteurização para eliminar microrganismos. 10. Dispensação Através de ações de educação em saúde promovida pela Farmácia Universitária JK DEFAR, em escolas, postos de saúde e eventos (Jornada Farmacêutica, Sintegra, etc) poderá ser realizada conjuntamente a uma equipe multidisciplinar envolvendo farmacêuticos e outros profissionais. Devem ser abordados os efeitos terapêuticos, possíveis interações medicamentosas com medicamentos de uso convencional, toxicidade, modo de usar e todas as informações necessárias que envolvam o cuidado farmacêutico ao paciente, com enfoque sobre o uso racional de plantas medicinais na vida cotidiana. Realizar capacitações com os estudantes de medicina, odontologia e enfermagem que atuam na clínica do campus 1 sobre as plantas medicinais e os fitoterápicos, e mostrar as possíveis formas de utilização indicando o ervanário para realizar a distribuição destes. 11. Controle de qualidade Todas as etapas serão averiguadas quanto ao controle de qualidade segundo Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2ª edição.


Referências Bibliográficas

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Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

Pretende-se minimizar os problemas, entre os extensionistas e o público alvo, principalmente, no entendimento das diferenças existentes entre a aplicação de uma intervenção e a realidade local. Durante este processo de trabalho o público alvo poderá apresentar demandas não planejadas para a intervenção. E ainda, a possibilidade de adotar novos métodos de trabalho para os extensionistas. O presente projeto pretende capacitar a comunidade quanto ao uso adequado e racional de plantas medicinais em suas formas terapêuticas. Não haverá indicação ou anamnese durante o projeto.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

O projeto tem como premissa buscar a introdução de um ervanário de plantas medicinais, com foco na obtenção de produtos com fins terapêuticos, utilizando das boas práticas de fabricação em grande escala, envolvendo os discentes, docentes, técnicos, profissionais da área de ciências agrárias e farmacêuticas, de forma a propiciar o diálogo entre os mesmos, contribuindo para a construção conjunta do saber. Além disso, será possível ter contato com mídias sociais e temas que envolvem desde a arte gráfica, métodos de manipulação das plantas, cultivo, ferramentas de tecnologia de informação e comunicação, entre outras. O estudante terá a oportunidade de criar uma relação entre a comunidade e a universidade, além de aprimorar relações interpessoais com seus pares e profissionais de outras áreas.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

A extensão universitária é uma área em constante mudança e construção de novos saberes, e a sua articulação constante e direta com o ensino e com a pesquisa é fundamental para que as necessidades da sociedade sejam respondidas, promovendo uma relação transformadora entre a universidade e a sociedade. Outro ponto a se destacar, é que esse projeto, com o retorno das atividades presenciais, possibilitará aos estudantes a indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão, além da interdisciplinaridade, uma vez que o conteúdo aprendido dentro de sala de aula, o obtido nas buscas em literatura científica e a prática em laboratório somado a divulgação dos informativos, contribuirá para a promoção da saúde e formação de profissionais farmacêuticos conscientes do seu papel como cidadão.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

A participação do discente no presente projeto poderá impactar positivamente na sua formação como profissional farmacêutico, uma vez que oportunizará vivências e situações que não seriam possíveis de ocorrer somente em sala de aula, tornando-os mais críticos, reflexivos e humanistas acerca da realidade e dos contextos sociais em que estão inseridos. Além disso, permitirá o enriquecimento da experiência discente, tanto no aspecto técnico profissional quanto no âmbito coletivo, onde se abrem espaços para reafirmação e materialização dos compromissos éticos e solidários da Universidade Pública brasileira. O projeto oportunizará o contato do acadêmico com outros profissionais, com seus pares e com a comunidade.


Impacto e Transformação Social

O impacto e transformação social do presente projeto, está em sensibilizar a comunidade sobre o uso racional das plantas medicinais, bem como auxiliar no acesso seguro e uso adequado dessas espécies, que muitas vezes, possuem propriedades que são desconhecidas pela comunidade. Por isso, é importante elencar quais espécies tem propriedades terapêuticas, quais partes das plantas possuem metabólitos com atividade terapêutica, quais são as indicações e contra-indicações. Além disso, o projeto, através da educação em saúde, poderá dialogar com a comunidade e informar as melhores formas de uso (tanto em relação ao processo de obtenção, higienização e/ou preparo, posologia e forma de administração e armazenamento). O projeto propiciará um diálogo com a comunidade de forma a enfatizar a importância do uso dos medicamentos convencionais, contudo, mostrando como e quando as plantas medicinais poderão ser utilizadas sem se tornar um risco para a saúde do indivíduo quando utilizadas incorretamente.


Divulgação

Divulgação do material informativo nas mídias sócias (Facebook, Instagram, Whatsapp) e página do DEFAR/UFVJM, e também nos espaços físicos do Campus JK da UFVJM.


Informações Complementares

Os participantes poderão disponibilizar os informativos desenvolvidos durante o desenvolvimento do projeto em suas redes sociais particulares, aumentando a abrangência da informação.


Público-alvo

Descrição

Comunidade acadêmica da UFVJM e comunidade externa na área de abrangência da UFVJM. (Diamantina, Gouveia, Datas, dentre outras).

Municípios Atendidos

Município

Diamantina - MG

Município

Datas - MG

Município

Gouveia - MG

Parcerias

Nenhuma parceria inserida.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 356 h

Carga Horária 2 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Durante todo o projeto, buscar-se-a informações em compêndios oficiais como Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2ª edição, manual de boas práticas de manipulação, artigos científicos, etc para confecção dos informativos, seleção das plantas com potencial cultivo e uso terapêutico, manipulação das formas farmacêuticas e da matéria prima vegetal.

Carga Horária 2 h
Periodicidade Quinzenalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

As reuniões com a equipe ocorrerão periodicamente para alinhar as atividades executadas, discutir e, caso necessário, ajustar a execução de acordo com as demandas.

Carga Horária 240 h
Periodicidade Mensalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Revisão e atualização de conhecimentos sobre as plantas medicinais com busca ativa em artigos científicos, pesquisa na comunidade, e informações sobre manejo

Carga Horária 12 h
Periodicidade Quinzenalmente
Período de realização
  • Manhã;
Descrição da Atividade

Seleção e plantio de mudas de plantas medicinais escolhidas.

Carga Horária 100 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
Descrição da Atividade

1. Através da Farmácia Universitária JK 2. Capacitação de profissionais de saúde: medicina, odontologia e enfermagem para indicação dos produtos. 3. Ação de educação em saúde 4. Divulgação em mídias sociais