Este projeto é voltado para desenvolver ações de educação em saúde na VEM, de forma a conscientizar e aproximar da comunidade os integrantes do DEFAR/UFVJM, docentes e discentes, contribuindo para a promoção da saúde e do bem-estar. Ações de educação em saúde oportunizam às jovens um contato com produtos farmacêuticos, sua composição e forma de manipulação, despertando a curiosidade, trocas entre pares, emoções que possam resultar na melhoria da auto estima e empreendedorismo.

Educação em Saúde; Farmacêuticos; Imagem Pessoal

Na sociedade contemporânea, o consumo de produtos farmacêuticos e correlatos (produtos para saúde) é uma atividade básica presente no cotidiano. Dentre os produtos farmacêuticos, destacam-se os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes que podem ser definidos como preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado (MOTA et al., 2014; ANVISA, 2015). Esse setor farmacêutico, principalmente o de cosméticos, tem despertado interesse do mercado consumidor e se destaca como um setor muito rentável para a economia nacional (FURTADO; SAMPAIO, 2020). Por outro lado, apesar da grande utilização pela população, grande parte desta desconhece os componentes de tais produtos. A utilização de atividades experimentais em sala de aula é recomendada para se tornar um atrativo e demonstrar a ciências no cotidiano de estudantes, como na alimentação, vestuário, cosméticos, medicamentos, transportes, entre outros. Assim, atividades práticas com produtos farmacêuticos tornam-se um exemplo de tema presente no cotidiano dos alunos, podendo despertar um interesse e motivação no processo de ensino e aprendizagem (KLEIN, 2020). Além disso, instituições de acolhimentos no Brasil, de acordo com as normas e leis nacionais, buscam organizar um ambiente seguro, com flexibilidade e espaço para o lúdico, o coletivo e para a construção de regras que incluam a participação das crianças e dos adolescentes, de modo a facilitar o seu desenvolvimento. Tais atividades devem proporcionar ao acolhido um ambiente o mais familiar possível, visando o desenvolvimento natural e seguro (DA SILVA; LELLIS, 2020). Somado a isso, sabe-se que muitas vezes as expectativas de futuro dos adolescentes, principalmente em situação de acolhimento são baixas, sendo um fator de risco ao desenvolvimento já que o jovem apresenta frágeis expectativas para superar desafios e nessa fase, podem ter a sua condição de vulnerabilidade agravada (FONSECA, 2017). Ainda agravando este quadro, mulheres, por conta de sua construção histórica atrelada ao gênero feminino, enfrentam ainda dificuldades extras quando empreendem e, ainda se observa que mulheres pobres são um grupo duplamente vulnerável: em relação à classe e em relação ao seu gênero (DA SILVA, 2018). Uma formação mais humanista em Farmácia era pouco valorizada no passado e os cursos tinham caráter fortemente tecnicista e profissionalizante (FIGUEIREDO, RODRIGUES-NETO, 2010). Posteriormente, houve (e ainda há) a necessidade de atividades que desenvolvam o pensamento crítico nos alunos, visando favorecer a solução de problemas, o trabalho em equipe, as habilidades de comunicação e liderança, a integração de conhecimentos e o uso de tecnologia da informação, com exigências de competências para visão sistêmica, compreensão do todo, capaz de mobilizar e integrar conhecimentos para uma atuação mais assertiva, surge para atingir esses objetivos a extensão universitária (EINSFELD, et al., 2009; RIOS, 2011). A extensão universitária se mostra como uma importante ferramenta capaz de promover ações que não só aproximam a Universidade da sociedade, mas que visem à superação das atuais de problemas, sejam de ordem social, política ou econômica. As ações de extensão são contínuas, de caráter educativo, social, cultural, científico e tecnológico, articuladas em função dos interesses da comunidade (FERNANDES, 2016). A extensão aproxima o aluno das demandas da sociedade, fortalecendo sua formação cidadã. Para o aluno, a extensão é também o lugar do reconhecimento e aceitação do outro e da diversidade (GADOTTI, 2017), e articula os encontros entre as classes populares e a universidade, tirando a universidade do isolamento já que permite a troca de experiências e vivências, valorização de saberes e experiências, propiciando mudanças que resultam em melhorias na vida, tanto dos indivíduos, quanto das coletividades (DA SILVA, 2020). Dessa forma, esse projeto propõe ação de extensão junto a Vila Educacional de Meninas (VEM), em Diamantina-MG buscando desenvolver ações de educação em saúde onde os jovens tenham a oportunidade de ter contato com produtos farmacêuticos, despertando sua atenção, curiosidade, cognição, linguagem, emoções, além de possibilitar um elo entre a universidade e as necessidades sociais, redimensionando, assim, seu papel social.

A realização deste projeto de extensão intitulado “VEM-Ser – Ações educativas em Farmácia para promoção da saúde e bem-estar” é justificada pela necessidade de desenvolvimento de ações de educação em saúde, com o objetivo de promover a conscientização da população sobre sua saúde e bem estar, além de contribuir com a melhoria da qualidade de vida dessa população. Ações de educação em saúde podem oportunizar as jovens um contato com produtos farmacêuticos, sua composição e forma de manipulação, despertando a atenção, curiosidade, trocas entre pares, emoções que possam resultar na melhoria da auto estima dos envolvidos. Ademais, outras razões que balizam a elaboração e a realização deste projeto de extensão são: a crença que a extensão universitária é um importante processo educativo, cultural e científico que, de forma indissociável com o ensino e a pesquisa, possibilita a inter-relação transformadora entre a universidade e a sociedade; a mútua troca de conhecimentos, entre o acadêmico e o popular, oportuniza a produção de um novo saber, resultante do confronto com a realidade social.

Objetivo geral: Desenvolver ações de educação em saúde de forma a conscientizar e aproximar o DEFAR/UFVJM da população, contribuindo para a promoção da saúde. Objetivos específicos: - Promover melhoria na qualidade de vida das meninas auxiliadas na Vila Educacional de Meninas na cidade de Diamantina-MG. - Promover o diálogo e a troca de saberes sistematizada entre a comunidade externa e a acadêmica. - Buscar a formação de profissionais cidadãos. - Propiciar desenvolvimento de habilidades técnicas na manipulação e controle de qualidade de produtos farmacêuticos pelos acadêmicos e contribuir com sua formação. - Oferecer oportunidade de acesso a conhecimentos científicos, práticos e de informações gerais, fazendo o intercâmbio entre Universidade e comunidade. - Possibilitar ao estudante de Farmácia compartilhar responsabilidades e executar ações de forma conjunta com a comunidade; - Contribuir com o acesso a conhecimentos sobre produtos farmacêuticos em relação a aspectos como interações, forma de armazenamento, manipulação e controle de qualidade.

- Melhorar da qualidade de vida das pessoas atingidas pelas ações, a partir de um melhor conhecimento sobre produtos farmacêuticos. - Disseminar a importância da inserção da educação em saúde no cotidiano dos indivíduos, assim buscando a melhoria nas suas condições de vida em pequenos aspectos diários. - Contribuir com a formação de farmacêuticos conscientes e autônomos em relação ao assunto foco de sua profissão, desenvolvendo o aspecto humanista do profissional. - Permitir o desenvolvimento de competências e habilidade para os participantes do projeto, mediante a integração dos conhecimentos, experiências e vivências com temas relevantes sobre produtos farmacêuticos. - Estimular e amplificar a participação da comunidade, com mudança do protagonismo passivo para agente ativo na promoção da saúde comunitária. - Fomentar a troca mútua de conhecimento entre a Universidade e a comunidade, fortalecendo as práticas extensionistas; aproximando os estudantes de graduação da comunidade, possibilitando trocas de experiências pessoais, científicas e profissionais. - Reforçar para a comunidade a importância do conhecimento científico como orientador das ações e atitudes. - Divulgar os resultados do projeto de extensão em evento científicos.

O projeto será desenvolvido por uma equipe composta docentes e discentes do curso de Farmácia/UFVJM, com colaboração dos discentes matriculados nas disciplinas obrigatórias ministradas pelos docentes neste curso. O projeto será desenvolvido em etapas e as ações de educação em saúde serão desenvolvidas conforme as seguintes etapas: 1. Revisão de literatura e organização dos procedimentos a serem realizados: Na fase inicial, haverá capacitação dos extensionistas associada à pesquisa bibliográfica e de mercado para capacitação do público participante. Os acadêmicos realizarão um levantamento em periódicos e sites especializados de experimentos utilizando materiais alternativos e que serão desenvolvidos com o público da VEM. 2. Elaboração dos roteiros experimentais a serem desenvolvidos: Nessa etapa o estudante sob a orientação dos professores irá desenvolver kits experimentais que serão confeccionados. A ideia principal será utilizar materiais do cotidiano na confecção desses kits. fazendo com que o público compreenda e correlacione os experimentos desenvolvidos com fatos que permeiam seu cotidiano. 3. Após produção e/ou preparo do material utilizado na ação pelos estudantes voluntários, ocorrerá a etapa de divulgação da ação pela equipe e pela coordenação da VEM. As atividades práticas serão realizadas pelas jovens da VEM, mas monitorados durante todo o tempo pelos graduandos em Farmácia a fim de esclarecer dúvidas e aprofundar a atividade trabalhada, os alunos atuarão de forma ativa e desenvolverão a habilidade de transpor de forma mais simples os conceitos trabalhados dentro da universidade. Durante toda execução da ação, haverá pesquisa ativa para referência bibliográfica para subsidiar o conhecimento divulgado, além de reuniões periódicas com a equipe interna do projeto para discussão das ações desenvolvidas e correção de arestas, se necessário. A próxima etapa será avaliação do projeto. De acordo com a participação (número de participantes externos), os temas publicados poderão sofrer variações ao longo do projeto. Para avaliar o alcance dos objetivos e das metas estabelecidas, haverá reuniões periódicas com os integrantes a fim de apontar desvios, necessidade de ajuste do projeto, identificar as experiências exitosas e as lições aprendidas que permitirão aprimorar o processo da ação extensionista. Ao final do projeto haverá a organização dos dados obtidos para divulgação em eventos científicos. Além disso, serão elaborados os relatórios, conforme especificado no edital.

ANVISA – Agência Nacional de vigilância Sanitária. 2005. Resolução RDC nº 211, de 14 de julho de 2005 - Ficam estabelecidas a Definição e a Classificação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, conforme Anexos I e II desta Resolução DA SILVA, Andréa Imbiriba; LELLIS, Irani Lauer. Atividades lúdicas em instituição de acolhimento: o olhar do educador/cuidadortividades lúdicas em instituição de acolhimento. Revista Pedagógica, v. 22, p. 1-22, 2020. DA SILVA, Lisiana Lawson Terra. Risco e vulnerabilidade social feminina. RELACult-Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, v. 4, 2018. DA SILVA, Wagner Pires. Extensão universitária: um conceito em construção. Revista Extensão & Sociedade, v. 11, n. 2, 2020. EINSFELD, Lídia et al. A extensão universitária enquanto ferramenta para formação de um novo perfil de profissional farmacêutico. Extensão [internet], v. 8, n. 2, p. 23-32, 2009. FERNANDES, Débora Schimitt Porto et al. Cuidado à Saúde da Mulher na Extensão Universitária: abordagem de uma experiência. Revista baiana de saúde pública. Vol. 40, n. 3 (jul./set. 2016), p. 796-807, 2016. FIGUEIREDO, Maria Fernanda Santos; RODRIGUES-NETO, João Felício; LEITE, Maísa Tavares Souza. Modelos aplicados às atividades de educação em saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 63, p. 117-121, 2010. FONSECA, Patrícia Nunes da. O impacto do acolhimento institucional na vida de adolescentes. Revista Psicopedagogia, v. 34, n. 105, p. 285-296, 2017. FURTADO, B. dos A., & Sampaio, D. de O. (2020). Cosméticos sustentáveis: quais fatores influenciam o consumo destes produtos?. International Journal of Business Marketing, 5(1), 36–54. Recuperado de https://ijbmkt.emnuvens.com.br/ijbmkt/article/view/145 GADOTTI, Moacir. Extensão universitária: para quê. Instituto Paulo Freire, v. 15, p. 1-18, 2017. KLEIN, V., & Lüdke, E. (2020). Cosmetics: conceptions of students in High School. Research, Society and Development, 9(9), e150996959. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6959 MOTA, D. F., Nunes, L. M., Souza, L. B. S. de, Oliveira, L. T. da S., Silva, A. G. da, & Sousa, A. K. de. (2014). COSMÉTICOS AÇÃO E REAÇÃO. Revista Interfaces: Saúde, Humanas E Tecnologia, 2(4). https://doi.org/10.16891/67 RIOS, F. A formação generalista como fator de qualidade. In: CECY, C.; OLIVEIRA, G. A.; COSTA, E. M. M. B. (Orgs.). Melhoria da qualidade em educação farmacêutica. Brasília: Cidade Gráfica e Editora, 2011.

A interação com a comunidade ocorrerá inicialmente após conversa com a coordenadora da VEM sobre o interesse do público para a escolha dos possíveis temas relacionados à educação em saúde a ser trabalhado pelos estudantes junto à comunidade VEM. Durante o processo de desenvolvimento do trabalho, o público-alvo poderá apresentar demandas não planejadas para a intervenção, o que irá possibilitar a adoção de novos métodos de trabalho para os extensionistas. Caso haja capacitação para os pais das meninas acolhidas na VEM, a comunidade onde os participantes estão inseridos serão uma via de comunicação direta com a equipe. Os estudantes que irão executar o projeto participarão de todas as etapas do mesmo, desde os estudos iniciais, até a ação e confecção do relatório final. Não iremos dialogar apenas com a equipe extensionista, mas a interação com o público que participará das ações será importante durante todo o projeto pois trarão novas ideias e/ou complementação para as ações a serem desenvolvidas. Assim, espera-se que as dúvidas tragam mais interações e novas abordagens sobre outros temas de Farmácia e/ou Saúde. Buscar-se-á a formação de um profissional cidadão a partir desta possibilidade de interação com a comunidade estando inserido nela, o que possibilita trocas pelas interações com o público e com seus pares e docentes envolvidos. Ressalta-se também a importância da aproximação da UFVJM junto à comunidade, mostrando ao público um pouco do cotidiano da Universidade e estimulando o interesse dos mesmos em relação à graduação, em especial a do curso de Farmácia, uma vez que a abordagem dos conteúdos envolve alguns conteúdos que se correlacionam ao curso, como os cosméticos e outros produtos.

A temática deste projeto abrangerá a interdisciplinaridade, envolvendo conhecimentos em áreas diversas e relacionadas com as Ciências Farmacêuticas, como a Química Orgânica, Físico-Química, Bioquímica, Farmacologia, Toxicologia, Química Medicinal, Química Farmacêutica, além da parte aplicada do curso de Farmácia, como a Farmacotécnica, Tecnologia Farmacêutica, Estabilidade, Controle de Qualidade, dentre outros. Os temas, por serem comuns nos produtos do cotidiano da população, poderão servir para discussão de interesse de profissionais da saúde (como o farmacêutico, técnico de farmácia, técnico de enfermagem, cuidadores, enfermeiros, médicos, nutricionistas) ou não profissionais de saúde (professores auxiliares) que podem utilizar os assuntos trabalhados em novas temáticas, como uso de cosméticos para abordar higiene pessoal entre os jovens, com reflexões sobre a busca da beleza ou retardamento do envelhecimento, por exemplo. Além disso, para sua concretização, este projeto envolverá temas de conhecimento comum, como arte gráfica, ferramentas de tecnologia de informação e comunicação, estratégias de divulgação, marketing, empreendedorismo, dentre outras. Haverá impacto na formação e a ação profissional dos estudantes, porque poderão viver suas teorias aprendidas na academia, além de aprimorar relações interpessoais e interprofissionais com seus pares.

Este projeto busca se alinhar com as diretrizes para a extensão universitária da UFVJM e do Forproex. Entende-se o ensino, a pesquisa e a extensão como indissociáveis e, desta forma, é interessante a intercomunicação entre essas três dimensões. Assim, propõe-se que, da mesma forma em que se pode gerar um conhecimento a ser ofertado para a sociedade, a pesquisa sistemática para a organização deste conhecimento é premissa para esta oferta e, por fim, a troca dos conhecimentos integrados permite o diálogo entre os estudantes extensionistas e toda a comunidade dentro e fora da universidade. Este trabalho se caracteriza por acreditar que a aproximação entre a universidade com os cidadãos poderá contribuir para promover a divulgação da ciência, por meio da troca mútua entre o conhecimento que é produzido na universidade e o público alvo. Desta forma, a vivência no campo de prática traz um retorno de aprendizado para estudante. Além dos conhecimentos diretamente relacionados com o tema do projeto, outras habilidades transversais também são trabalhadas nesta interrelação, como o conhecimento de metodologias participativas para a construção de conhecimento e fortalecimento das práticas de extensão; o compartilhamento da responsabilidade de executar ações de forma conjunta para maior chance de sucesso no âmbito de educação e saúde; a compreensão integrada de cada ator envolvido no projeto como um ser humano que tem necessidade de interagir, criar, realizar, contribuir, sentir-se útil, promovendo ações que atendam suas demandas de sociabilidade e troca de experiências. Portanto, este projeto associará o ensino – através de conhecimentos adquiridos pela academia e possível melhoria de condutas para sua aprendizagem somado à necessidade de criação de ações que envolva uma linguagem acessível e acolhedora à população alvo –, a pesquisa – via conversa com os coordenadores da instituição e jovens meninas acolhidas, para levantamento de demandas que afligem o público alvo e busca literária para solução ou minimização destes e pesquisa ativa para respaldar as ações com dados científicos– e a extensão – via diálogo com comunidade acadêmica e possibilidade de expansão para público externo aos muros da UFVJM.

A extensão cumpre papel fundamental ao proporcionar ao estudante o contato com os problemas contemporâneos, preparando-o tanto para o mercado do trabalho, quanto abrindo novas possibilidades ao desenvolvimento de pesquisas, além de promover a aproximação das comunidades interna e externa da universidade sem gerar demandas acadêmicas que impactem na vida acadêmica dos estudantes, bem como oportunizar a divulgação da ciência por meio das temáticas abordadas. O projeto de extensão, com protagonismo dos discentes, também permitirá aos envolvidos aprofundarem seus conhecimentos em relação aos temas pesquisados, tornando-se ainda mais qualificados para o mercado de trabalho. Quando se considera o novo conceito de saúde, e a postura que este conceito demanda dos profissionais de saúde, observa-se que a capacidade de trabalhar em equipe é primordial, ainda mais quando se fala em equipe de saúde. São conceitos, no entanto, que não podem ser meramente abordados em sala de aula, pois tratamos aqui de habilidades sabidamente inerentes ao desenvolvimento no dia-a-dia, na incorporação à prática profissional enquanto parte de um processo de formação. A aproximação da comunidade traz impacto na formação do discente, ao passo que atende a uma demanda por conhecimento concreto e científico de produtos farmacêuticos muitas vezes presentes no cotidiano, porém com pouco conhecimento sobre os mesmos. O projeto permitirá a integração dos alunos universitários com a realidade para além dos muros da universidade e os torna multiplicadores de uma formação que objetiva o desenvolvimento de uma relação mais crítica, ativa e cidadã com os meios de comunicação e as linguagens midiáticas. Adicionalmente, espera-se que seja proporcionado aos discentes o desenvolvimento de habilidades necessárias para um profissional mais humanizado.

Este projeto buscará sensibilizar o indivíduo a compreender alguns aspectos que permeia seu cotidiano e difundir conhecimento a respeito de produtos farmacêuticos utilizados e consumidos pela população. Ocorrerá a discussão sobre o uso indiscriminado e irracional de alguns compostos que podem trazer prejuízos à população, seja no consumo errôneo, mau armazenamento de produtos que necessite de cuidados especiais (fotoproteção, termoinstabilidade, toxidade dermatológica, etc), assim esse projeto poderá contribuir com a promoção da saúde da população através de informações a respeito desses produtos do cotidiano. Além disso, caso o público se interesse, poderá sugerir mais informações a respeito dos produtos e novos conteúdos poderão serem postados com mais informações que complementem a ação. Entende-se que uma forma de proporcionar uma relação social de impacto no contexto deste projeto é a busca pela superação das desigualdades, a busca pela superação da exclusão ao qual muitas vezes determinados atores sociais envolvidos com o projeto são submetidos. Acredita-se sempre no protagonismo dentro da realidade em que se está inserido e que para isso a organização social é fundamental. É nesse sentido que se pretende humanizar o conhecimento, possibilitando de alguma forma a troca sistemática de saberes entre esses atores sociais. Além disso, para a equipe extensionista, será uma oportunidade para aprender a trabalhar em equipe, dialogar com o público e "traduzir" a linguagem formal para uma forma mais didática e simples, o que muitas vezes é requerido no mercado de trabalho, em especial para os estudantes da área de saúde. Ressalta-se também a importância da aproximação da UFVJM junto à comunidade, mostrando ao público um pouco do cotidiano da Universidade e estimulando o seu interesse em relação à graduação em Farmácia, uma vez que muitas jovens acolhidas possuem baixo autoestima e o projeto divulgará a importância e possibilidades que a educação pode trazer na vida dessas jovens.

A divulgação do projeto será realizada de forma presencial pelos coordenadores da VEM e de forma remota pela equipe, utilizando de meios de comunicação virtuais, como, por exemplo, as redes sociais Instagram, WhatsApp, Facebook, YouTube, dentre outras. A divulgação também ocorrerá de forma direta pelas redes pessoais dos estudantes.